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RIO DE JANEIRO – Parece Toyota TS030 Hybrid… lembra também o Peugeot 908 HDi FAP, mas não é nada disso. É uma criação made in Rio Grande do Sul, tchê!

Eis o MRX Coupé que vai estrear neste fim de semana da 32ª edição das 12 Horas de Tarumã, cujos treinos começam nesta quinta-feira com sessões livres e classificatórios na sexta. O carro foi construído em pouco mais de um mês por Ademar Moro, Paulinho Felten e equipe.

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Com peso de 750 kg e rodas aro 18, o protótipo terá um motor Audi Turbo de 400 HP de potência. A “caranga” será guiada por Cláudio Ricci, pelos irmãos Vinícius e Felipe Roso e também por Davi Dal Pizzol.

É a turma dos Pampas dando exemplo de como se faz automobilismo bem-feito, sem frescuras. Por isso a Endurance sobrevive no extremo sul do país e é por isso que eles se preocupam com o produto regional – já que a nível nacional ninguém faz nada que preste pela modalidade.

Fotos: reprodução Facebook/Cláudio Ricci

Comentários

  • Rodrigo, já tem um tempo que eu olho os protótipos do Endurance gaúcho e penso se, agora com a adoção da LMP3 pela ACO, qual a disparidade técnica que os modelos daqui tem em relação ao CNs europeus para possíveis entradas?

  • Não irei dissertar.
    Toda vez que saio em defesa do automobilismo 100% nacional, inventam de colocar “?” nos meus comentários.
    GT3 Brasil e Copa Porsche são bacanas e tal,…………..mas nossa realidade é outra, há tempos.

      • Serei breve (ou tentarei).
        Em 2009 era empregado num escritório de perícia contábil em processos judiciais trabalhistas, no centro (São Paulo).
        Tive um colega de trabalho que respondia pelo nome de Marcelo Azzalin, cujo sobrenome ficou em minha mente por mais de mês (Será?).
        O pai dele era ninguém menos que Victorio.Azzalin.
        Sim. O vencedor das mil milhas de 65 em parceria de Justino de Maio.
        Em algumas ocasiões pude bater aquele papo descontraído com o Sr. Azzalin e, na companhia de algumas cervejas, ouvir com suas palavras, desde a concepção da carretera até o drama que foi vencer aquela prova.
        Época mambembe da engenharia de corridas.
        Conversávamos sobre tudo, e também sobre o pouco que ainda sabíamos do automobilismo nacional moderno.
        Numa dessas nossas conversas, penso ter visto o sr. Azzalin com os olhos marejados, e embora partilhasse daquele momento, nunca afirmarei do que se tratava.mas arrisco a dizer que a falta de interesse de nossas entidades governamentais e o desincentivo ao empreendedorismo nacional ressoam na alma de pessoas como ele, ao ver, nos dias de hoje, tudo o que construíram, virar um “nada”.
        Fim inglório dos “dias de glória”.
        É triste ver a que ponto chegamos.
        Merecemos mais que “Black Friday’s” de montadoras.
        Merecemos mais que “preço com ipi zero”.

        Por fim, sou apaixonado por F1 desde os 11 anos e dependente químico de autorama desde então,…….mas, se morasse perto, pagaria pra ver Tarumã à F1 ou outra categoria sem carros de fabricação 100% nacional.

        Desculpe escrever bastante,………mas só tenho a me orgulhar que ainda sobrevive Tarumã e sua turma (trocadilho não intencional, juro!).

  • Muito bacana seu relato Antonius! É sempre legal poder escutar a turma das antigas.

    A verdade é que as Confederações e Federações não conseguem mais cumprir com sua função de fomentar a prática do esporte em virtude de um modelo administrativo que não funciona mais. Eles não conseguem pensar no automobilismo como um todo, não conseguem situar o Automobilismo como segmento econômico.

    Não adianta ter a Stock Car, a F- Truck, os GTs e ser negligente com o automobilismo de base, com o automobilismo regional e principalmente com a formação de uma Indústria dê suporte a prática do esporte.

    A situação é crítica, mas o pessoal do Sul mostra mais uma vez que existe uma luz no fim do túnel.