Segunda-feira animada: Massa na Williams e Magnussen (talvez) na McLaren

RIO DE JANEIRO – Uma notícia muitos já sabiam há três semanas. A outra é uma novidade e tanto. São duas mudanças que fazem a segunda-feira da Fórmula 1 um tanto quanto agitada, como poucas vezes vimos nesta silly season – talvez só o anúncio do Daniil Kvyat como titular da Toro Rosso tenha causado tanto ouriço.

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O que importa é que o furo do jornalista Américo Teixeira Júnior, para desespero dos que desmereceram a notícia, se confirmou hoje à tarde, em Grove, na Inglaterra: Felipe Massa foi confirmado como piloto titular da Williams em 2014 ao lado do finlandês Valtteri Bottas. O brasileiro de 32 anos, que despediu-se dos fãs italianos da Ferrari num evento realizado debaixo de chuva em Mugello (com um público de 15 mil espectadores), foi liberado pela equipe italiana para ser oficialmente apresentado pela tradicional escuderia britânica ao lado do seu futuro companheiro de equipe.

Muito bem: e o que esperar da associação Massa-Williams?

Se formos ser objetivos, sinceros e francos, a julgar pelos resultados recentes de piloto e equipe, não dá para sermos muito otimistas. A Williams perdeu o bonde da história e vive de glórias passadas, como a última equipe britânica “garagista” da Fórmula 1. Massa não é mais o mesmo desde o episódio da mola na cabeça em 2009 e principalmente após o que se sucedeu no GP da Alemanha do ano seguinte. Mas existe uma chance de evolução de ambos em decorrência do novo regulamento técnico e da vinda dos motores Mercedes-Benz em substituição aos propulsores Renault. Até porque, pior do que está a situação da Williams, com apenas um ponto somado, não se pode ficar.

Espera-se uma reconstrução do time na parte técnica e na sua direção desportiva. Isso começou já neste ano com a saída de Mike Coughlan e a chegada do polêmico Pat Symmonds. Rob Smedley, atual engenheiro de Felipe Massa na Ferrari vai trabalhar na equipe, só que noutras funções. E até o nome de Ross Brawn é cotado para assumir a chefia das operações de pista. Hoje, a escuderia britânica carece de um líder e Brawn, que começou sua carreira na Fórmula 1 como mecânico da própria Williams em 1976, é o nome ideal para liderar o time após sua provável saída da Mercedes ao fim deste campeonato.

Massa tira das costas o enorme peso de ser piloto Ferrari e vai para uma equipe acostumada a trabalhar com pilotos brasileiros, o que é positivo. Mas o retrospecto, tirando José Carlos Pace e Nelson Piquet, não é dos mais animadores. De titulares a pilotos de teste, da família Senna a Barrichello, passando por Antonio Pizzonia, Max Wilson e Bruno Junqueira, ninguém teve muita sorte dirigindo os bólidos do time. Vamos ver se com Felipe a bordo do posto de titular, a história será outra…

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E, para surpresa geral, a McLaren parece ter resolvido pôr o mexicano Sergio Pérez no olho da rua. O time de Ron Dennis e Martin Whitmarsh deve promover a nova joia da World Series by Renault, que atende pelo nome de Kevin Magnussen, para ser titular em 2014 ao lado de Jenson Button. A notícia veio via Andrew Benson, da BBC – portanto, uma fonte quente.

O jovem Magnussen, de 21 anos, é o representante da segunda geração da família no automobilismo. Seu pai, Jan Magnussen, acabou de fazer 40 anos em julho último e, como curiosidade, foi ligado à McLaren como piloto de testes nos anos 90, após triturar os recordes de Ayrton Senna na Fórmula 3 inglesa. Jan estreou na categoria máxima no GP do Pacífico, em Aida, a bordo de um McLaren MP4/10 com motor Mercedes-Benz em 1995. Depois, seria piloto da Stewart e não teria uma longa carreira na F-1, deixando a equipe no meio da temporada de 1998.

Com o rumor da provável saída de Pérez, é pouco provável que a McLaren anuncie o patrocinador substituto da companhia telefônica Vodafone como o primary sponsor da escuderia ainda neste ano. Caso o mexicano realmente não permaneça como o companheiro de Jenson Button em 2014, há rumores de que a Telmex, que estamparia suas cores nos carros do time, pode acabar substituída pela Gillette.

