6h de Fuji: dobradinha da Toyota em casa

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A Toyota, graças a Sébastien Buemi e Anthony Davidson, venceu pela terceira vez as 6h de Fuji

RIO DE JANEIRO – Em casa, a Toyota segue imbatível no Campeonato Mundial de Endurance (FIA WEC). Três corridas, três vitórias. E desta vez, em dobradinha: o #8 de Sébastien Buemi/Anthony Davidson venceu as 6h de Fuji, 5ª etapa do campeonato. A dupla do TS040 Hybrid, mesmo desfalcada de Nicolas Lapierre, não enfrentou nenhuma dificuldade para completar um total de 236 voltas, com pouco mais de 25 segundos de vantagem para o #7 de Alex Wurz/Stéphane Sarrazin/Kazuki Nakajima. Com a vitória, a terceira no ano, Buemi e Davidson voltam a respirar na liderança do campeonato da classe LMP1, chegando ao total de 122 pontos.

Com duas vitórias seguidas em Le Mans e no COTA, a Audi desta vez não foi páreo para a Porsche e muito menos para a Toyota. O construtor de Weissach passou enfim por um fim de semana livre de percalços, mas o 919 Hybrid também não pôde seguir o ritmo frenético dos rivais nipônicos. Pelo menos a trinca do #20 formada por Timo Bernhard/Brendon Hartley/Mark Webber tem o que comemorar, pois terminou no pódio, em 3º lugar.

Lucas Di Grassi e seus parceiros Tom Kristensen e Loïc Duval ficaram com a quinta colocação. O brasileiro e o dinamarquês estão em quarto no campeonato, com 82 pontos. Mesmo com a sexta colocação, Bénoit Tréluyer/Marcel Fässler/Andre Lotterer seguem à frente dos companheiros de equipe, com 93.

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Momento de tensão: o fogo no protótipo Lotus P1/01, que não completou a disputa em Fuji

Entre os LMP1 não-oficiais, novamente deu Rebellion Racing. Mas não foi o #12 que venceu na LMP1-L e sim o #13 de Fabio Leimer/Andrea Belicchi/Dodo Kraihamer, que chegaram num distante 11º lugar geral, numa corrida muito atribulada. Os companheiros de equipe Nicolas Prost/Nick Heidfeld/Mathias Beche terminaram mais atrás ainda, na vigésima-quarta colocação. O Lotus P1/01 sofreu uma pane seguida de incêndio e não pôde completar a prova no Japão.

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A disputa pela vitória na LMP2 foi sensacional e prevaleceu o Ligier JS P2 Nissan da G-Drive Racing

Na LMP2, a KCMG destacou-se em grande parte da disputa, mas prevaleceu a G-Drive Racing com seu Ligier JS P2 Nissan. Olivier Pla/Roman Rusinov/Julien Canal terminaram na sétima colocação e levaram os 25 pontos da vitória na categoria, seguidos por Matthew Howson/Richard Bradley/Alexandre Imperatori, separados dos vencedores por apenas 5″434. O Morgan Judd da OAK Racing guiado por Keiko Ihara/Gustavo Yacamán/Alex Brundle completou o pódio, três voltas atrás, sem qualquer possibilidade de brigar pela vitória – assim como a SMP Racing, que enfrentou uma prova cheia de percalços com seus dois Oreca 03R Nissan.

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Banho de champagne no pódio da LMGTE-PRO, comemorando a vitória de Bruni e Vilander

Registre-se que a Toyota não foi o único construtor a fazer 1-2 em sua divisão: a Ferrari ganhou em dobradinha na LMGTE-PRO com a equipe italiana AF Corse. Gimmi Bruni/Toni Vilander levaram a melhor sobre Davide Rigon/James Calado, completando um total de 208 voltas, com o 13º posto na geral. Pole position da divisão, o Aston Martin #99 de Fernando Rees/Alex MacDowall/Darryl O’Young tiveram o melhor desempenho do ano: acabaram em terceiro na classe, 15º na geral, a menos de 40 segundos da Ferrari vencedora.

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A comemoração dos pilotos que terminaram nas três primeiras posições da LMGTE-AM

E também tivemos 1-2 na LMGTE-AM graças à Aston Martin, vencedora com o #95 de David Heinemeier-Hänsson/Nicki Thiim/Kristian Poulsen e o #98 de Pedro Lamy/Paul Dalla Lana/Christoffer Nygaard. Os dois Vantage do construtor britânico dominaram a divisão por completo, chegando com três voltas de avanço sobre o Porsche da Prospeed guiado por Matthieu Vaxivière/François Perrodo/Emmanuel Collard.

Comentários

  • corrida bem chata, a LMP2 teve a melhor disputa pela liderança , nas outras categorias acabou sendo disputada entre companheiros de equipe. o porsche #20 que mais ameaçou a toyota teve o azar de ter um pneu furado logo no inicio.

  • Na LMP1, com certeza o resultado não foi bom para o campeonato. O risco, em minha opinião é que o título seja decidido de forma antecipada em favor do #8 e os times percam o interesse em cruzar o Atlântico para acelerar (pela última vez, de acordo com a prévia do calendário 2015…) aqui em Interlagos. Contudo, apesar do problema na primeira hora, foi uma excelente corrida para os Porsches, sobretudo o #20. Mostraram velocidade e consistência, e já merecem beliscar uma vitória. Já os Audis, não foram muito citados nem mesmo pela transmissão, tanto da primeira quanto da última hora, as 4 da manhã.
    Gostei da disputa na LMP2 entre o Ligier da G-Drive e o Oreca da KCMG, praticamente do início ao fim da corrida inclusive com algumas bobagens na hora de ultrapassar os GT’s. E por falar nos GT’s, muito boa também a participação da equipe Aston Martin, nas duas categorias, mesmo não conseguindo impedir o dominio das Ferraris na Pro.
    Agora que venha Shangai, torcendo para que a Porsche belisque ao menos uma dessas tres etapas restantes.

    • Não tem essa deles não vierem pra cá. Toda a logística já está armada para todos vierem pra cá sem nenhum problema, até financeiramente os orçamentos já estão fechados. Inclusive a lista de inscritos deverá sair daqui a quinze dias.

  • Vi as primeiras 3 horas de corrida, uma coisa que notei que os carros da Audi eram muito lentos de reta, alguém sabe me explicar o porquê, eles são menos potentes que os Toyotas e os Porches? Enquanto os Audis chegavam nos 280 Km/h os outros dois passavam dos 300 Km/h.

    • devido a classe hibrida de 2mj em relação aos 6mj da toyota e porsche. e a audi também usa mais downforce. e o regulamento também tem uma parcela de culpa.