Nigel Stepney (1958-2014)

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RIO DE JANEIRO – Morreu nesta sexta-feira, aos 56 anos, num acidente rodoviário nas cercanias de Kent, na Grã-Bretanha, um dos principais protagonistas de um dos maiores escândalos contemporâneos do automobilismo: Nigel Stepney.

Mecânico de longa carreira no esporte, tendo trabalhado na Shadow, Lotus e Benetton, ficou por um longo tempo na Ferrari, onde tornou-se primeiro chefe de mecânicos e depois engenheiro da escuderia de Maranello.

Em 2007, Stepney foi o pivô de uma controversa troca de informações entre ele e o colega britânico Mike Coughlan, na época na McLaren. Foi um dos casos mais rumorosos, talvez o mais rumoroso, de espionagem no automobilismo, do qual tinham conhecimento os pilotos Pedro de la Rosa e Fernando Alonso, que na época defendiam a equipe de Ron Dennis. A escuderia foi, inclusive, eliminada do Mundial de Construtores daquele ano e levou uma multa de US$ 100 milhões, a maior já aplicada na Fórmula 1.

Com a credibilidade abalada pelo episódio, Stepney foi “saído” da Ferrari e depois juntou-se à escuderia JRM do amigo James Rumsey, para trabalhar no FIA GT e cuidar dos Nissan GT-R da equipe e posteriormente no WEC, como o engenheiro-chefe do protótipo HPD ARX-03c que a equipe alinhou no campeonato do ano retrasado.

Stepney chegou a ser condenado, há quatro anos, por sabotagem e pelo vazamento de dados confidenciais da Ferrari à McLaren. Sua pena foi de um ano e oito meses. Cumpriu-a em liberdade, além de pagar uma multa de € 600 à época.

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