Direto do túnel do tempo (192)

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RIO DE JANEIRO – Hora de recordar as Carreteras aqui no blog. Esses carros, com aparência de calhambeques e pneus radiais de lona, foram grandes personagens dos primórdios do automobilismo brasileiro, especialmente no início da existência das Mil Milhas Brasileiras.

Os gaúchos, pela proximidade com a Argentina, trouxeram o nome Carretera, de origem espanhola, para designar esses veículos que, lá, corriam exatamente nas estradas – chamadas de Carreteras no território vizinho. Esses bólidos de aparência antediluviana tinham motores poderosos de 8 cilindros que, não raro, superavam 300 HP de potência.

Na primeira fase da prova realizada em Interlagos, as Carreteras dominaram. Venceram, entre 1956 e 1967, sete das nove edições disputadas no período. Foram derrotadas apenas por um FNM JK e pelo Bino Mark I, antes que a prova voltasse em 1970 e aí, apesar de alguns esforços aqui e ali – principalmente do “Lobo do Canindé” Camilo Christófaro, já não havia mais espaço para este tipo de carro no automobilismo nacional.

Aqui vemos uma foto da 3ª edição da prova, realizada em 1958. Em primeiro plano, o carro #98 com patrocínio dos conhecidos Retentores Sabó, cujos pilotos vou ficar devendo. Mas o #82 tem história: é a Carretera de José Gimenez Lopes e Chico Landi, que chegou em segundo naquela ocasião.

E se alguém souber quem guiava o #98, agradeço penhoradamente.

Há 56 anos, direto do túnel do tempo.

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