Maus perdedores

Por Carlos de Paula (*)

MIAMI, FLÓRIDA (EUA) – Sou brasileiro, portanto, posso dizer. Nós, brasileiros, temos a tendência de ser maus perdedores.

vettel-photoAgora surgiu um tal de dizer que o mundo inteiro está contra Sebastian Vettel no nosso Brasil, que dá um certo nojo. É verdade que ele chegou a ser vaiado, que em alguns rankings de melhores pilotos até hoje Vettel ainda é preterido, e supostamente até Lewis Hamilton teria dito que Sebastian vencer tudo não seria bom para o esporte. Mas no Brasil, isto virou mania nacional.

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Remontemo-nos a 41, 40 anos atrás. Entre o GP da Espanha de 1972 e o GP da Espanha de 1973, nosso Emerson Fittipaldi havia ganho nada menos do que oito dos quatorze GPs realizados nesse periodo, sem contar diversas corridas extra-campeonato. Até numa das revistas Disney da época, se não me engano numa historinha do Zé Carioca, alguém disse “O Emerson ganha todas”.

Ayrton Senna

Alguns anos mais tarde, entre 1988 e 1993, outro piloto nosso, Ayrton Senna, ganhou nada menos do que 35 GPs, além de 3 campeonatos. Não me lembro de nenhum brasileiro reclamar disso. Puxem pela memória, ninguém vai se lembrar de brasileiros dizerem que isto era ruim para a Fórmula 1.

Sim, para o ufanista de plantão, certamente ajudado por certas transmissões televisivas e artigos que enfatizam excessivamente os feitos dos brasileiros, é chato não só ver um piloto de outra nacionalidade ganhar quase tudo, quanto mais um piloto da mesma nacionalidade do outro bicho papão dos recordes neste milênio – um alemão. Caiam na real, os alemães são equivalentes aos brasileiros da era 1972-1991, quando ganhamos nada menos de oito campeonatos mundiais e pencas de GPs. Equivalentes com anabolizantes, cabe dizer. Pois além de Vettel, ainda por cima dois outros candidatos a futuros campeões, Rosberg e Hülkenberg, também são teutônicos.

Alguns procuram achar lógica nestas gerações maravilhosas de um país ou outro. Embora haja certo racionalismo, na realidade existe uma expectativa um tanto irracional de que pilotos de uma mesma nacionalidade de um campeão atual surgirão como parte da mesma ou seguinte geração. Nem sempre é o caso. Após o sucesso de Fernando Alonso, surgiram muitos espanhóis na parada. Nenhum vingou, e até o veterano Pedro de La Rosa conseguiu voltar à categoria, embora na carroça chamada HRT. As portas se abrem para pilotos da nacionalidade do piloto da hora, como se houvesse algo na água do país que favorecesse geração após geração de campeões. Não aconteceu com os canadenses na história recente.

Consideremos o caso dos nossos três campeões. Certamente os sucessos de Emerson abriram caminho para Piquet, e destes dois, para Ayrton. Porém, os três vieram de gerações bastante distintas, com situações diferentes. Emerson ainda era da geração das equipes de fábrica, dos DKWs e Gordinis, da época em que só existia o autódromo de Interlagos, e um automobilismo bastante diletante. Foi um pioneiro, pois até a ida de Achcar, Scorzelli, Avallone e cia. de 1968 em diante, a história dos nossos pilotos nas pistas fora do país nos anos 60 se resumia a algumas corridas na Argentina e Uruguai, as participações de Christian Heins em Le Mans, e a malfadada incursão de Wilsinho na Fórmula 3 em 1966. Era da época que o piloto fazia praticamente tudo nas categorias menores, inclusive financiar sua temporada.

