Trinta anos de estreia

1010595_603432083076566_1452890214_nRIO DE JANEIRO – Vinte e cinco de março de 1984. Naquele domingo calorento de início de outono, uma história começava. Poucos dias após completar 24 anos, Ayrton Senna da Silva estreava na Fórmula 1 pela equipe britânica Toleman, com o modelo TG183B de motor Hart Turbo.

Campeão de todas as categorias de monoposto que disputara entre 1981 e 1983, feito um rolo compressor, ele chegava na categoria máxima para dividir as atenções da torcida brasileira com o bicampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet, que corria com a Brabham número #1. Infelizmente, para Ayrton, o conjunto mecânico não correspondia às suas grandes expectativas, apesar do fim de temporada bastante promissor da Toleman no ano anterior, quando o time marcou 10 pontos e fechou o campeonato em 9º lugar.

Senna fez o 17º tempo no treino de classificação com 1’33″525, a 5″133 da pole position registrada por Elio de Angelis, com a Lotus 94T Renault. O brasileiro avançou para 13º ao fim da primeira volta e estava em décimo-sexto – por sinal, ultrapassado por Piquet, que saíra entre os últimos porque o motor de seu carro morrera – quando o motor Hart do Toleman quebrou.

Não foi um grande dia para os brasileiros, pois Piquet também ficou pelo caminho, abandonando na 32ª volta quando já era oitavo. Alain Prost ganhou, seguido por Keke Rosberg e Elio de Angelis.

Como falei anteriormente, a história começava naquele GP do Brasil de 30 anos atrás. Daquele dia até 1º de maio de 1994, ainda veríamos o capacete amarelo listrado de verde e azul em mais 160 corridas, das quais 25% delas foram ganhas por Ayrton Senna da Silva, um piloto que até hoje deixa saudade em seus fãs.

Por sinal, o GP do Brasil de 1984 foi o primeiro em que não estive presente após assistir a corrida por três anos consecutivos. Eram tempos de inflação galopante e acho que meu pai não topou pagar um ingresso caro para ficar sob o sol como tínhamos feito no ano anterior. No fim das contas, pelos abandonos de Senna e Piquet, não foi tão ruim não ter ido.

Comentários

  • Uma década…foi o que durou a tragetória de Senna na F1…curta perto de outros pilotos (Barrichello passou quase o dobro deste tempo na categoria…), mas intenso e muito especial…hoje, aprendi a separar o piloto, extremamente agressivo na pista mas que não era um especialista de acerto de carro, do “personagem perfeito/heroi nacional” criado pela emissora e o narrador e amigo pessoal, que até hoje transmitem a F1 (sem a mesma qualidade de outros tempos, diga-se…). Contudo, Senna é ídolo absoluto!!!!