Direto do túnel do tempo (226)
RIO DE JANEIRO – Dia 4 de novembro, madrugada de sábado para domingo no Brasil, 1990. Naquele ano, a Fórmula 1 chegava à histórica marca de 500 GPs, o que seria comemorado no GP da Austrália, em Adelaide. Especial, o fim de semana recebeu a visita de vários e antigos campeões ainda vivos – entre eles Jack Brabham, Denny Hulme, James Hunt, Jackie Stewart e Juan Manuel Fangio, que posaram para a foto histórica acima com Nelson Piquet e Ayrton Senna. Faltaram aí o então tricampeão mundial Alain Prost, além de Niki Lauda, John Surtees, Phil Hill, Mario Andretti, Alan Jones, Keke Rosberg e Emerson Fittipaldi, ausentes na ocasião.
E foi mesmo uma corrida histórica, não só pela marca “redonda” como também pela vitória espetacular de Nelson Piquet, uma das maiores de sua carreira. Mesmo com um equipamento inferior – a Benetton B190 não chegava aos pés de McLaren, Ferrari e Williams, o tricampeão (então com 38 anos) deu um show no circuito urbano. Agressivo desde o início, passou Berger, despachou Prost e ganhou a liderança quando Ayrton Senna bateu.
O pega final entre Piquet e o velho rival Nigel Mansell foi histórico e todo mundo lembra como o brasileiro conseguiu dar um baile no piloto da Ferrari para ganhar a corrida. Com a vitória, a segunda seguida em 1990, Piquet não só terminou o ano dando uma tremenda volta por cima, já que ganhava US$ 100 mil por ponto marcado, mais prêmios (e fechou o ano com US$ 8 milhões no bolso), como foi o 3º colocado do Mundial de Pilotos, atrás somente de Senna e Prost. Coisa de gênio.
Há 24 anos, direto do túnel do tempo.
Não me canso de repetir que 90 foi a melhor temporada de Piquet. O Benetton B190 tinha um chassi muito bom, desenhado por Rory Byrne. Simples de acerto, fez ótimas corridas também nas mão de Nanini, que infelizmente teve sua carreira interrompida naquele ano.
Em 1990 eu era um moleque no “auge dos 14 anos”. Foi a primeira temporada da F1 que eu acompanhei inteira, sem perder uma única corrida. Lembro que antes do GP do Japão, ao analisar a tabela do campeonato o Piquet estava a 18 pontos do Berger. Tive uma “visão”: se o Piquet ganhar as 2 últimas corridas e o Berger não pontuar, ele ficaria em terceiro no campeonato, um devaneio, uma vez que o Piquet não vencia desde 87. Piquet com sua linda B190 ganhou as derradeiras etapas e ficou em terceiro, sem esquecer que em Suzuka, tivemos a última “dobradinha” brasileira onde Piquet festejou com o grande Moreno. Isso se minha memória não estiver me traíndo! ABRAÇO!!!!
Que coisa! A foto é de 24 anos atrás de dos sete só dois estão vivos: Nelson Piquet e Jackie Stewart. Dos campeões ausentes da época, só Phil Hill já recebeu a quadriculada.
Ná época gravei a corrida na minha opnião foi uma das melhores da temporada. Piquet renascia das cinzas depois de duas temporadas frustantes (sem vitórias) na Lotus já em declíníno técnico.