Vamos aguardar.

Comentários

    • Eu também espero que se dê chance a esse grande talento. Só fico triste pelo Checo, que é bom piloto e não merece ficar a pé no ano que vem!!!

  • RM como sempre fazendo uma análise transparente e honesta sobre o que (não) esperar, tanto da Williams como do piloto.
    Quanto ao humilde que posta este, já deu prazo de validade aturar essa figura patética e risível, que já devia te pedido o boné e picado a mula faz tempo!!
    Magnussen na McLaren é uma boa aposta. . .em se confirmando!
    Mesmo em caso negativo, mostra o quanto o mexicano não agradou à equipe.
    Zé Maria

  • Apenas considerando o fator velocidade, eu não trocaria o Pérez. Evoluiu bastante nessa temporada e por muitas vezes foi mais rápido que o Button, que já foi campeão do mundo.

    O mexicano deve ser um mala, mesmo.

  • O Perez pagou o preço de um ano ruim pra equipe, o Button fez um campeoato risível.O Magnussen é só uma aposta.É importante notar que a McLarem optou por melhor rendimento ao invés da grana de pagante.Nesse ponto ela foi mais ¨garagista¨ que a Wiillians.Outra coisa de ser o ultimo ¨garagista¨, é só marketing, pois a gente sabe o complexo industrial que a Willians é.Acho tambem que o Massa tirou o peso das costas, quando se autointitulou funcionário da Ferrari.Se Massa tivesse alguma importancia no grid, a vaga da McLaren seria dele.

    • Caro Fabio, Vettel também era só uma aposta,todos os grandes campeões,eram só uma aposta ,desde Fangio(um argentinosinho contra o mundo,este sim era um desconhecido sul americano,mas macho e bom de roda e não de marketing e desculpasa,ajudado por um senil narrador)

  • Furaram ,o olho do mexicano,muito aguerrido.Agora o Massa vai só trocar de equipe,pois vai inventar novas desculpas,e tomar tempo do Bottas,sem trocadilho é só questão de tempo.Tomara que eu queime minha língua.

  • rodrigo mattar se acha que tanto o gutierrez e o serjio perez podem ficar a pé em 2014?se sim o carlos salins vai tirar o patrocinio dela na f-1

  • Eu gostaria de ver um piloto brasileiro “DISPUTANDO” o campeonato mundial de F 1,porque de só participante eu já estou cheio e já se vão mais de 20 anos.Mas parece que a geração atual de pilotos internacionais esta muito pobre,pois não tem um piloto que se destaque acima do nivel e isto é em todas as categorias onde corre algum brasileiro,a ver o Lucas Semgraça parece não ter emplacado na AUDI,é só um regra três para alguma competição como também o Primeiro sobrinho na Aston Martin,não foram daqueles que chegaram e abafaram como fizeram Emerson,Pace,Piquet Pai,e Senna,que quando entravam em alguma competição sempre se tinha a expectativa de uma provável vitória ou pelo menos de disputas pelas primeiras posições,diferentemente dos dois últimos dois pilotos que pilotaram por uma grande equipe que sêêêê por alguma conjunção astral positiva eles largassem a frente de seus primeiros pilotos,em que volta eles dariam a posição a seus superiores.Pra vergonha do automobilismo nacional foi isto que vimos nestes últimos 20 anos.
    Então,ao meu ver a continuidade de Mepassa na F1,é um desserviço ao surgimento de novos talentos na F1.E não me falem em experiência,pois ele e talvez nenhum outro piloto da atual geração da F1,já tenha pilotado um carro com motor turbo em competições da FIA, e pelo que temos assistido nestes últimos anos nem ele e muito menos o seu *enhenheiro*de pista nunca acertam a estratégia de corrida e ao que parece a dupla Banânica continuara sua saga,só nos resta aguardar quais serão as TRAPAIADAS da dupla neste ano de 2014 e as desculpas Gagalvonicas para os resultados adversos(E terão Pachecos que acreditarão ,podes crer)