Direto do túnel do tempo (129)

7920rosbergwr89forusa01

RIO DE JANEIRO – No dia 7 de outubro de 1979, uma equipe que surpreendeu todo mundo em sua primeira temporada fechava definitivamente as portas. Em 47 GPs disputados durante três anos, a Walter Wolf Racing marcou história graças ao dinheiro de seu proprietário, o talento de um de seus pilotos e a criatividade de seu projetista.

wolf-williams-fw-05-12

O milionário austro-canadense Walter Wolf começou seu envolvimento na Fórmula 1 como patrocinador: em 1976, estampou seu nome nos carros da Williams. Mas ao fim daquele ano, resolveu dar um pé na bunda de Frank Williams e partiu para a construção de seus próprios carros. Numa cartada audaciosa, tirou Jody Scheckter da Tyrrell e chamou Harvey Postlethwaite para conceber os carros do time. Peter Warr saiu da Lotus e foi trabalhar como o chefe de equipe.

Jody Scheckter/Wolf Ford Wins Ford's 100th GP

Logo na estreia, no GP da Argentina de 1977, o Wolf WR1 venceu. Jody ainda ganharia em Mônaco e no Canadá e foi vice-campeão de pilotos com 55 pontos, enquanto a Wolf terminava seu primeiro Mundial de Construtores em 4º lugar. Em 1978, Scheckter não ganhou nada, mas fez quatro pódios, somando 24 pontos e o sétimo posto no campeonato. No ano seguinte, a Wolf trouxe James Hunt, mas o britânico não tinha mais prazer em competir e seu substituto foi Keke Rosberg, que largou em 12º no GP dos EUA em Watkins Glen, abandonando por batida na 20ª volta. 

A Wolf somou exatos 79 pontos em apenas três anos e 13 pódios, todos com Scheckter. Quando a equipe fechou, suas instalações e seu know-how foram transferidos à Fittipaldi, que fazia seus carros no Brasil e passou a construi-los na Inglaterra.

Há 34 anos, direto do túnel do tempo.

Comentários