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Já Piquet veio de uma época em que o automobilismo já se profissionalizara um pouco, havia corridas e campeonatos brasileiros de diversas categorias em diversos autódromos e correr na Europa já não era coisa de pioneiro, havia uma expectativa de que nossos melhores pilotos terminariam por lá e as empresas estavam acostumadas com o patrocínio automobilístico. Quanto a Ayrton, sequer chegou a pilotar carros no Brasil: saiu direto dos karts para a Fórmula Ford, na era em que as equipes de Fórmula 3 eram profissionais. Ou seja, dizer que há um ponto em comum entre a carreira dos três, além da nacionalidade e o kart, é coisa de doido, historicamente bastante incorreto.

Não vou voltar com a mesma ladainha de outros posts, que os tempos mudaram, blá, blá, blá. Realmente é curioso que Vettel esteja seguindo no mesmo caminho do seu conterrâneo. Porém, isso não lhe tira o mérito, nem acho que deva ser visto como “ruim para o esporte”. Vettel tem corrido muito bem, quase sempre é o mais rápido e constante na pista, e tem lembrado bastante o modo de correr de Jim Clark. Não podemos nos esquecer que a Alemanha é o país mais rico da Comunidade Europeia, seu melhor e mais rico mercado, e que oportunidades de patrocínio são maiores lá do que em outros países do continente. Certamente maiores do que no Brasil, onde as maiores empresas são meras fornecedoras de matéria prima, sem marcas que carecem de muita publicidade no exterior.

Portanto, nos resta ser bons perdedores, e não esquecer que um dia já estivemos lá. E o mundo não tratou mal nossos pilotos, pelo contrário, os tratou muito bem.

Texto publicado em 14/10/2013 aqui

(*) Carlos de Paula é tradutor, escritor e historiador de automobilismo. Reside em Miami, nos Estados Unidos.

Comentários

  • Belíssimo texto. Acho que retrata bem a questão das hegemonias.

    E não é algo válido apenas na F1. Na MotoGP também é interessante ver como os espanhóis estão começando a dominar após anos de hegemonia do Rossi. E o domínio do Rossi também chegou após uma década de supremacia norte-americana e australiana.

    • Perfeita colocação! Nas motos, os EUA tiveram vários pilotos campões nas décadas de 80 e 90, e tirando o titulo do Hayden em 2006, parecem estar no mesmo rumo dos brasileiros na F1: lembrar do passado.

      • Os australianos também estão na mesma situação dos norte-americanos, depois dos títulos do Michael Doohan só o Stoner conseguiu furar o domínio do Rossi.

        Acho que quem pode pensar em voltar a comemorar títulos é o Reino Unido. Crutchlow mostrou bom potencial e acho que o Scott Redding também será um páreo duro de bater quando subir para a MotoGP.

  • Eu só não entendi chamar de “mau perdedor”. O Brasil ou brasileiros nem estão disputando, e portanto não estão “perdendo” para serem maus perdedores. As opiniões contra o Vettel são mais baseadas em outra característica comum aqui; a superficialidade. Tanto da mídia, quanto do público, a falta do interesse real leva a esse tipo de leitura incompleta, pra dizer o mínimo. Aí sobra bobagem mesmo. E olha que na transmissão da TV nem faltaram elogios ao Sebastian. Mas 4 títulos depois você tem que contextualizar sim o que está acontecendo. Não é diminuir nem a RBR nem o Vettel.

  • O brasileiro é mal perdedor mesmo.Qdo o Senna ganhou 3 títulos em 4 anos,ninguém aqui,reclamava da “falta de competitividade” da F-1,nem via a supremacia estatística desse piloto,como algo “prejudicial ao esporte”.Pelo contrário….qdo se dizia que “ele não tem adversários”,esta frase ganhava uma conotação altamente positiva…
    Da mesma forma,eu tenho certeza,que todos os que estão reclamando da situação atual,não teriam nenhuma queixa do que vem acontecendo nos últimos anos,caso os pais de Michael Schumacher e Sebastian Vettel tivessem imigrado para o Brasil e os dois fossem catarinenses de Blumenau…

