O fator Alonso

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Alonso encerrou o disse-me-disse em Suzuka e não fica na Ferrari em 2015; espanhol voltará para a McLaren

RIO DE JANEIRO – Ao mesmo tempo em que a temporada de Fórmula 1 deste ano caminha para seu desfecho e a luta ferrenha entre a dupla da Mercedes, o mercado de pilotos para 2015 deve sofrer um abalo sísmico pra ninguém botar defeito, ao nível dos terremotos que normalmente acontecem no Japão, terra da próxima prova do campeonato, no domingo. É que Fernando Alonso está a um passo de regressar para a McLaren.

O companheiro Américo Teixeira Júnior já cravou que o acordo está sacramentado e o anúncio da volta do espanhol à equipe de Ron Dennis é iminente. Todos sabemos em que circunstâncias Alonso chegou ao time britânico e também as que o fizeram sair da primeira vez. Agora, fica claro que ele não sente mais confiança na Ferrari e que ele vislumbra, na parceria McLaren-Honda, a possibilidade de voltar a ser campeão.

Contratado em 2010 como a grande esperança da turma de Maranello, Fernando venceu apenas onze corridas desde então. Nenhuma delas neste ano. Com exceção da primeira temporada em que competiu pela Ferrari, nunca foi um real competidor quanto a títulos. E uma combinação de fatores, como a ausência de competitividade do carro do construtor italiano, bem como a tradicional desorganização do time, que voltou com tudo nos últimos tempos, minaram a relação entre piloto e equipe. Natural que chegasse ao fim, como chegou.

Agora, com a iminente volta do espanhol a Woking, abre-se uma possibilidade de uma movimentação entre os pilotos como há algum tempo não víamos. A vaga na Ferrari, embora a equipe não esteja no seu melhor momento, é sempre cobiçada. O desejo dos italianos é ver Sebastian Vettel emulando Michael Schumacher, conquistando mais títulos e vitórias. O alemão não está propriamente muito feliz na Red Bull e uma mudança como esta cairia como uma bomba na Fórmula 1. E com a saída do germânico das hostes rubrotaurinas, pode também ser aberta uma ótima vaga na Red Bull, para formar dupla com Daniel Ricciardo.

Sobre os nomes para a sucessão de Alonso, dentre os vários já citados, difícil que a Ferrari dê uma chance de saída para Jules Bianchi, que está de fato sendo preparado para ingressar na equipe no futuro – mas duvido que seja agora e sim na vaga de Kimi Räikkönen, quando o contrato – ou a paciência dele – terminar.

Veremos, veremos… só sei que o fator Alonso vai mexer, como nunca, com as estruturas da Fórmula 1.

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