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RIO DE JANEIRO – Segue o panorama de desempenho dos motores V6 turbo na Fórmula 1 durante os treinos que acontecem até este sábado no circuito de Sakhir, no Bahrein: Mercedes-Benz à frente da concorrência, com a Ferrari correndo atrás e a Renault comendo poeira. Querem ter uma ideia? Uma medição de velocidade de ponta na reta do circuito do Oriente Médio – que é longa, aliás – apontou uma diferença de 30 km/h pró-Mercedes contra os Renault. A que ponto a situação chegou…

Tamanha diferença de velocidade, é claro, se reflete em velocidade de ponta e nas diferenças nos tempos de volta, pois se o motor não tem potência bastante para alcançar suficiente velocidade de ponta em reta, não vai também proporcionar um desempenho aceitável em curvas de alta.

Mais uma vez os motores Mercedes-Benz prevaleceram e desta vez, no terceiro dia de treinos da Fórmula 1, quem fechou o dia na frente foi o carro #44 de Lewis Hamilton. O piloto britânico melhorou ainda mais o tempo marcado por Kevin Magnussen na quinta-feira, cravando 1’34″263 na melhor de suas 67 voltas.

Jenson Button, segundo colocado com o MP4-29, fez o chamado long run. Completou nada menos que 106 voltas nesta sessão, registrando 1’34″976. E muito distante dos dois carros prateados, ficou o brasileiro Felipe Massa, com a Williams FW36 também equipada com o propulsor germânico.

Massa marcou 1’37″066 após 60 voltas, enquanto hoje o melhor carro com motor Ferrari não foi a F14 T da escuderia de Maranello e sim a Sauber C33 de Estebán Gutiérrez, quarto mais veloz da sexta-feira. Kimi Räikkönen foi o sexto e entre o finlandês e o cucaracha, ficou outro mexicano, Sergio Pérez, da Force India.

Com desempenho sofrível, o melhor carro com motor Renault Turbo foi o Toro Rosso de Daniil Kvyat, quase cinco segundos atrás da marca de Hamilton. Até que os carros com os propulsores franceses conseguiram razoável quilometragem, mas não resultados. E tem sido assim todos os dias dos treinos, desde Jerez de la Frontera.

Hoje, Pastor Maldonado fez seu primeiro treino com o Lotus E22, já maldosamente apelidado de “Dentes de Drácula”. O bolivariano foi o 8º colocado, seguido por Daniel Ricciardo na Red Bull e Marcus Ericsson, da Caterham. A Marussia só fez quatro voltas com Max Chilton e ficou no fim da fila.

Comentários

  • Se esse panorama continuar ao longo da temporada poderemos ver o Massa andando na frente da Ferrari. Quem diria… Mas ainda é certo para afirmar algo.

    • Porem, na primeira corrida do ano na AUSTRALIA periga pole e vitoria de quem….VETTEL…so acredito nesses problemas da RED BULL assim que começar as corridas pra valer….

  • A medida que o tempo passa a evolução do motor Renault, que começou atrasada, aponta para que os Red Bull – Renault podem ser 1,5s mais rápidos que os adversários. Não sei se já o serão em Melbourne, mas caminham para não muito longe disso. Com cerca de 500km de rodagem, o Mclaren e o Mercedes GP tiveram em Jerez tempos cerca de 5,5s a 6,5s mais lentos que o melhor tempo de Jerez em 2013. Com a mesma quilometragem, o Toro Rosso faz um tempo 6,5s mais lento que a pole do GP do Bahrain 2013. Trata-se de um lado de um treino de inverno, de outro uma pole de um GP em que os carros 2013 já traziam 3 GPs na bagagem, além de haver a diferença de qualidade técnica entre os Mclaren e os Toro Rosso. Sem falar na diferença de bagagem entre Kiviat e os outros pilotos, mesmo quando comparado com Magnussen. O tempo de Kobaiashi ontem também foi, comparativamente falando, bem interessante. Ericson hoje conseguiu fazer 98 voltas com o Caterham e fez um tempo de 1m42s, o que mostra que há uma cerca linha de evolução coerente nos motores Renault. Este tempo do Caterham também é cerca de 5,6s mais lento que o tempo de qualificação do Caterham no Bahrain 2013. A evolução dos Mercedes é que parece estar numa encruzilhada. Não sei se há muito de onde tirar dos motores alemães. Começa a ser preocupante. Os tempos de Hamilton e Button disfarçam um pouco a falta de competividade dos motores Mercedes quando se trata de long runs. Em 2013 Ross Brawn habituou-nos com as suas tentativas de destacar os MGP com tempos de dragster. Parece que o vírus contaminou a Mclaren este ano, mas os problemas já vividos pela Williams não deixam muita dúvida que a evolução em condições normais de temperatura e pressão já se torna arrastada. Os motores Ferrari pela segunda vez fumaram em pista e o rendimento do carro da dupla Alonso-Raikonnen já não apresenta grande evolução.