Direto do túnel do tempo (189)

s1_1RIO DE JANEIRO – 24 Horas de Le Mans, 1993. A bordo deste Sard-Toyota 93C, protótipo que disputou a tradicional competição francesa, estava o austríaco Roland Ratzenberger, dividindo o carro com o italiano Mauro Martini e o japonês Naoki Nagasaka.

E por que a citação a Ratzenberger? É muito simples, leitores. Todos teimam em esquecer que, no dia 30 de abril, o piloto morreu no treino classificatório para o GP de San Marino de Fórmula 1.

Enquanto o mundo tece loas a Ayrton Senna, que assim como Roland morreu há exatos 20 anos, a perda de Ratzenberger cai na vala comum do esquecimento. O tempo passou e não aprendemos que a morte de um e de outro foram brutais e chocantes. Mas havia um abismo que os separava: o brasileiro era tricampeão do mundo e virou um mito. Roland tentava se classificar para sua segunda corrida na categoria máxima e virou apenas estatística.

Como o “se” não existe no automobilismo, vai que Ratzenberger não tivesse gasto US$ 500 mil para comprar uma vaga na Simtek e continuado no automobilismo japonês? Poderia ter sido tudo diferente, mas foi obra do destino.

Em tempo: com o carro da foto, Ratzenberger chegou em 5º lugar na disputa das 24 Horas de Le Mans de 1993, menos de um ano antes de seu acidente fatal.

Há 21 anos, direto do túnel do tempo.

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