Mais um motor ‘independente’ para a LMP1: Zytek desenvolverá propulsor para 2014

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RIO DE JANEIRO – Após a Judd e a Honda, através da HPD, confirmarem o desenvolvimento de motores para equipes independentes da classe LMP1 do Mundial de Endurance (WEC), a Zytek Engineering anuncia que seguirá o mesmo caminho com vistas ao novo regulamento técnico que entra em vigor no próximo ano.

Tomando como base a unidade V8 ZRS-03 usada hoje na World Series by Renault, o construtor britânico vai desenvolver um powerplant com 4,5 litros de capacidade cúbica. Esse motor terá um controle drive-by-wire bastante avançado, para poder permitir o controle do fluxo de combustível, um item importante dentro do novo regulamento.

O motor, alimentado a gasolina, poderá receber opcionalmente um sistema híbrido para as equipes-clientes da Zytek que optarem por fazer uso das vantagens dos ERS (Energy Recovery Systems), dispendendo 2MJ ou 4MJ ao critério de cada um. Esse sistema é derivado do KERS utilizado no Honda CR-Z do Super GT japonês na classe GT300 e que também está equipando, de forma experimental, o novo Honda NSX da classe GT500 que estreia no próximo ano.

Aliás, a Zytek Engineering não é neófita no ramo dos sistemas híbridos, pois desenvolveu uma unidade que foi primeiro utilizada num protótipo da Corsa Motorsports na série ALMS em 2009. Esse carro foi guiado na ocasião por Stefan Johansson e Johnny Mowlem. A italiana MiK Corse, também andou em 2011 na Le Mans Series com um protótipo Zytek com esse sistema. Porém, sem qualquer sucesso.

Vamos ver como as coisas funcionarão. De concreto, mesmo, é que teremos Audi, Toyota, Porsche e Rebellion, sendo esta a única equipe particular confirmada para 2014. Outros projetos LMP1 – especialmente de chassis – estão sendo aguardados, mas a seis meses do início do futuro campeonato, não houve nenhum outro comentário a respeito. Por enquanto.

Comentários

  • Apesar das muitas promessas, acredito que somente a partir de 2015 é que veremos algo de muito interesse na classe LMP1. Se Dome, Pescarolo, ORECA, Nissan e outros fizerem os chassis que andam a prometer, aí sim, será um campeonato bem interessante de seguir, depois que se soube das “sub-classes” da LMP1.

    • É o que parece, Paulo. Acho que a LMP1 fica restrita a oito, no máximo nove carros em 2014 e depois a tendência é que fique mais interessante o negócio.

  • Está sobrando motor e faltando equipe. Uma aposta de risco. Espero que realmente dê frutos em 2015, mas acho que esse WEC está meio confuso. O público do automobilismo atualmente está para purê de batatas e esse campeonato está oferecendo magret de pato. E a categoria ainda peca por ter pouco jogo de cintura e alguma desorganização. O GP do Japão foi, de certa forma, exemplo disto. Aquela chuva já estava nos radares há dias. Nos tempos que correm podiam ter antecipado a corrida para o sábado, mudando horários, etc, mas é apenas a minha opinião.
    Rodrigo. Por falar em Johansson. parece que vai haver uma corridinha em Macau com uns pilotos de alguma fama. Outra questão Rodrigo. Já se sabe quais as corridas do futuro USCC que vão ter corridas separadas por cada categoria?

  • Se todos os anúncios feitos para a nova P1 se concretizarem nos dois próximos anos a coisa pode ficar bem interessante mesmo.

    Além de 4 carros de fábrica (Audi, Toyota, Porsche e Nissan), teríamos também 4 carros independentes (Oreca/Rebellion, Dome, Perrin e HPD) e também 3 motores disponíveis para particulares (Toyota a gasolina, HPD e Zytec).

    Claro que em um cenário extremamente otimista e muito pouco provável.