Vitória da Ferrari em final sensacional nas 12h de Bathurst

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RIO DE JANEIRO – Ninguém poderia prever que isso aconteceria, mas a Ferrari da equipe Maranello Motorsport/Il Bello Rosso venceu de forma épica a edição 2014 das 12 Horas de Bathurst, disputadas neste domingo no circuito de Mount Panorama, na Austrália. Foi uma corrida ainda melhor que a do ano passado, com muitas alternativas, várias entradas de Safety Car – nove ao todo – pegas sensacionais e um final eletrizante, onde o triunfo do carro guiado por John Bowe/Peter Edwards/Mika Salo/Craig Lowndes foi definido por apenas quatro décimos de segundo contra a Mercedes-Benz da HTP Motorsport guiada por Maximilian Buhk/Thomas Jäger/Harold Primat.

Durante grande parte da disputa, porém, a história foi diferente. Até mais da metade do tempo previsto, a briga pela liderança foi entre a Mercedes-Benz #1 da Erebus Motorsport, guiada por Nico Bastian/Maro Engel/Bernd Schneider – que saíram da pole position e o McLaren #37 de Klark Quinn/Tony Quinn/Andrew Kirkaldy/Shane Van Gisbergen. Este último, inclusive, protagonizou um dos mais lindos momentos da corrida, ao superar Bernd Schneider.

Não satisfeito, o neozelandês, após despachar a lenda da Mercedes, foi para cima do ex-piloto de Fórmula 1 Mika Salo. E noutro grande momento da corrida, superou o adversário.

O ritmo mudava conforme os turnos de pilotagem de cada um dos integrantes das tripulações, mas quem vinha de forma mais constante era a Mercedes de Bastian/Engel/Schneider. E tudo caminhava para um novo triunfo da Erebus em Mount Panorama, até o momento em que o carro #1 foi penalizado por um contato evitável com um retardatário. Além dos danos e da punição, a Mercedes perdeu cinco voltas em relação aos rivais e acabou em 7º lugar.

A Ferrari #88 assumiu a ponta, mas também não teve vida fácil: após uma infração num pit stop, acabaram punidos. O McLaren também teve suas atribulações no fim da disputa: o carro #37 precisou parar para um pit stop extra e Van Gisbergen veio desesperado em busca da recuperação. Acabaram em quarto e com o consolo da melhor volta da corrida.

Will Davison/Jack LeBrocq/Gary Crick tiveram ótima atuação e salvaram a honra do time de Betty Klimenko com a 3ª posição final e bastante próximos dos dois líderes. O melhor Audi chegou em quinto com Rahel Frey/René Rast/Laurens Vanthoor e depois veio o #25 de Eric Lux/Mark Patterson/Markus Winkelhock.

Nas demais classes, vitória de Stephen Grove/Ben Barker/Earl Bamber com um Porsche após longa luta contra David Calvert-Jones/Patrick Long/Alex Davison, superados por duas voltas de diferença. Na classe C, deu o Lotus de Alford/Leemhuis/O’Connor; no grupo D, ganhou o Seat Leon Supercopa de Billington/Scott/Gowers e na classe F, com um simpático Fiat 500 Abarth, o quarteto formado por Youlden/Gover/Hede/Sinclair acabou num interessante 18º lugar geral. Na Invitational Class, o Marc Focus GTC de Denyer/Gowans/Miedecke/Jacobson levou a melhor.

Entre as baixas mais significativas, estiveram o Nissan de Rick Kelly/Katsumasa Chiyo/Alex Buncombe/Wolfgang Reip, envolvido numa colisão com a Ferrari da Clearwater Racing, guiada por Mok Weng Sum/Craig Baird/Matt Griffin/Hiroshi Hamaguchi, além do Audi onde estavam o antigo campeão do WTCC Rob Huff e o britânico Oliver Gavin.

Mas nada mais insólito do que… atropelar um canguru. Foi o que aconteceu ao holandês Peter Kox com menos de 20 minutos de disputa. Os danos foram tão extensos que o carro não retornou mais à pista, desapontando profundamente os parceiros de equipe David Russell e Roger Lago.

Confira aqui o resultado final das 12 Horas de Bathurst.

Comentários

  • Eu assisti as primeiras 8 horas da corrida (incrível o que se consegue hoje em dia com internet e um cabo HDMI). E essas oito horas foram de uma corrida de ótima qualidade. Parece que tudo ajuda para ser sensacional. O local da pista é belíssimo,e o traçado e uma obra prima para os pilotos tirarem tudo o que podem dos carros. E a variedade e quantidade de belas máquinas é a cereja do bolo. Nas quatro primeiras horas todos deveriam estar apostando na Mercedes. Na quinta hora parecia que a Mclaren ia deixar todo mundo para trás, e depois da sexta hora, surgiu uma Ferrari lá de trás que veio com tudo. A disputa entre as voltas 102 e 107 foi incrível, de pular do sofá. Essa é mais um exemplo de como uma corrida de loga duração pode ser incrível e imprevisível.

  • Graças ao meu “ótimo” serviço de internet, que deixou na mão desde ontem a noite, não assisti a esta belíssima corrida. mas pelos vídeos deu para ver que foi eletrizante. Além do mais, como é linda a paisagem no entorno desta pista, com certeza um dos mais bonitos do mundo.

  • A nossa excursao na terra dos cangarus nao durou muito…enquanto em terceiro lugar deu uma zebra. Inteiramente minha culpa, dei uma pausa para tomar um cafe e quando volto e isso que vejo…arghh=http://www.youtube.com/watch?v=7lGwPusf2j0abracos

  • rodrigo não ta entrando o resultado final da prova apareçe que ta com erro e o ator eric bana correu esse ano essa prova/ele ja correu 2 vezes

  • O circuito de Mount Panorama é lindo, e sinuoso também, parece uma mistura de Laguna Seca e Nordschleife. Quanto a corrida… espetacular, e é a prova cabal que provas de endurance são movimentadas sim, até o final.