51 milhões: o preço do silêncio
RIO DE JANEIRO – No comunicado emitido em seu nome no fim de semana do GP da Austrália de Fórmula 1, Giedo Van der Garde falou em “respeito à FIA, à Sauber e aos pilotos Felipe Nasr e Marcus Ericsson”.
Respeito? Uma ova!
Todo homem tem seu preço, diz o ditado. E o preço de VDG é alto: uma indenização de € 15 milhões, cerca de R$ 51 milhões, para que o piloto holandês deixe a Sauber em paz e não atrapalhe a campanha dos dois pilotos titulares e do time de Hinwil para 2015.
Agora, 51 milhões de reais? Será que o Giedo vale tudo isso?
A pergunta mais importante: quem vai pagar essa conta? Os patrocinadores atuais não têm nada a ver com isso, até porque boa parte da grana que eles já depositaram a Sauber já usou para pagar seus credores.
Sobre a novela entre Giedo van der Garde (que é o único com a razão nessa história) e a Sauber, eu tinha uma outra teoria para isso. Achava que sua intenção seria enfraquecer a imagem da Sauber de tal forma, até a equipe perder boa parte de seu valor de mercado, dando mais abertura para vir o sogrão com mais uma oferta de compra, desta vez irrecusável.
Não entendo a bronca com o holandês…
O cara tinha contrato, a Sauber não respeitou, ele foi à justiça em 3 países diferentes e ganhou em todos. Se tem alguém com razão nesta história toda é o Van Der Garde (os outros dois pilotos são vítimas da besteira que a equipe fez).
Não existem santos na F-1 e a Sauber teve o que mereceu, oras.
Com relação aos valores em si, há muito que a F-1 como um todo vive fora da realidade.
Eu sempre dei razão ao Giedo van der Garde. Esse episódio, sem dúvida alguma, serviu para deixar as equipes mais atentas. Agora, vão pensar duas vezes antes de cogitar a ideia de sacanear algum piloto.
Rodrigo, por favor, não seja tão obtuso. A questão não é se o Giedo van der Garde vale isso. A questão é que o contrato, assinado por Sauber e ele, sim. A equipe contratou três pilotos para a temporada 2015 e se não é capaz de honrar o compromisso com os três, terá de romper o contrato com alguém. Quando se quebra contrato, se paga a multa.
A única coisa que ele fez foi ir em busca de seus direitos.
Eu sou obtuso? Cara, você tem noção do que são 51 milhões de reais? Fala sério!
Rodrigo, com todo o respeito, permita-me discordar.
Não está em discussão se ele vale ou não.
Além do mais, já havia pagado uma nota, tipo 8 milhões de euros pela vaga, então pediu ressarcimento com juros + multa, sei lá.
E se concordaram em pagar, é porque julgaram ser justo, simples assim.
Em tempo, conforme disse pro Pedro Perez, quem pagou foi o Bernie e prá ele isso é dinheiro de pinga perto do estrago potencial que o VdG poderia causar.
Abraço de quem te respeita e considera.
Zé Maria
Não é questão de ser obtuso ou não e sim o fato de que, por mais absurdo que seja uma indenização de R$ 51 milhões, é direito do Van der Garde recebê-la.
Se você movesse uma ação trabalhista contra determinada empresa, você iria questionar uma quantia dessas por achar que seu preço é menor? Óbvio que não.
esse golpe é antigo! jogaram um cheque borrachudo na mão do cara para ganhar tempo. Nos próximos dias alguém estará batendo na porta do Sr. Peter
Pode ficar tranquilo que esse cheque não volta. . .tá com a assinatura do Titio Bernie ora pois. . .
Como piloto ele não vale uma fração disso, mas pela cagada da Sauber de contratar 3 pilotos para 2 vagas ficou barato…
Não penso que Giedo como piloto valha nem metade disso, mas penso que a atitude canalha da Sauber vale um revés desse valor, ou talez até de um valor maior. A sorte que a equipe teve até agora foi que Adrian Sutil – que deixou a Sauber em circunstâncias análogas e também teria um contrato para esse ano – não resolveu tomar a mesma atitude e optou por seguir o seu caminho.
Eu espero que esse belíssimo susto fique como lição para que os paradigmas financeiros da Fórmula 1 mudem daqui pra frente. Levar a idéia do teto orçamentário adiante pra valer – ao invés de ser apenas promessa de palanque, como em 2010 – e propor um novo modelo de divisão do dinheiro dos direitos de image, pagos pela FOM em um montante maior e que inclua a todas as equipes já seria um bom começo.
Estranho tudo isso,……….tá parecendo aquelas situações onde o cara vai ao restaurante, limpa o prato; depois sai sem pagar falando que a “comida estava horrível”.
Este cara não vale um peido, mas o sogrão esperto recuperou o que gastou com ele………