O mingau tricampeão do Dixon

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RIO DE JANEIRO – No último sábado, finalmente consegui assistir grande parte de uma corrida de Fórmula Indy. Tarefa que tem sido difícil para mim, desde que voltei a trabalhar. Nem sempre os horários permitem e quando estou de folga, tenho evitado ao máximo ficar em frente a uma televisão assistindo a uma corrida de qualquer categoria. Desta vez consegui. E vi Scott Dixon ser tricampeão.

Surpresa? Nenhuma. O neozelandês comeu pelas beiradas e a conquista do terceiro título do piloto da Ganassi pode ser considerada como aquele saboroso mingau de farinha láctea igual ao da minha infância. Era servido quente, mas era mais gostoso quando esfriava. A campanha do piloto de 33 anos foi muito boa na segunda metade da temporada, quando realmente ele rumou ao título. Nas primeiras corridas, ninguém acreditava um níquel na possibilidade de mais um campeonato de um piloto da Chip Ganassi Racing. A escuderia dos carros vermelhos com o alvo branco pintado se fingiu mais uma vez de morta. E acabou em Fontana campeã, mais uma vez.

Frustração total para a Penske e para Hélio Castroneves, que novamente foi vice-campeão (pela terceira oportunidade). O time do velho Roger não consegue ser na atual Fórmula Indy a mesma força que foi na antiga ChampCar. O último título foi conquistado em 2006 com Sam Hornish Júnior, no regulamento antigo e com os velhos modelos Dallara. Castroneves só venceu uma corrida neste ano e pautou seu campeonato pela regularidade. Mas bastou um fim de semana absolutamente desastroso em Houston para que tudo fosse por água abaixo. Que a Penske tome este campeonato como lição. Ainda é uma grande equipe, mas não pode permitir que um de seus pilotos ganhe apenas uma vez contra quatro do principal rival e campeão.

E a coisa promete ficar pior para Castroneves: dentro da própria equipe haverá a concorrência fortíssima de Juan Pablo Montoya que, disciplinado, poderá ser um piloto muito difícil de ser batido em seus melhores dias. A Ganassi contra-ataca com a vinda de Tony Kanaan, que finalmente se livra da KV Racing Technology após um ano com a consagração em Indianápolis e apenas quatro pódios, marcado também por diversos problemas e abandonos – nada novo em se tratando do time de Jimmy Vasser e Kevin Kalkhoven.

Cabe aqui, para encerrar, uma curiosa estatística: dos 38 pilotos que participaram em pelo menos uma etapa da Fórmula Indy em 2013, 50% deste total terminou pelo menos uma vez entre os três primeiros. Houve 10 vencedores diferentes em 19 etapas e, pela primeira vez em anos, Dario Franchitti, o campeão do ano passado, não estava entre eles.

Foto: Hélio Castroneves cumprimenta Scott Dixon pela conquista do título da Fórmula Indy em 2013 (Yahoo!)

Comentários

  • Ainda bem que os deuses do automobilismo foram justos e impediram o título do brasileiro. . .que afinal de contas não fez nada de relevante óvano inteiro para ser consagrado como campeão. . .falando sério, ultimamente o Sr. Castroneves tem sido um ótimo dançarino e garoto-propaganda de creme dental com seu sorrisinho perfeito e totalmente artificial, porque pilotar mesmo, faz um tempão ó que não pilota. . .e tome desculpinha esfarrapada e promessa de “ano que vem vai. . .” Agora então com o Montoya chegando com os dois pés no peito, já viram, a vaca se atolou de vez. . .merecidamente.
    Beleza foi o TK ser contratado pela Ganassi, aí sim a chance vai ser boa.
    Zé Maria