  • Quer dizer que o cara só é bom se ele estiver em uma equipe ruim e chegar na frente ? Torcida brasileira sempre foi um lixo e sempre vai ser. Faz parte da cultura e da mentalidade da maioria, infelizmente. Todo mundo quer o melhor equipamento pra correr. O Vettel conseguiu o melhor conjunto no momento. Ponto. E está fazendo por merecer. Se ele não fosse bom ele não chegaria na frente. Agora se ele é melhor que o Alonso, se ele é melhor que o Hamilton ou que fulano e cliclano isso é subjetivo apesar de as vezes parecer óbvio, essas comparações são subjetivas. Então, por favor, paremos com essa baboseira pessoal. O cara ganhou 4 títulos em seguida (na minha opinião ele anda muito) o Adrian Newey é foda e estão na equipe mais competente no momento.

    • Xará com sobrenome de principe ! Muitos de nós acreditam que o brasileiro carece de educação, bons modos e maneiras. Mas o publico televisivo de automobilismo F1 absorveu uma cultura medíocre que lhes foi e ainda é servida após 40 anos. O povo é e somos todos vitimas enquanto inescrupulosos e prepotentes ainda faturam alto mesmo após a diminuição da audiência pela trágica fatalidade do gigantesco Senna. Costumo considerar que na F1 não tem piloto ruim (uns poucos por força da grana) mas sempre existem os melhores e alguns exepcionais. Que o Newey é competente não há duvida ! Mas essas diferenças de 1/2 segundo ou até mais para o parceiro de equipe (sem falar nos demais) é algo que me faz conjecturar (lembra do Barrichelo X Schumacher na Ferrari).

    • Cara na boa , Formula um com asa móvel, botão de ultrapssagem e computador controlando derrapagem, aceleração e otras cositas mas, num esporte onde o fator humano deveria ter mais importancia , claro que gera desconfianças.Quando a habilidade e a coragem de frear mais tarde tem menos importancia que os gadgets dos carros, não dá pra botar fé e creditar os resultados apenas ou pricipalmente no piloto.Viu-se neste ano a equipe destruindo a corrida do Weber, pro Vettel vencer.Weber foi preterido ao alemão quando poderia e estava na frente de um campeonato pra ser campeão anos atrás, mesmo com a imprenssa dizendo que não havia isso na Redbull.Como não desconfiar?A vaia (se houve) não foi aqui no Brasil.O cara tá sendo comparado a caras que não faziam o mesmo numero de corridas num ano e nem tiveram engenheiros pensando por eles fora da pista e dizendo qual botão apertar.Seria desonesto com caras que não tiveram as mesmas facilidades , como ficar com as mãos o tempo todo no volante, sem embreagem e com os controles a cargo da máquina.Os brasileiros vem mal não é de hj, e sou muito tranquilo pra dizer isso , até porque, eu assim como outros nesse blog acompanhamos outras categorias ha anos.A Formula 1 está estagnada a pelo menos uns 15 anos , a ponto do Tio Bernie criar essas ultrapassagens fake ,querer molhar a pista, pedir ao fabricante pneu que se esfarela que não deixa os pilotos mais agressivos atacarem, pra dar mais atratatividade às corridas e proibe testes.Mas haverá mais de 20 corridas num ano.é preciso cair na real, a F1 do jeito que está é só enganação.O Vettel não tem nada com isso, mas com esse carro , será que seria diferente com outro piloto , ou só Vettel teria essa capacidade?Esse é o ponto.Será que os novos Sepang, a pista da Coréia,da China,Abu Dabi são mais legais que os antigos Nurburgring, Hockenhein, Zeltveg, interlagos?Cara , com esse panorama não dá pra dar crédito, mesmo se o cara ganhar dez campeonatos seguidos, ao contrário, pode sim banaliza-los.Principalmente quando até campeões tem que pagar pra correr.Quanto aos brasileiros…tirando o Farfus no DTM eo Tony em indianápollis, nada a declarar.Não temos nenhum grande jovem talento, nem mesmo um Vettel.Quanto ao texto me pareceu sindrome de vira latas misturado com o politicamente correto.O brasileiro sempre acha um jeito de se sentir culpado.

