Sprint Cup com o menor grid do ano: 42 carros

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Situação pouco usual na Sprint Cup: com 42 inscritos, ninguém fica de fora da corrida do próximo sábado

RIO DE JANEIRO – Quem acompanha a Nascar habitualmente na mídia e principalmente nas transmissões do Fox Sports sabe que o limite máximo de pilotos por prova na Sprint Cup é de 43 carros, baixando para 40 na Nationwide Series e 36 na Camping World Truck Series.

Pois esse limite da divisão principal da Stock Car estadunidense não será atingido no próximo sábado, quando haverá a 17ª etapa da temporada no Kentucky Speedway.

Justamente no momento em que o campeonato chega perto de sua primeira metade, acontece uma situação que não tem sido comum nos últimos anos. Em 2001, numa prova disputada no New Hampshire International Speedway – por sinal adiada em razão dos ataques terroristas do 11 de setembro, o grid tinha 42 carros e na ocasião a vitória foi de Robby Gordon.

Antes disso, por diversas ocasiões, a temporada de 1996 também apresentou corridas com 42 participantes, um abaixo do limite máximo do regulamento e na “Milha Monstro” de Dover, houve 41. E em 1997, mesmo com 47 inscritos, chegou a se realizar uma prova em Talladega também com 42 carros.

Crise? Não se sabe ao certo, mas é notório que nem todas as equipes têm reunido condições – principalmente as de menor porte – de disputar o campeonato inteiro. Alguns pilotos, como Parker Kligerman, ficaram pelo caminho. E desta vez, quem contribuiu para que o grid ficasse desfalcado foi a Randy Humphrey Racing, que inscrevera o #77 mas retirou-se do evento. A alegação é que a equipe precisa se reestruturar e o regresso do carro está marcado para daqui a um mês na Brickyard 400, em Indianápolis.

Até lá, resta a todos a torcida para que não seja frequente a queda no número de participantes da Sprint Cup.

Comentários

  • A Sprint Cup é cruel para equipes pequenas. Vejo a categoria dividida em 3 grupos:

    O primeiro é daqueles que acaba se classificando muito bem em grande parte das corridas e está sempre muito próximos, pilotos como Harvick, Busch, Johnson, Edwards e tantos outros. Caras que até podem ter uma ou outra corrida discreta, mas são protagonistas.

    O segundo grupo conta com bastante gente também é tem aqueles caras que ficam a maior parte do ano no meio do grid, mas podem muito bem ganhar uma corrida, fazer uma pole, um Paul Menard, um Marcos Ambrose da vida, ou até um Greg Bifle, um Ryan Newman.

    Agora o terceiro… Caras que estão sempre entre os últimos, não aparecem nunca – a não ser que se estatelem no muro mais próximo – e, as vezes, largam apenas para voltar para a garagem algumas voltas depois. Pior ainda, são a mais escassa minoria. Se chegam a 10, é muito.

    Deve ser muito difícil ganhar dinheiro e ter motivação numa situação dessas.

  • Ainda acho cedo para falar em crise, mas de qualquer forma, nunca é bom para uma categoria – seja ela qual for – a diminuição do grid. Na verdade, muitas nascem e depois morrem em pouco tempo justamente por esvaziamento ou baixa adesão de competidores. O melhor exemplo é a nossa finada categoria de GT, que depois de se dividir em 2012 (lembram da Top Series??), acabou “morrendo” de vez no final do ano passado. Isso sem falar no Racing Festival, entre outras.

    • Mas aí, Fernando, a morte do Racing Festival, do Brasileiro de GT e também da Top Series é fruto da má administração do automobilismo nacional como um todo. A Nascar enfrenta problemas como qualquer grande categoria enfrenta em tempos de crise.

  • A Nascar tem culpa nessa história, quando proibiu equipes de terem mais de 5 carros por corrida. A equipe Rousch nos bons tempos tinha 5 carros: Martin, Biffle, Kenseth, Buschão e Carlos Eduardo.

    Outra causa para o problema foi a fusão de várias equipes que diminuíram o número de carros, por exemplo a equipe do Dale Earnhardt (DEI) tinha 3 carros e fundiu-se com a equipe do Chip Ganassi que também tinha 3 carros. Hoje ao invés de 6 carros, há apenas 2 carros. Teve também a fusão da equipe do Ray Evernham com a do Richard Petty, diminuindo outro tanto de carros.

    Isso abre espaço para as equipes pequenas inscreverem carros para utilizarem a prática do “start and park”, ou seja, largam e param com poucas voltas disputadas apenas para ganhar o prêmio da corrida, inventando desculpas como “dirigibilidade”, “vibrações”, etc.