ACO anuncia os novos construtores LMP2

Car #26 / G-DRIVE RACING (RUS) / Ligier JS P2 - Nissan / Roman Rusinov (RUS) / Julien Canal (FRA) / Sam Bird (GBR) - FIA WEC 6 hours of Silverstone at Northamptonshire - Towcester - United Kingdom
Os Ligier como este da G-Drive Racing, construídos pela Onroak Automotive, vão continuar na LMP2 dentro do regulamento implantado a partir de 2017, com novidades entre os fabricantes (Foto: Nick Dungan/AdrenalMedia.com)

RIO DE JANEIRO – O Automobile Club de l’Ouest (ACO) anunciou nesta quinta-feira, portanto um dia antes do prazo, quem serão os futuros construtores LMP2 dentro do novo regulamento da categoria, proposto para começar em 2017. Regulamento este que pode pôr em xeque a proposta da própria subclasse para equipes privadas, que tinham uma variedade muito interessante de chassis (Oreca, Morgan, Ligier, Dome, BR Engineering, Gibson e HPD, por exemplo, sem contar a Alpine rebatizando seus Oreca e a Wolf interessada na parceira com a Ibanez Racing).

Como não houve mais termo de discussão, a proposta foi posta em pauta e aprovada. Para nenhuma surpresa, o ACO mantém Oreca e Onroak Automotive – esta construtora dos Ligier e Morgan EVO – no plantel de construtores LMP2. A surpresa foi a entrada da Dallara no lote e o quarto construtor será um consórcio entre a Multimatic do Canadá e os estadunidenses da Riley Technologies. Aí não se trata de surpresa, pois o ACO também visa introduzir naquele mesmo ano só carros LMP2 no Tudor United SportsCar Championship e precisa de um construtor de lá da terra do Tio Sam. A Multimatic, aliás, vai desenvolver o novo Ford GT para o WEC.

A Dallara desbancou não só a Gibson, que há anos tem um projeto de LMP2 Coupé pronto para sair do papel como também os russos da BR Engineering, que pelo visto vão se readaptar à realidade, que talvez seja subir para a LMP1 – ou não, dada a crise que se abateu sobre a equipe de Boris Rotemberg face o embargo econômico imposto pelos EUA àquele país por conta dos conflitos entre russos e ucranianos pelo território da Crimeia. A Dome nem cogitou participar da concorrência. Especula-se que o construtor japonês também está de olho na passagem para a LMP1, a classe principal do WEC.

O ACO considerou os seguintes elementos para a decisão de indicar os quatro construtores selecionados: experiência e reputação; capacidade industrial e de engenharia, além do suporte técnico e de peças; situação financeira; comprometimento com o programa de desenvolvimento; qualidade dos serviços aos clientes; qualidade de projeto e do carro; comprometimento na redução dos custos no fabrico de chassis e no budget das equipes e, por fim, fabricantes europeus e dos EUA que tenham capacidade de atender não só a Ásia como também o resto do mundo.

Quanto ao propulsor, que será único e rebatizado ao gosto dos fregueses, pelo menos no WEC, ELMS e AsLMS, nada foi decidido. No Tudor United SportsCar a IMSA confirmou que haverá mais de um fornecedor de propulsores na série estadunidense.

Comentários

  • Gostar dessa proposta de limitação de chassis, eu não gostei. Gostei menos ainda da ideia de propulsor único para WEC, ELMS e AsLMS. No meu ponto de vista, é uma descaracterização muito profunda justamente nos aspectos que eram interessantes na divisão.

    Mas agora está feito, e o jeito é esperar para ver o resultado disso tudo.

    • É meu caro Geraldo ,talvez FIA ou AOC também necessitem de algo parecido com o que ocorreu na FIFA . Pois este negocio de privilegiar só um fornecedor é muito $$$$UUUUUUU$$$$$$PEITO ainda mais tratando-se de Nissan (que pode-se ler nas entre linhas Renault , que não é nenhum “espetáculo “como produtor de grandes motores ou bólidos ,e isto ficou bem evidente na vexatória 24 H de Le Mans 2015 na LP 1 ou seria -1)
      A C O = francesa ,presidente da F I A = francesinho com aparência de Duende de Jardim ) a mim parece que tem COI$$$$$$$$$$$$$$A$$$$$$ E$$$$$$$$TRANHA$$$$$$$ no jogo de INTERECE$$$$$$$$$E$$$$$$$ que seria muito $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ entrando para privilegiar a subsidiaria Renault, um vexame como LM P 1 ;errar a mão é do jogo mas ser pior que LM P 2 e ainda querer ter primazia como “Sigle Engine Supplier” é no minimo muito “estranho” se pelo menos fosse alguma do nível de Porsche ,AUDI , Mercedes , Ferrari ou até mesmo Toyota ,más Nissan que nunca fez um carro digno de ser campeão do W E C para fornecedor único ,é no minimo muito “$U$PEITO” ,esta ´é a minha opinião , alguém que já de um bom tempo vem se desencantando com o automobilismo , ainda bem que já estou velho e não verei por muito tempo este automobilismozinho “COXINHA” com comissários de pista mais importantes que pilotos , gestores de regulamentos completamente idiotas e pilotinhos completamente tutelados pela equipe que só sabem acelerar (alguns, male má) mas incapazes de tomarem decisões importantes ou quebrarem normas e diretrizes equivocadas.

  • Eu achei que a Nissan fosse fornecedora única por W.O. de motores para a LMP2, mas impedir a concorrência é uma baita burrice…

  • Vou na contramão de algumas opiniões. Essa limitação na construção de chassis acho importante porque já estavam descaracterizando a LMP2 com times como a SMP, Strakka e outros querendo fazer seus proprios carros. O que vai de desencontro com a classe que é comprar um conjunto de chassis+motor pronto e só botar na pista. Sinceramente, espero que Gibson, BR Engineering e Dome peguem esses carros e façam um projeto pra LMP1. Visto que suas novas concepções já tem a mesma tubeframe dos LMP1 atuais, podendo simplesmente mudar a motorização, a suspensão e a parte aerodinamica. O que aconteceu com o Lotus T128 que disputou o WEC na LMP2 e hoje é o CLM P1/01. Isso pode acabar fortalecendo a LMP1 nos times privados de certa maneira. O regulamento de motores podia ter se mantido o mesmo, ainda bem que a IMSA irá manter o regulamento de motores o mesmo de atualmente podendo disputar Le Mans, mas com os carros sendo submetidos a Balance of Performance.

  • Que baita burrada essa hein !
    Vai acabar justamente com o que mais me chamava a atenção no WEC que é a diversidade e a variedade de montadoras e projetos. E ainda permitir um propulsor único para todos ? Ande esta o desafio ?

    Mais uma desilusão no mundo do automobilismo.