Mais um fiasco no AsLMS e mais uma vitória da OAK Racing
RIO DE JANEIRO – A segunda etapa do Asian Le Mans Series (AsLMS), disputada neste fim de semana no circuito japonês de Fuji, poderia – a exemplo de 2013 – repetir o ótimo grid verificado naquela oportunidade se não houvesse a coincidência de datas com os 1000 km de Suzuka, do Super GT e também com as 12 Horas da Malásia, em Sepang. O resultado foi que muitos e potenciais inscritos nem sonharam com a participação na 2ª etapa do certame de Endurance. O resultado foi um fragoroso fracasso: somente oito carros participaram da disputa.
A vitória foi do Morgan Judd #1 da OAK Racing Team Total, conduzido por Ho-Pin Tung/Keiko Ihara/David Cheng, que completou 105 voltas – uma à frente do Oreca Nissan da Eurasia com Richard Bradley/John Hartshorne/Ju Jin Pu, que largara da pole position.
Foi mais uma corrida de baixo nível técnico, embora a BMW Z4 de Jun San Chen/Tatsuya Tanigawa/Carlo Van Dam, que foi vitoriosa na classe GT, tenha terminado em terceiro a duas voltas dos vencedores. O Team AAI segue como o único a participar desta divisão e nesta prova houve a estreia do Nissan do trio Morris Chen/Marco Seefried/Ryohei Sakaguchi, que chegou em quarto. A Mercedes de Yu Lam/Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui não completou a prova.
Na classe CN, nenhuma disputa pela vitória: o Ligier JS53 de Mathias Beche/Samson Chan/Kevin Tse, alinhado pela Craft-Bamboo Racing, completou a prova com quatro voltas de vantagem para o Wolf GB08 da Avelon Formula. Como adesão de última hora, o Lamborghini Gallardo de Max Wiser/Giorgio Sanna/Akihiko Nakaya largou de último e por último ficou, onze voltas atrás.
Como efeito deste fiasco, os organizadores do AsLMS confirmaram a data da próxima prova em Fuji para o fim de semana de 19/20 de setembro de 2015, como forma de não perder competidores para os 1000 km de Suzuka e também para as 12h de Sepang.
Sempre tive certeza de que esse campeonato nunca iria decolar.
Não vejo outra solução para este campeonato que não seja a fusão com uma outra categoria de endurance, ainda que seja de GT’s. Evidentemente o que escrevo aqui é meramente um “sonho” mas poderia haver a fusão das categorias AsLMS e ELMS, com 8 carros a mais no grid e calendário extendido para umas duas ou tres etapas na Asia, sem confrontar com as do WEC, é claro.
A ideia do ACO não é essa e sim tentar fortalecer o AsLMS. Porém, certames bem estabelecidos como o Super GT e o GT Asia atrapalham bastante essa expansão. O jeito é tentar cavar parcerias.
O campeonato é mal administrado, tem uma mídia ridícula e também não é barato por todas etapas terem que transportar os carros por avião. Eles deveriam investir em transmissão de TV ao vivo para a Ásia e para o mundo via internet e evitar qualquer conflito com a Super GT e o GT Asia até o campeonato poder caminhar com suas próprias pernas sem depender dos times já estabelecidos destes campeonatos. Interesse tem, mas falta um pouquinho de boas ideias para melhorar o espetáculo. Fora ter uma parceira para garantir o transporte dos carros em todas as provas já ajudaria bastante.