  • O problema é que o brasileiro é extremamente carente…precisa ter um ídolo, um personagem, não aprecia o esporte em si…e quer que todo e qualquer piloto brasileiro seja mais um Fittipaldi, mais um Piquet, e mais um Senna, e isso nunca mais vai acontecer…vou creditar parte da culpa também a aquele certo narrador, que quer fazer destes “atuais” pilotos brasileiros os heróis das décadas passadas. Dá nisso ai!!

  • O “assassinato do automobilismo nacional” começou com a abertura das importações no início da década de 90.
    “Muita calma nesta hora!”.
    Não sou contra as aberturas políticas que se sucederam, apenas critico o ritmo em que elas foram tomadas/incoporadas e as conseqüências que deixaram ao longo dos anos, levando a cabo a falência de marcas nacionais como PUMA, GURGEL MIURA.

    Certas “marcas importadas” aqui trazidas não passam de meras “colonizadoras”, no mais puro sentido da palavra.
    Sim. Produzir é caro aqui, mas foi pior “dar um tiro no próprio pé de olhos fechados”, como o governo fez!
    Para voltar a ter pilotos em alto nível, primeiro é preciso ter o nível básico da industrialização automotiva mundial, senão,…..seremos sempre colônia e “brasileirinhos contra o mundão”.
    E isso, se começa de maneira simples: preservando a história da indústria automotiva nacional e incentivando-a seguidamente através de programas de subsídios fiscais, e não assassinando-a e “dando benefícios de bandeja” a competidores estrangeiros.

    No mais, se a Alemanha detém o domínio das categorias máximas do automobilismo mundial, é porque o merece de fato, basta vermos as atitudes teutônicas:……………..
    ……………..A Audi teve, pelo menos, a decência de restaurar e colocar em seu museu/Acervo em Ingolstadt, um dos poucos GT’s Malzoni que foram feitos, quando “NÓS” deveríamos tê-lo feito por obrigação!

    Difícil criticar os alemães nesta hora, né?

    Infelizmente, não há mais retorno do caminho tomado, cujo rumo, estamos, hoje, vendo.

    Só nos resta mesmo trabalhar pra pagar a tv a cabo para, ao final das corridas, aplaudir; e vê-los colher os frutos dos “investimentos na tradição”.

    • Mas se as importações não tivessemn sido abertas andaríamos de Opala, Monza, Kadett, Logus e outros carros defasados até hoje. Marcas mais populares como Honda, Toyota e Kia seriam sonhos ainda.

      Claro que essas marcas que você citou fazem parte da cultura automobilística nacional e são bastante celebradas, mas fechar as importações em detrimento do produto nacional defasado tecnologicamente me lembra certos países comunistas.

      Claro que a indústria precisa evoluir muito mais, mas a situação dos carros fabricados aqui seria muito pior se não houvesse a abertura das importações.

      • Eduardo,…….não sou contra a abertura política,………só teci algumas considerações que acho relevantes e que influenciaram diretamente no rumo dado ao automobilismo nacional.

        “Sucatear” a indústria legitimamente nacional trouxe sérias conseqüências até pro automobilismo nacional de competição.
        A “modernização” que a “onda global” trouxe.relevou-nos ao simples patamar de “consumidores globais de tecnologia” ao invés de nos propiciar o desenvolvimento que ambicionávamos.

        Os asiáticos saíram do regime “xogunato”/feudalismo às margens dos anos 1900, além de enfrentarem 2 bombas atômicas, também na metade do século passado,……………..mas as indústrias automotivas deles estão aí,………firmes e fortes.

