Já era…

RIO DE JANEIRO – Duro golpe para a temporada 2015 da Fórmula 1. Terra da campeã Mercedes, de pilotos feito o tetracampeão Sebastian Vettel e o atual vice Nico Rosberg, fora o xará deste – Hülkenberg – e, claro terra de Michael Schumacher, a Alemanha está fora do calendário deste ano. Problemas organizacionais e econômicos motivaram tanto Höckenheim quanto Nürburgring a não mostrar condições de realização do evento, marcado para julho.

Eu só tenho a lamentar. E o que o Flavio Gomes escreveu no blog dele vai de acordo com a realidade nua e crua da atual fase da categoria. Os países tradicionais da Europa têm sido varridos do calendário sem a menor cerimônia e trocados por praças sem nenhuma tradição no esporte, mas que possuem um item muito importante, pelo menos para Bernie Ecclestone. Grana, muita grana.

Na Era Moderna, esta será a quarta vez que o GP da Alemanha deixará de ser realizado. As outras oportunidades foram em 1950, na primeira temporada oficial da categoria e depois em 1955 (provavelmente em razão do acidente de Pierre Levegh, com um Mercedes, nas 24h de Le Mans daquele ano) e 1960.

E quando um país que tem, além da Mercedes, marcas de grande tradição feito BMW, Porsche, Audi e Volkswagen não tem o seu GP de Fórmula 1, é algo que dá muito o que pensar.

Mais detalhes, no Grande Prêmio.

Comentários

  • O “titio tataravô” Bernie decididamente tem que ser levado para sua pirâmide com urgência… O pensamento pré-pré histórico dele com relação as novas mídias que poderiam atrair novos fãs e essa sanha por lucros independentemente das consequências vai mandar a F-1 para debaixo de sete palmos de terra antes dele mesmo…
    O tempo dele como mandatário-mór já passou mais de uma década. Não dá para pensar e agir como nos idos de 1970 e 1980, por exemplo. A F-1 é um “esporte” caro as pampas e se todo mundo que vive dele e ganha muito dinheiro com ele não botar a mão na consciência, do jeito que estão as coisas, não vai ter ninguém para apagar a luz depois da debandada geral. Dá para ganhar muito dinheiro com esse trem chamado Fórmula 1 sem precisar extorquir autodrómos, aceitar praças “nebulosas” e sem tradição automobilística por conta de caminhões de dinheiro e muito menos a excessiva concentração das rendas e poder de mando do “esporte” nas mãos tremulas de alguém…

  • Acabaram com Höckenheim quando cortaram a pista, as corridas estava bem chatinhas nas duas cidades, era bom voltar a Turquia, torço para que voltem os bons circuitos.

  • Enquanto isto, o FIA/WEC vai ter corrida por lá… Ah, e quantas montadoras temos envolvidas no WEC e na F1??? Vai titio Bernie, sufocando a galinha, vai.

  • Ainda bem que por enquanto o W E C não entrou pelo mesmo caminho da Moribunda F1 ,que se tornou a mias cara e chata categoria do automobilismo mundial no lugar da pista alemã deve entrar algum Tiltilkodromo idiota em algum país cheio de Sheiks e cheques gordos ,que para que só via corrida de camelo até que uma procissão de F1 deve ser interessante.

  • Rodrigo, na sua sincera opinião, tudo que o governo investe na F1 retorna ao cofres públicos através de impostos? Nos circuitos tradicionais da Europa, os governos locais também põe grana ou é tudo bancado pela organização?

    E se um dia Interlagos perder a F1, também perderá os investimentos da prefeitura na manutenção do complexo de uma forma geral. Interlagos estaria fadado ao mesmo destino de Jacarepaguá? Ou seja, especulação imobiliária?

    • Desconheço a interferência governamental pelo menos na Alemanha. E quanto ao Brasil, o risco de especulação imobiliária sempre existe.