Rebellion e Lotus são beneficiadas pelo EoT da LMP1 a partir de Austin
RIO DE JANEIRO – A etapa do Mundial de Endurance em Austin no Circuito das Américas é daqui a 50 dias. Falta, portanto, muito tempo para a corrida e mesmo assim as equipes começam a embalar seus equipamentos para a longa viagem que começa mês que vem e só termina em dezembro após a prova de Interlagos. Até lá, ninguém mais fará treinos no continente europeu.
E como era esperado, o comitê de Endurance da FIA determinou após as 24 Horas de Le Mans as atualizações do Equivalence of Technology (EoT) que vão entrar em vigor a partir da prova estadunidense. Tais mudanças beneficiarão fortemente os protótipos LMP1 sem sistemas híbridos.
O novo Lotus P1/01 e o Rebellion R-One que conquistou um interessante 4º lugar nas 24 Horas de Le Mans vão entrar na pista de Austin com 10 kg a menos em relação ao peso mínimo dos chamados LMP1-L, que foi de 810 kg em Sarthe. O fluxo de combustível para os motores foi estendido de 100 kg para 104,9 kg/hora, os reservatórios terão capacidade de 73,5 litros e haverá um acréscimo de 15% na tabela da energia dispendida por volta. Os bocais de abastecimento serão 30% mais largos que os dos modelos LMP1-H, com 33 mm de diâmetro.
Por falar neles (Audi, Porsche e Toyota), o construtor alemão confirmou que até o fim do ano o R18 e-tron quattro não terá mais dois sistemas de recuperação de energia cinética e sim um único ERS, como já apresentado em Le Mans. O protótipo continua na tabela 2MJ e a capacidade do tanque de combustível ganha um acréscimo de 0,1 litro, passando para 54,4 litros. Os protótipos vencedores das 24 Horas de Le Mans têm também um acréscimo de 1% no fluxo de combustível por hora, passando de 80,2 kg/h para 81 kg/h.
Em contrapartida, o carro terá um decréscimo de 0,3% na energia dispendida por volta, que em Sarthe foi de 0,4 MJ e em Austin passa a ser de 0,39 MJ. Pode parecer irrelevante e por vezes intrincada essa equação, mas tantos números e mudanças fazem a diferença no cálculo do consumo e nas estratégias de paradas para troca de pneus e reabastecimento.
Já os modelos Toyota TS040 Hybrid e Porsche 919 Hybrid, cujos motores são movidos a gasolina, ganham um acréscimo de 0,25 mm no bocal de abastecimento de combustível nas provas cuja temperatura começa com mais de 21º C.
Creio que esta medida visa possibilitar melhores alternativas aos LMP1 “não-híbridos” no que diz respeito à estratégia de troca de pneus/pilotoareabastecimento. Pois a performance não tem muito o que fazer para diminuir a diferença.