        Marcas como Toyota e Honda têm suas próprias pistas para desenvolvimento de seus produtos e, ainda se servem de campeonatos regionais fortíssimos para isso também (Fuji e Suzuka, e a própria SuperGT são exemplos disso), justificando suas relevâncias no mundo automotivo.

        Nós? O que temos além de mão-de-obra?
        Se um dia pretendermos voltar a freqüentar a elite do automobilismo mundial será necessário qualificar essa mão-de-obra!
        Para fazer isso é preciso “repensar” as bases do automobilismo nacional.

        Como afirmei, não sou contra a abertura política, mas admitiria essas “marcas colonizadoras” no mercado se, além de “criar empregos”, as mesmas viessem vinculadas/comprometidas com a criação e manutenção de diversas categorias de competição: desde monopostos/turismo como até mesmo a de “endurances”,……………o que lhes justificaria, no mínimo, os subsídios fiscais “ad eternum” que obtiveram.

        Trata-se de troca, Eduardo,…………troca.

        Mais ou menos algo como……………..

        ………….” – Você vem, instala suas fábricas, usa minha matéria-prima e meu povo como mão-de-obra, explora meu mercado, vende seus produtos ao preço que quiser, e te dou isenção de impostos de no mínimo 1 década.
        Só que pra isso: além de “criar empregos”, você vai construir um autódromo e criar/sustentar pelo menos 2 categorias de automobilismo de competição nesse mesmo período, ok?”

        Não é pedir demais, acredite!
        Na época, todo mundo sairia ganhando e teríamos um automobilismo forte ainda.

  • Olha só o quê aconteceu há tempos; O Williams Fw13 não era o carro,mas foi o pontapé para o domínio de uma máquina,o Fw14 pilotado pelo Mansell,quê perdeu o título para o Senna.O super carro perdeu porquê não tinha um piloto certo naquela hora,muito por barbeiragens do Mansell do quê por competência do Senna( quê foi oportunista competente).O Fw14b quê foi o quê Mansell ,ganhou em 92,já era o monstro formado,de quê se aproveitou o Prost com o Fw15, para abocanhar seu quarto Título de F1,portanto se o Mansell fosse inteligente ele seria no mínimo tri,isso é a diferença dele para o Vettttel, sem falar no tempo quê ele disputou com o Piquet nos tempos com Williams de susp ativa.

    • O problema do Mansel não foi só falta de inteligencia.O projeto de suspenssão ativa estava pra ser abandonado pela Willians , tendo Piquet como unico defensor, e se propondo a fazer os testes nescessários , porque ele sabia que tinha capacidade pra ajusta-la e seria um diferencial pra vencer Mansel numa equipe fortemente dividida.Naquele momento a Lotus tambem experimentava esse tipo de dispositivo.Se dependesse de Mansel , o ponto de partida para o supercarro de 93 seria sepultado ou atrasado.Piquet não só ajudou a diretriz de sucesso da Willians nos anos seguinte, como ja havia feito na Brabham ,viabilizando soluções do Gordon MurraySão nessas situações que os grandes se diferenciam dos apenas bons.Isso não é mais possivel na F1.O carro depende mais de engenheiros que analisam dados mas não sentam no carro.Aliás , o Adrian Newey tambem é piloto.Qual a influencia de um piloto no desenvolvimento e acerto de um carro nessa momento, se nem treinos ha.Quem tem essa capacidade?Não da pra saber.E vemos Willians, Mclaren, Ferrari com dificuldades pra fazer um carro que faça frente aos Red Bulls, mesmo com super estruturas.Será problema das equipes.A Honda , A Toyota, a Jaguar e agora a Mercedes gastaram montanhas de dinhero e mal chegavam perto do pódium.Aí aparece a Brown com o Button e esraçalha concorrencia.Button desaprendeu?Porque a Mclaren faz um campeonato tão pífio?Se formos usar a lógica de que é legal dar valor a um piloto que está na hora certa no lugar certo, pra quê piloto?O reconhecimento e admiração que caras como Piquet, Emersom conquistaram só são contestados aqui onde a culpa católica(influencia Ibérica?) faz o possível pra destruir exemplos respeitados no mundo todo(temos que ser umildes e não reconhecer nossos talentos porque pega mal), Acho que Senna , assim como os outros grandes da história era capaz de fazer grandes campeonatos sem um bom carro e sob pressão.Isso não são os brasileiros que dizem.é só ver as homenagens em placas, estátuas, depoimentos no Japão, Itália, Inglaterra, e até EUA .Essa lenda recente de que Senna é obra do Galvão, só quem aprendeu que Formula 1 começou com Schumacher.A verdade é que se contarmos desde a Era dos Gran Prix os Alemães sempre estiveram por aí com ótimos pilotos independente das grandes marcas de lá.Eles sempre estiveram por aí e sempre muito fortes .Esse pao de ¨geração especial ¨parece papo de quem não acompanha automomobilismo.

