Eric Palante (1963-2014)

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RIO DE JANEIRO – As tristes estatísticas do Rali Dakar infelizmente ganham mais um integrante. Morreu ontem, na etapa entre Chilecito e San Miguel de Tucumán, o motociclista belga Eric Palante, de 50 anos.

O corpo do piloto da moto número #122, uma Honda CRF450X, estava na altura do km 143 da especial – o mesmo onde pegara fogo a moto do português Paulo Gonçalves, algumas horas antes de Palante perder a vida. Ele foi encontrado somente hoje por volta de 8h30 (hora local) pelo caminhão-vassoura da ASO, empresa organizadora do Rali Dakar.

Participante regular do evento desde 2003, Palante era casado e tinha cinco filhos. Seu melhor resultado foi um 66º na classificação geral em 2012. Ano passado, ele conseguiu seguir até a décima etapa, mas não resistiu a uma quebra e abandonou a prova.

A organização do Rali Dakar, em nota oficial, lamenta a morte de Eric Palante, cujas circunstâncias estão sob investigação pela juíza da província de Catamarca, Dra. Amalia Castro de Massuco.

Palante é o 27º competidor a perder a vida durante a disputa do Dakar. O francês Thomas Bourgin tinha sido o último da lista, em 11 de janeiro do ano passado, quando sofreu um acidente ao colidir com um carro de polícia no trecho de deslocamento para a etapa Calama-Salta.

Comentários

  • Uma vez Flavio Gomes disse que o Drift era o MMA do automobilismo, opinião da qual discordo, mas da qual me lembrei ao saber de mais uma morte no Dakar; esta competição sim é o MMA dos esportes motorizados. Acho que a maioria das pessoas desconhece o nível absurdo de perigo e a falta de limites racionais das exigencias físicas e psicológicas exigidas dos competidores. Curiosamente eu comecei ater noção do que realmente é o Dakar jogando vídeo game e realidade, claro, é muito mais dura, sem sentido e chocante. O automobilismo e o motociclismo, são esportes de alto risco onde acidente, ferimentos e morte são possibilidades possíveis que todos os envolvidos não medem esforços para evitar. No Dakar ninguém quer evitar nada, todos querem ultrapassar todos os limites; é um circo trágico de desequilibrados que tem um limite sim e hoje mais um competidor o alcançou…

  • Respeito a (muito bem colocada) opinião do Elisio, mas creio que vai ter sempre esporte radicais quanto a periculosidade e acredito que nada supera ainda a Isle of man.

    Se o Dakar for modificado ,será criado outro com um novo nome, são gladiadores modernos ,e nada vai dete-los na forma de diversão.