Espetacular!

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RIO DE JANEIRO – Foto clássica da tomada da reta do circuito de Goiânia rumo à curva 1. Aí estão nada menos que 43 (eu disse QUARENTA E TRÊS!) carros do Regional de Marcas e Pilotos disputando a 3ª rodada dupla da competição. Dividido em três classes – A, B e N – o campeonato atraiu gente de todos os cantos do país, principalmente os “sem autódromo” como os cariocas e paulistas, órfãos de Jacarepaguá e Interlagos, que se juntaram à imensa maioria de pilotos da região, incluindo a turma do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Leandro Reis, no carro #51, lidera a categoria A com 87 pontos. Na classe B, Pablo Alves soma 79 pontos e comanda a classificação. Na divisão N, Rodrigo e Thiago Rappa têm 94 pontos. A categoria, que atraiu meia centena de carros numa de suas rodadas anteriores, ainda terá mais uma etapa em junho.

Fico feliz por ver que ainda existe automobilismo competitivo a nível regional no Centro-Oeste e, principalmente, que a escola de carros com tração dianteira e motores até 1,6 litro não morreu. A CBA e principalmente a Vicar que me perdoem, mas o Brasileiro de Marcas e Pilotos deveria partir deste princípio de veículos de menor custo privilegiando o talento do piloto e também os preparadores de motor e chassi, que ficaram à míngua diante da proliferação de competições com monomarca de motores.

Parabéns aos goianos pelo exemplo. Quem sabe o esporte ainda tem salvação?

Comentários

  • É muito legal ver Goiânia retomar as atividades do autódromo, e mais legal ainda ver essa matéria no blog. Estarei no autódromo na próxima etapa, com certeza.

    Abraços

  • Concordo também Rodrigo com você a respeito das competições de um motor só sem sal , o que deviam fazer( Vão dizer falar é fácil ) é pegar o motor original dos carros nacionais poe lá um turbo e o que dá um pouco mais de trabalho é a equalização de potência, podíamos ter duas categorias: Hach mais básico tipo Gol, 208, Onix, Fiesta, HB20 e Palio. E uma mais acima com os carros hoje da Brasileiro de Marcas Corolla, Civic, Fluence com hatchs maiores como Golf, Bravo e BMW série 1. Sobre órfãos de autódromos SP é provisório mais RJ é quase que definitivo se depender do poder público.

  • Bem legal ter um campeonato assim. Me lembra no Rio em 1989/1990/1991. Frequentei o autódromo nesses anos pra assistir ao famoso “grupo N” da época. O campeonato chegou a ter um número perto desse aí de goiânia. Teve um período que vários pilotos que andava na Copa Shell passaram a correr lá. Só fico curioso pra saber como conseguem equalizar motores de tantas marcas diferentes. Pq naquela época, no Rio, quase toda corrida tinha adendo no regulamento liberando alguma coisa pra algum modelo de carro que nas etapas anteriores levaram pau. E isso, pra mim, é chato. Ficar mudando regulamento durante campeonato, em automobilismo principalmente, não costuma dar certo. Espero que não seja o caso em Goiânia.

  • Olá Rodrigo, ainda bem que existe Goiânia, sou mais um orfão de São Paulo e interlagos, com a FASP não impondo o absurdo de não poder fazer o campeonato paulista em piracicaba ou no velo cita, transformando em campeonato paulistano, sobram outros estados. O provável fim de curitiba ano que vem nos deixará em pior situação ainda.
    Rodrigo fica complicado, vivemos um tempo que quando se fala em autódromos as pessoas ja falam que não deveria existir pois isso é coisa de rico mimado, nós que fazemos o automobilismo antigo, garagista, não temos espaço pois ou vc tem esse esporte de forma caríssima ou não temos, salvem os último regionais, os últimos garagistas pois afinal isso ainda é um esporte que é apaixonante!
    E dia 06/06 na próxima estarei lá em Goiânia para estrear nesta pista que pelos relatos ficou ótima.

  • Enquanto isso, aqui em Curitiba, está se concretizando o que ninguem queria. Venceu o contrato de arrendamento de 20 anos do autódromo, ele já está praticamente vendido (dito por ex-funcionários que estão se desligando em função do desmanche) e sucumbirá à especulação imobiliária como Jacarepaguá. O descaso já pode ser notado nesse ultimo fim de semana; teve moto GP 1000 e deu para notar que as zebras não mais estão pintadas, bem como inexistia pintura nas barreiras de pneus, junto aos guard rails, os muros da grande reta, descascando a tinta, tudo indicando o não comprometimento e fim próximo. É nos pequenos detalhes que se percebe a indiferença no (pouco) cuidado daquele que já foi, depois de Interlagos, um dos melhores autódromos do Brasil. The dream is over.

  • Na década de 80, mais especificamente, entre 1985 e 1987, o aficionado gaúcho foi brindado com o surgimento de um certame multimarcas denominado ‘Campeonato Regional de Turismo’. O certame foi um sucesso mas, creio que uma matéria de seis páginas na revista Quatro Rodas no 312 (julho 1986) é o melhor registro de um grande momento no esporte motorizado nacional.
    Momento este que, infelizmente, a CBA não quis avalizar. Pelo contrário: não foram poucas as manobras de bastidores para que o ‘Regional’ não eclipasasse a Copa Shell (Marcas & PIlotos), cujo grid deixava a desejar. O que, em outras palavras, demonstra que não é de ‘hoje’ a tentativa de acabar com um projeto bem feito, visando única e exclusivamente a manutenção do Automobilismo como negócio e espetáculo.
    Naturalmente, registro aplausos aos coordenadores do certame goiano e, claro, fico na esperança de que o certame seja longevo e devidamente administrado (e, claro, respeitado por aqueles que, ao invés de destilar inveja, deveriam ajudar)
    With kind regards,

    Paulo Lava

    * Para resumir o que seria longo relato: o campeonato tinha grid médio de 35 carros, das quatro marcas nacionais presentes no mercado da época e coordenação promocional sob a batuta do conhecido promotor/jornalista Alan Magalhães, responsável, entre outras coisas, por captar patrocínio de importantes empresas como Shell e Firestone – além de um fantástico trabalho de divulgação do certame na imprensa.

  • Também concordo que este molde, principalmente no que tange à parte técnica dos carros, deveria ser a base para um verdadeiro campeonato nacional de marcas e pilotos. Aliás, a VICAR consegue enganar até nisso. Um campeonato de marcas fajuto (essa é a verdade…) com um único motor para todos os carros e que agora se resume à categoria suporte da Stock Car para se manter vivo, pois nunca emplacou como evento individualmente. Carros basicamente originais, pequenos e/ou médios, com motor 1.6 de todas as marcas e preparação por conta das equipes…assim deveria ser.