Pequenas maravilhas – Lancia-Ferrari D50 (1954/1956)

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RIO DE JANEIRO – Aí está o mais novo xodó da minha coleção pessoal de miniaturas, lançada nesta semana dentro da Ferrari Collection: a Lancia-Ferrari D50, carro com que o construtor de Maranello tornou a ganhar no Mundial de Fórmula 1 após uma temporada e meia de domínio da lendária Mercedes-Benz W196 “Flecha de Prata”. Para a época, tratava-se de um dos carros mais avançados do automobilismo.

Projeto do engenheiro Vittorio Jano, que concebera para a Alfa Romeo a imortal P2, o carro na verdade foi construído para ser alinhado pela Lancia na temporada completa de 1955 e assim tentar combater a Divisão Panzer que tinha à frente o fenomenal Juan Manuel Fangio. E um acontecimento triste tornou quase impossível o desenvolvimento do projeto: a morte de Alberto Ascari em testes feitos no dia 26 de maio daquele ano. Contratado para guiar a D50, disputou apenas três provas com o bólido: a etapa de encerramento do ano de 1954 e as duas primeiras de 1955.

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Somada à crise financeira que tomou conta da Lancia, a aventura da marca na F-1 chegou ao fim prematuramente – porém, os equipamentos ganharam uma sobrevida. Seis chassis foram entregues ao Riparto Corse da Ferrari e assim coube ao construtor de Maranello alinhar as D50 sob o nome de Lancia-Ferrari.

O projeto de Vittorio Jano era um dos mais modernos daqueles tempos. Com motor V8 de 2,5 litros de deslocamento cúbico, tinha potência calculada em 285 cavalos e era muito mais desenvolvido que as unidades concebidas por Aurelio Lampredi. Embora a Ferrari ainda dispusesse da famosa 555 “Supersqualo”, rapidamente a D50 mostrou-se melhor e muito mais competitiva.

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Duas lendas: Juan Manuel Fangio e a Ferrari D50; a combinação rendeu ao argentino o Mundial de Fórmula 1 em 1956

Na temporada de 1956, o retrospecto foi o melhor possível: vitórias em Buenos Aires (com Juan Manuel Fangio e Luigi Musso dividindo o carro, o que era permitido pelas regras vigentes), Bélgica e França (com Peter Collins), Grã-Bretanha e Alemanha (com Juan Manuel Fangio). O argentino tornou-se o grande campeão daquele ano graças a um gesto de desprendimento do britânico Peter Collins, que ao ver Fangio com problemas em sua Ferrari #22 em Monza, no GP da Itália, cedeu o volante da #26 para ele. Com os pontos divididos do 2º lugar, Juan Manuel chegou ao título.

Comentários

  • Olá Rodrigo, esse modelo, Lancia D-50 em 1954 usava tanques laterais destacáveis, pois se acreditava que soltando eles dos suportes, e conectando as 2 mangueiras, seria ganho tempo em paradas, além de melhorar e concentrar no centro do chassis tubular a distribuição de peso.. Em 1955 já na mesma configuração da Lancia-Ferrari D-50, os tanques laterais foram abolidos, ficando apenas o tanque traseiro atrás do piloto. e as laterais unificadas com a carroceria do monoposto, apenas abrigavam de cada lado, 4 canos de escapamento diretos do V-8. Foi com esse carro que no GP de Mônaco de 1955 Alberto Ascari rompeu as barreiras da pista e mergulhou no mar mediterrâneo. Uma outra curiosidade era o motor V8 dianteiro longitudinal entre eixos, montado em angulo com a parte de trás voltada para a esquerda, a caixa de câmbio era traseira, para melhor distribuição de peso e o eixo cardan também era assimétrico

  • tenho 2 d 50 na escala 1/43 porque no bico mudasse as cores uma hora e preto c amarelo e na outra e azul c amarelo seria nacionalidades dos pilotos