O último remanescente

image78
Em Mônaco, guiando o Gordini T16 em 1956: o francês Robert Manzon morreu aos 97 anos; piloto disputou 28 GPs e somou dois pódios

RIO DE JANEIRO – Morreu hoje o último remanescente do primeiro Mundial de Fórmula 1, realizado em 1950. O francês Robert Manzon nunca esteve nos compêndios por desempenhos espetaculares dentro das pistas, uma vez que em 28 GPs disputados foi ao pódio somente duas vezes e sua melhor classificação no Mundial de Pilotos foi o 6º lugar na temporada de 1952, somando ao todo 16 pontos na carreira. Nascido em Marselha, Robert faleceu aos 97 anos, de causa-mortis desconhecida.

Manzon fez sua estreia com um Simca-Gordini T15 no GP de Mônaco de 1950 e logo na segunda corrida pontuou com o 4º lugar no GP da França, em Reims-Guex. Foram seus três únicos pontos naquele ano e o piloto terminou a temporada em décimo-sétimo. Fez quatro provas sem pontuar em 1951 e na temporada seguinte, em seis provas marcou pontos em três e fez seu primeiro pódio no circuito belga de Spa-Francorchamps, a bordo do modelo Gordini T16.

O francês fez apenas uma única aparição em 1953, no GP da Argentina e voltou com a Ferrari 625 inscrita por Louis Rosier para cinco corridas em 1954. Repetiu o melhor resultado da carreira, com um segundo pódio no GP da França, além de marcar uma 9ª posição no GP da Alemanha. Fez mais algumas provas de F1 com os modelos T16 e T32 da Gordini até se retirar de cena em 1956, aos 39 anos.

Manzon, ao contrário do que muitos podiam pensar, não era o piloto mais velho a disputar uma corrida da categoria, ainda vivo. O também francês Robert La Caze, que participou do GP de Marrocos de 1958 no circuito Ain-Diab, em Casablanca, com um Cooper de Fórmula 2, nasceu em fevereiro e tem os mesmos 97 anos do finado compatriota. O recorde, todavia, pertenceu a Paul Pietsch, único da história a completar 100 anos, falecido em 31 de maio de 2012, um mês antes de completar seu 101º aniversário.

Comentários

  • Pode não ter BRILHADO más só o fato de ter sobrevivido e ter vivido até os 97 anos já é um mérito muito grande ,principalmente para quem competiu nos anos do “Bateu Morreu” onde não se envolver em acidentes graves já demonstrava um alto grau de capacidade de pilotagem. Hoje em dia com a segurança inimaginável nos anos cinquenta fico pensando,ele que viu toda esta evolução certamente imaginava que se tivessem a época a segurança hoje existente (ativa e passiva),muitos amigos e colegas também teriam vivido muito , como ele.