Luz no fim do túnel?

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RIO DE JANEIRO – Na última semana, este blog publicou que o Campeonato Brasileiro de Gran Turismo não teria continuidade com os responsáveis que tomaram conta da categoria em 2013, no caso a Loyal Sports, que chamou a competição de “Sudamericano” para evitar os mesmos problemas enfrentados no ano passado, quanto à permanência dos modelos de competição no Brasil, por conta do regime temporário de importação.

E não paramos por aí: um passarinho me contou (sim, passarinhos contam!) que a coisa vai mais além e envolve a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

A entidade, segundo esta minha fonte, concedia descontos para a Fórmula 3 Sul-Americana, tentando ajudar esta categoria – que vivia e ainda vive um momento muito complicado em sua trajetória. O subterfúgio foi descoberto e muita gente quis essa mamata, incluindo o Gran Turismo, que também por isso virou “Sudamericano”. Só que a farra acabou: a própria Fórmula 3 deixa de ser sul-americana em 2014  – sem contar o GT, que perderá esse status, evidentemente.

Muito bem: a informação acerca do fim do Gran Turismo por aqui foi alvo dos mais variados comentários. Vários lamentando o fim de um campeonato que se fosse melhor gerido, no meu entendimento, teria tudo para ser melhor ou tão bom quanto a Stock Car. Afinal de contas, quem não se entusiasma ao ver um Porsche, uma Ferrari, um Aston Martin, um Corvette, um Lamborghini, uma Mercedes? Carros realmente dos sonhos de qualquer mortal?

Pois bem: outra fonte me mandou agora há pouco um e-mail onde os srs. Johnny Weisz e Walter Derani estão à frente de um grupo que se empenha para não deixar morrer as competições de Gran Turismo por aqui.

Segundo a mensagem, existem negociações com um grande organizador do motorsport para a realização conjunta de um campeonato, que teria 7 etapas em três praças – São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul – mantendo o formato de disputa com rodadas duplas e corridas com duração de 50 minutos.

Diz o referido e-mail que até o fim desta semana, os pormenores de calendário e valores de inscrição serão apresentados aos que Weisz e Derani pretendem ter como parceiros de um campeonato que busca privilegiar, segundo eles, a parte esportiva. Tanto que o equilíbrio de desempenho será feito por uma comissão formada por engenheiros e chefes de equipe.

Não deixa de ser uma luz no fim de um túnel negro que se avistava no horizonte.

Aguardemos…

Comentários

  • Ainda acredito que essa turma poderia tentar mesclar os GTzões num campeonato forte de Endurance, como o Gaúcho. Sempre provas de três horas de duração e, nesse ano, fizeram experiências com corridas de 45 minutos em três baterias no mesmo dia. As duas modalidades totalmente aptas aos GTs e formariam grids fantásticos, sempre com mais de 30 carros!

  • Eu arrisco em dizer que foi a melhor noticia que os Gts poderiam receber…
    E nós os simples sonhadores também!!!
    A GT como era á uns dois anos atrás era a melhor corrida dos nossos Brasileiros, acho eu que este foi o principal motivo para essa bagunça que ficou tudo isso, depois que a Vicar colocou alguns dedos nos GTs….
    Se fizerem direito, mas direito mesmo, ela ainda volta a rivalizar com os carros da Stock, afinal são bem melhores que essas bolhas desmanchantes….E perigosas….

  • Acho que se juntarem todos os modelos GT3/GT4 que estão no Brasil, passaria facilmente de 30 carros. A questão é retomada de confiança por parte de pilotos, equipes e patrocinadores com eventos desse tipo.

    O britânico de GT3 deu uma alavancada nos últimos dois anos e voltou a ser muito forte, com grid cheio. Não sei bem o que fizeram, já que esse campeonato tinha carros mais ultrapassados que os utilizados aqui na versão brasileira.

    Não há espaço para outra categoria tão grande quanto a Stock Car. Essa categoria tem concentrado a grande maioria dos patrocinadores e não acredito que tenham interesse em mudar para outra, principalmente quando não existir estabilidade e confiança. A Stock demorou décadas para chegar onde chegou, boa parte graças a maior emissora do país, que lhe deu grande visibilidade.

  • Po, bom noticia. Acho que se esse lance de equalização for feito serio, da para recuperar um monte de carro parado por ai. Não quero dizer que o outro era feito de forma estranha… isso eu não sei, mas o que percebia é que ele privilegiava carros novos. Porem, entre nos aqui, carro novo a cada ano não me parece uma realidade brasileira. Se usarmos a Supercar Challenge como exemplo, vemos que da pra ter carros antigos disputando com carros novos e um grid cheio de bons pegas.