  • Eu mantenho a opinião de que nenhum piloto da atual geração merece ser sequer tri-campeão, muito menos tetra, nem Vettel, nem Alonso, nem ninguém da geração atual merece essa honra, o mais justo era que tivéssemos, varios pilotos sendo campeões nos ultimos anos, pois o nivel deles é praticamente o mesmo, quem esta fazendo a diferença é o carro e os engenheiros, em 2008 “os melhores pilotos foram Massa e Hamilton” (leia-se Carros), em 2009 a Brawn entendeu o regulamento melhor que os outros e fez aquele carro de outro mundo, a partir de 2010 a RBR fez um carro muito bom e esta ganhado tudo, e assim como na epoca do Schumacher a FIA não ficou fazendo mudanças radicais de regulamento ano a ano o que ajuda a RBR, parece que para o proximo ano as mudanças são muito radicais, espero que pelo menos 2 equipes fiquem no mesmo nivel, para que tem alguma disputa, o ultimo campeonato bem disputado foi 2008, apesar da Ferrari ter o melhor carro na epoca, cometeu tantos erros que deixou o campeonato equilibrado com pelo menos mais 01 piloto.

    A FIA devia acabar com essa bobagem de ter somente um fornecedor de pneus, e acabar com esse negocio de pneu tipo A, B, C ou D, isso diminui a competitividade, se houvessem pelo menos 3 ou 4 fornecedores e que cada equipe com o seu fornecedor fizesse o pneu para cada pista, ja tornaria as corridas muito mais competitivas, mas o dinheiro é tão mais importante que o esporte que tudo tem que ser controlado nos minimos detalhes, fico ate meio desconfiado desse excesso de controle por parte da FIA.

    • Já a muitos anos a F1 se tornou demais custosa e estratosférica. Disputa entre fabricantes de pneus sob a imensa pressão desta aerodinâmica de aviação às avessas que promove a carnificina dos pneumáticos, creio ser inviável economicamente. Ninguem fala, mas o que de PALPÁVEL essa aerodinâmica aí reverte como laboratório de pesquisa e desenvolvimento para a industria automotiva ? Essa atual aerodinâmica é capaz de fazer um F1 andar de cabeça para baixo em uma reta que estivesse tambem de cabeça para baixo. Todo esse volume de pressão e aproveitamento aerodinâmico é um contra-censo ao conceito rolante de um automóvel . Desenvolvê-la e aprimora-la constantemente como é feito gera enormes custos. Acho que isso é muito bom para jornalistas e fotógrafos que teêm material renovado e farto com a profusão de aletas,”spoilers” e infinitos detalhes que se renovam momento à momento. Se observar-mos uma foto de um F1 atual de lado, ele lembra um vagão de trem, tal a distância entre os eixos e isso se deve muito em função desta moderna e descaracterizante aerodinâmica atual .