Muito cacique, pouco índio

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RIO DE JANEIRO – Informa a BBC através de Eddie Jordan que o homem que conquistou o título mundial de 2009 com sua própria equipe está fora da Mercedes ao fim deste campeonato. Ross Brawn, engenheiro de formação – papel que desempenhou na Arrows e na Benetton na Fórmula 1 e também na Jaguar no World Sportscar Championship – e depois chefe de equipe com muito sucesso na Ferrari, Honda, Brawn GP e ultimamente na marca da estrela de três pontas, não seguirá na sua função no próximo ano.

A Mercedes faz valer o velho ditado “muito cacique, pouco índio”. A chegada de Paddy Lowe, vindo da McLaren, só precipitou as coisas contra a permanência de Ross Brawn. A princípio, seria uma transição longa, mas o britânico não aceitou as condições de Niki Lauda e por não chegar a um acordo, resolveu por sua saída.

Lowe vence a queda de braço e passará a cuidar do dia-a-dia da equipe, enquanto a Toto Wolff caberá a parte política e comercial. Lauda será o braço-direito dos dois e muitos atribuem ao pouco jogo de cintura do austríaco as mudanças que acontecem no board do time alemão a partir de 2014.

Com Ross Brawn, profissional competente, dando sopa no mercado, consta que a Honda já teria conversado com ele para voltarem a trabalhar juntos: a marca japonesa volta à Fórmula 1 em 2015 como fornecedora de motores da McLaren e pelo excelente relacionamento do passado, uma aliança entre as duas partes é algo a se considerar. A Williams, onde ele começou como mecânico em 1976, sonha em tê-lo, mas dificilmente hoje possui cacife para oferecer-lhe um contrato.

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