Os 50 melhores pilotos de 2014 – parte I

RIO DE JANEIRO – A prestigiosa revista britânica Autosport convocou especialistas para elaborar o ranking dos 50 melhores pilotos do mundo do automobilismo em 2014. O blog vai mostrar essa lista em doses homeopáticas, de dez em dez nomes, em cinco partes. Vamos começar em ordem decrescente, do 50º ao grande nome do ano.

S’imbora?

#50 EARL BAMBER (Nova Zelândia)

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Campeão da Porsche Supercup Europeia, com duas vitórias, duas pole positions e duas melhores voltas, Earl Bamber entrou definitivamente para o primeiro time dos pilotos de Grã-Turismo a nível mundial. Com 24 anos apenas, ele conseguiu como presente antecipado de fim de ano um contrato para se tornar piloto oficial da marca de Weissach, disputando o Tudor United SportsCar Championship em 2015. Não custa lembrar que os “Kiwis” têm uma tradição no automobilismo que remonta a Bruce McLaren e Denny Hulme, ambos feras na Fórmula 1 e em outras categorias…

#49 KRIS MEEKE (Grã-Bretanha)

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O britânico Kris Meeke, de 35 anos, foi uma das boas surpresas do World Rally Championship (WRC) neste ano. Em dupla com o navegador irlandês Paul Nagle, fez sua primeira temporada completa como piloto oficial Citroën e somou quatro pódios num ano inteiramente dominado pelos pilotos da Volkswagen. Jogou fora a chance da primeira vitória na Alemanha, o que poderia ser o ponto alto de um ano bem interessante. Meeke terminou em 7º no Mundial, prometendo mais para o próximo ano.

#48 SCOTT McLAUGHLIN (Nova Zelândia)

2014 Gold Coast 600

Outro “Kiwi” que aparece na lista e que foi um dos melhores pilotos do ano no International V8 Supercars Series. Com apenas 21 anos, o neozelandês arrebentou a bordo do novo Volvo S60 que estreou no certame de Turismo neste ano. Fechou o ano com quatro vitórias, cinco recordes de prova, 10 pódios e o 5º lugar ao fim do campeonato, afora as disputas sensacionais de que tomou parte. É um piloto de muito futuro.

#47 NICK TANDY (Grã-Bretanha)

2014 TUDOR United SportsCar Championship Austin

Mais um ótimo nome das provas de Endurance na lista dos 50 melhores do ano: Nick Tandy, 30 anos de idade, firmou-se como piloto oficial Porsche nas provas longas do Tudor United SportsCar, além de disputar eventualmente algumas etapas do Mundial de Endurance (WEC). Por conta de seus sólidos desempenhos, foi anunciado como piloto titular para o programa LMGTE-PRO em 2015 e é também um forte candidato a ocupar o cockpit do Porsche 919 Hybrid EVO na disputa das 24h de Le Mans, no carro que terá o alemão Nico Hülkenberg.

#46 JULES BIANCHI (França)

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Não fosse pelo acidente sofrido no GP do Japão que o deixou até hoje em condições críticas, o francês Jules Bianchi talvez estivesse com o futuro assegurado na Fórmula 1 em 2015. Seu nome era dos mais cotados para ocupar uma vaga na Sauber, a caminho da Ferrari. O 9º lugar no GP de Mônaco, numa prova brilhante, foi o ponto alto de um ano que termina de uma forma muito triste para a jovem promessa do esporte.

#45 PETTER SOLBERG (Noruega)

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Eis que a lenda norueguesa do WRC, o Mundial de Rali, voltou com tudo no automobilismo, agora nas provas de RX, o Rallycross que mistura trechos mistos de asfalto com trilhas poeirentas e obstáculos. Conquistou cinco vitórias com um “vitaminado” Citroën DS3 e o título mundial, o primeiro dele desde 2003, quando foi o número #1 no WRC. Aos 40 anos, mostrou que não perdeu o brilho e a categoria de outros tempos.

#44 KAZUKI NAKAJIMA (Japão)

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O sobrenome não deixa dúvidas: filho do lendário Satoru Nakajima, Kazuki é um legítimo operário do esporte a motor. Atuou em três frentes – Super Formula, Super GT e Mundial de Endurance (WEC), sempre com o generoso aporte da Toyota, para quem guia como piloto oficial. Aos 29 anos, conquistou duas vitórias e o título no certame nipônico de monopostos, além de outros dois triunfos no GT500 em parceria com James Rossiter. Chegou perto também de uma conquista histórica nas 24h de Le Mans, mas seu protótipo Toyota teve um problema elétrico insolúvel durante a noite e o piloto teve que abandonar a corrida. Em 2015, Kazuki deve repetir a overdose de corridas e categorias.

#43 DEAN STONEMAN (Grã-Bretanha)

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A vida de Dean Stoneman já renderia um filme pelo que lhe ocorreu fora das pistas: diagnosticado com câncer nos testículos, o piloto de apenas 24 anos precisou se afastar do esporte por duas temporadas, após a conquista do título da extinta Fórmula 2 em 2010, para o tratamento da doença. Curado, ao regressar, mostrou que estava em forma primeiro na Porsche Carrera Cup britânica e depois na GP3 Series, defendendo a Manor e também a Koiranen. Na volta aos monopostos, foi o vice-campeão deste certame, com cinco vitórias, uma pole e seis pódios. É o que se pode chamar de volta por cima.

#42 KEVIN MAGNUSSEN (Dinamarca)

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Em sua primeira temporada de Fórmula 1, o dinamarquês – filho de Jan Magnussen, outro que impressionou quando deu início à carreira e depois murchou feito balão japonês – mostrou qualidades a bordo do difícil carro da McLaren. Conquistou um 3º lugar logo na prova inaugural do campeonato em Melbourne, na Austrália e foi um páreo duríssimo dentro do time britânico para Jenson Button, obrigando o veterano a se superar para ganhar o confronto direto no Mundial de Pilotos. A inexperiência do piloto de 22 anos pesou e Ron Dennis se viu obrigado a manter Button para a temporada 2015, a primeira da retomada da parceria com a Honda. Para Magnussen, restou a condição de reserva – e um futuro que pode ser muito positivo, pela frente.

#41 THIERRY NEUVILLE (Bélgica)

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O homem que terminou 2014 como o único a vencer além de Jari-Matti Latvala e Sébastien Ogier – que ganharam quase tudo  no WRC – não podia ficar de fora da lista dos melhores do ano. Thierry Neuville, belga de 26 anos, foi o principal nome da Hyundai no regresso da marca sul-coreana às provas do Mundial de Rali. Liderando um projeto novo, não decepcionou: fechou a temporada em 6º lugar, com o triunfo no Rali da Alemanha e sendo o mais veloz em seis provas especiais durante o ano, o que não é desprezível. A expectativa é que a Hyundai esteja mais próxima da concorrência no campeonato de 2015. E Neuville, também.

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