Direto do túnel do tempo (191)

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RIO DE JANEIRO – Uma Lotus laranja? Pois é: isso só foi possível nos anos 70, com a passagem da Fórmula 1 pela África do Sul. O Team Gunston, patrocinado por uma marca de cigarros, participou pela primeira vez da categoria em 1968 e seis anos depois da primeira aparição, estavam na pista de Kyalami com uma Lotus 72E Cosworth.

Naquela oportunidade, em 1974, estavam a bordo dos dois carros da equipe o piloto Ian Scheckter, irmão de Jody Scheckter, já na Tyrrell e Paddy Driver, este que está na foto – e que completa 80 anos de vida neste 13 de maio.

Nascido em 1934, ele tinha 39 anos quando aconteceu o GP da África do Sul. Antes de guiar o Lotus do Team Gunston, Paddy disputara o Mundial de Motovelocidade entre 1958 e 1965. E não fez feio: andou nas quatro categorias então disputadas e terminou no top 10 ao fim dos campeonatos várias vezes. Foi 3º colocado na temporada de 1965 com uma Matchless (atrás apenas dos monstros sagrados Mike Hailwood e Giacomo Agostini, é bom lembrar), somando 26 pontos e quatro pódios – com dois segundos lugares, em Ulster e na Finlândia, como melhores resultados do ano. Ao todo, Paddy Driver terminou nove vezes entre os três primeiros em 50 provas que disputou no Mundial sancionado pela FIM.

A primeira experiência do piloto com os carros tinha acontecido em 1963: ele apareceu entre os inscritos do GP da África do Sul com um Lotus 24 BRM da Selby Auto Spares, mas não participou da corrida. Após o fim de sua experiência nas motocicletas, ingressou na Fórmula 5000 em 1969, com um modelo Lola. Dois anos depois, alinhou sozinho um McLaren e em 1974, ingressou no Campeonato Sul-Africano de Fórmula 1 – sim, houve um, naquele país. Tanto que acabou o campeonato local em 3º lugar.

Para o GP da África do Sul válido pelo Mundial, Paddy conseguiu o 26º tempo entre 27 inscritos e ficou a menos de três segundos da pole position. Na corrida, não passou da 6ª volta, com problemas de embreagem.

Há 40 anos, direto do túnel do tempo.

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