Audi abandona ideia do ERS-H para o e-tron quattro

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RIO DE JANEIRO – Em nome da confiabilidade e do desempenho, a Audi decidiu abandonar a ideia do Energy Recovery System-Heat (ERS-H) que o fabricante alemão introduzira no R18 e-tron quattro para a próxima temporada do Mundial de Endurance. Quem confirmou a notícia foi o big boss da marca, Wolfgang Ulrich, após os testes realizados nos EUA em Sebring e Austin.

O que aconteceu foi o seguinte: nas simulações em computador, o ERS-H da Audi, que usava os gases do escape do motor, convertendo-os em energia cinética e térmica e enviada para o volante de inércia (ERS-K) e que poderia ser chamado de turbo elétrico, funcionou a contento. Porém, na pista, o efeito não foi o mesmo.

“Nós trabalhamos muito nesse sistema, mas ele não providencia o que esperávamos num circuito real”, afiançou Ulrich. “Com risco na sua utilização sem o benefício pretendido e as interrogações acerca de sua confiabilidade, não pretendemos seguir este caminho”.

Comentários

  • Sabendo que eles conseguem desenvolver um motor com essa característica, e sabendo que a Porsche poderia ter optado pela F1, será que, dependendo do resultado da Porsche no Endurance, a Volks não vê com bons olhos a Audi migrar para a F1?

    • Essa questão já foi respondida inúmeras vezes pelo chefão da Audi, e ele foi claro que a F1 não tem relevância alguma para eles no que diz respeito as estratégias de marketing, esportivas e tecnológicas da marca.

      • Eles podem passar a vida inteira dizendo que não iriam para a F1 e podem de uma hora para outra ir, como quase ocorreu com a Porsche. Sobre relevância estratégica, realmente não compraria carro da Renault só porque ela está na F1.

        O que eu fico pensando é que nenhuma montadora da Volkswagen, que é a maior do mundo possuí pé na F1. Temos a Ferrari, que compete no mercado com as Lambo, temos a Mercedes que compete com Audi, temos a Renault que compete com Volks, e mesmo assim não possuem nenhum investimento na F1.

        Então eu penso que se a exposição da marca Audi em Le Mans é menor do que na F1, qual o benefício em ficar vencendo todo ano, com investimento relativamente pesado? Mercado? Tecnologia?

        Se a resposta for, fazer porque podem e gostam, então esse é o melhor argumento…

    • O ERS-H não trouxe o benefício esperado e é “uma peça a mais para quebrar.”
      Se o ERS-K falhar, eles perdem a tração integral, uma falha no ERS-H pode significar DNF. O ERS-K já é o suficiente para recuperar a energia necessária porque eles não devem optar pelos 8MJ por volta, garantindo mais diesel por volta e exigindo menos recuperação de energia.

      Li especulações sobre a Audi escolher 2MJ e ficar com o máximo possível de diesel possível por volta, o que parece vantajoso já que eles não vão ter restritores de ar e poderão usar todo o potencial do motor deles.

  • Geralmente, tudo que eles criam e fazem dá certo…ao menos deu na última década para o endurance…será que a fonte “começa a secar”?
    E, querendo ou não, o fato de vir uma nova montadora investindo na classe (a Porsche), coloca o time num certo estado de pressão e creio que este fato tenha pesado para desistirem de um novo sistema para utilizar o que já existe e funciona, muitíssimo bem.

  • Não imagino a Audi na Formula 1 como forte concorrente. Os carros que lá estão, estão bem consolidados, mesmo que a equipe mude, os carros e motores são os mesmos, mas o querer supera o anonimato.

    Concessionaria VW

    Abs