Os 50 melhores pilotos de 2014 – parte III

RIO DE JANEIRO – O blog volta a mostrar quem foram, na opinião de especialistas consultados pela britânica Autosport, os 50 melhores pilotos de 2014. Agora, vamos à terceira parte, do 30º ao 21º colocado.

#30 MAX VERSTAPPEN (Holanda)

A nova sensação do automobilismo mundial deu o que falar em 2014. Não só pelas performances excelentes na Fórmula 3 europeia como pela chegada precoce à Fórmula 1. Filho do polêmico Jos “The Boss” Verstappen, Max Verstappen, que sequer completou 18 anos ainda, passou como um furacão do kart para a categoria máxima em três anos, com uma escala pela equipe Van Amersfoort, que lhe deu a chance de ser protagonista numa batalha com Esteban Ocon pelo título da F-3, conquistado pelo francês. Apesar do 3º lugar no campeonato, caiu nas graças da Red Bull e Helmut Marko o levou para a Toro Rosso, onde o guri holandês formará com Carlos Sainz Jr. a dupla mais jovem da história da Fórmula 1.

#29 DANIIL KVYAT (Rússia)

Promovido da GP3 após o título conquistado nesta categoria para a Fórmula 1, o russo Daniil Kvyat surpreendeu a muita gente, apesar da pouca idade. Mostrou velocidade, capacidade e por conta de sua campanha no ano de estreia, acabou premiado pela Red Bull com o lugar que era de ninguém menos que Sebastian Vettel, de saída para a Ferrari. Kvyat sobreviveu à máquina de moer pilotos dos rubrotaurinos, mais conhecida como Toro Rosso, e foi capaz de desbancar Jean-Éric Vergne, mais experiente que ele, para dar um passo importantíssimo em sua carreira de piloto.

#28 ESTEBAN OCON (França)

A ascensão de Esteban Ocon é muito bem-vinda pelos franceses, que há muito tempo não têm um piloto capaz de chegar à linha de frente do automobilismo internacional. O jovem de 18 anos mostrou que pode ir longe no esporte, com uma temporada praticamente dominante na Fórmula 3 europeia e de números inquestionáveis: 15 pole positions, sete recordes de volta em prova e nove vitórias a bordo do Dallara da poderosa Prema Powerteam. O resultado não poderia ser outro: o título de campeão da categoria e a possibilidade de se integrar futuramente à equipe Lotus de Fórmula 1.

#27 OLIVER ROWLAND (Grã-Bretanha)

A campanha do britânico em sua estreia na World Series by Renault pode ser considerada bastante boa sob todos os aspectos. Apesar de alguns problemas que o impediram de brigar com Carlos Sainz Jr. e Pierre Gasly na linha de frente, mostrou mais velocidade que o francês em várias oportunidades. Fechou o ano com duas vitórias, três pole positions e o 4º lugar na classificação final do campeonato. Caso permaneça para 2015, desde já é um fortíssimo candidato ao título.

#26 FELIPE MASSA (Brasil)

O ano que marcou a volta da Williams ao patamar das grandes equipes da Fórmula 1 foi também o ano que marcou uma espécie de rejuvenescimento na carreira do brasileiro Felipe Massa. Com as capacidades questionadas desde o grave acidente que sofreu na Hungria, há cinco anos, o piloto de 33 anos mostrou neste ano que sua experiência ainda pode render dividendos. Mesmo com a desvantagem em relação a Valtteri Bottas em vários aspectos, Massa soube terminar o campeonato na alta: fez uma boa corrida em Abu Dhabi e conquistou seu melhor resultado do ano, em que ainda marcou uma pole position e uma volta mais rápida em prova.

#25 SIMON PAGENAUD (França)

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Por uma equipe mediana da Fórmula Indy feito a Schmidt-Peterson Motorsports, Simon Pagenaud fez uma campanha excepcional em 2014. O piloto de 30 anos mostrou suas qualidades mais uma vez, num ano de duas vitórias, três recordes de volta em corrida, uma pole position e o 5º lugar na classificação final do campeonato, deixando a impressão que pode ir mais além. E para isso, o piloto contará com a retaguarda da poderosíssima Penske em 2015, formando um autêntico “Dream Team” com Montoya, Will Power e Hélio Castroneves.

#24 SEBASTIAN VETTEL (Alemanha)

No primeiro ano em que não teve um carro vencedor dentro da Red Bull e, pior, inapelavelmente batido pelo companheiro de equipe, Sebastian Vettel passou do status de gênio da Fórmula 1 a um piloto comum, com suas capacidades questionadas ao longo do ano. Dizem que, apesar de alguns momentos de brilho, ele teria perdido a motivação para continuar servindo ao time gerenciado por Christian Horner e, quando a Ferrari lhe abriu as portas para um novo desafio em 2015, ele não soube dizer “não”. Mesmo numa equipe em constantes crises, será interessante ver do que o “Colosso de Heppenheim” será capaz. Conseguirá Vettel calar seus muitos críticos no próximo ano? A ver…

#23 GIANMARIA BRUNI (Itália)

Ele é hoje o melhor piloto de seu país em atividade no automobilismo internacional e também o melhor piloto de Grã-Turismo do mundo, posto que já pertenceu ao brasileiro Jaime Melo. Aos 33 anos, Gianmaria “Gimmi” Bruni está maduro e no auge da forma e da carreira. Isso foi determinante para que ele e seu parceiro finlandês Toni Vilander conquistassem o título mundial de pilotos na competitiva divisão LMGTE do FIA World Endurance Championship. Péssima notícia para Aston Martin e Porsche: “Gimmi” quer mais em 2015, muito mais…

#22 NICO HÜLKENBERG (Alemanha)

Nico Hülkenberg esteve longe dos pódios em 2014. Seu melhor resultado foi um 5º lugar, em quatro oportunidades. Mas na comparação direta com o companheiro de equipe Sergio Pérez, que teve um pódio no Bahrein, não há o que contestar. O alemão foi mais regular e muito mais consistente, deixando de pontuar somente em quatro oportunidades, enquanto o mexicano ficou sete vezes fora da zona de pontuação. As capacidades inquestionáveis do piloto de 27 anos, que já merece há algum tempo uma chance num time de ponta da Fórmula 1, chamaram a atenção da Porsche, que lhe ofertou um lugar no terceiro carro que o construtor germânico inscreverá em Le Mans e Spa. Uma ótima chance de mostrar que pode existir vida para ele e qualquer piloto da categoria máxima dentro do WEC.

#21 JAMIE WHINCUP (Austrália)

Aos 31 anos de idade, Jamie Whincup já pode ser elevado ao status de lenda do International V8 Supercars da Austrália. Não à toa, o piloto conquistou neste ano seu sexto título na categoria, desbancando Mark Winterbottom, Shane Van Gisbergen e Craig Lowndes. Whincup soube superar um período da temporada em que seu Holden não rendeu bem, o que lhe deixou um pouco longe da liderança, para depois reagir de forma avassaladora. Foi praticamente perfeito nas provas da Pirtek Endurance Cup, certame paralelo de corridas longas que também venceu, em parceria com Paul Dumbrell. Os números não mentem: com dez pole positions, 15 vitórias e nove recordes de volta em prova, Jamie mostrou que é o número #1 do Turismo australiano.