Marc Coma é o novo diretor esportivo do Rali Dakar

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Após uma vitoriosa carreira de piloto, com cinco títulos no Rali Dakar, seis do Mundial Cross-Country e 200 mil km percorridos em cima de uma moto, Marc Coma está a partir de agora do outro lado do balcão

RIO DE JANEIRO – Cinco vezes campeão do Rali Dakar, o evento off-road mais difícil do mundo, incluindo a edição deste ano, o catalão Marc Coma anunciou hoje sua retirada com efeito imediato das competições. Aos 38 anos, um dos mais vitoriosos pilotos de todos os tempos passa para o outro lado do balcão, sem cortar os laços com o evento que o consagrou: o ASO, organizador do Rali Dakar, anunciou sua contratação como o novo diretor esportivo do evento, substituindo David Castera.

“É o momento certo para me retirar, depois de 12 ralis Dakar, cinco vitórias e muitos quilômetros. Tenho de ser honesto comigo mesmo e com todos os que me apoiaram, incluindo a KTM, onde sempre me senti em casa. A minha carreira desportiva em cima de uma moto acabou. Sinceramente, não me via com forças para lutar pela vitória no Dakar com êxito”, disse Coma, em comunicado.

Coma começou cedo como motociclista, já aos oito anos. E construiu ao longo de mais de uma década uma rivalidade intensa com outro monstro do fora de estrada, o francês Cyril Despres, hoje competindo de carros. Além dos cinco títulos no Dakar, o espanhol foi seis vezes campeão mundial Cross-Country, nos anos de 2005/06/07, 2010, 2012 e também no ano passado.

A retirada de Coma surpreende, ainda mais se lembrarmos de suas claras intenções em bater o recorde de seis triunfos nas motocicletas, pertencente até hoje a Stéphane Peterhansel. Pelo visto, a marca não será superada tão cedo.

As novas atribuições já começarão a tomar o tempo do espanhol ainda neste mês.

“Vou passar este mês de julho já na América do Sul, em reconhecimento do traçado para o Dakar de 2016. Chegou a oportunidade de retribuir, de alguma maneira, tudo o que o Dakar me tem dado, por isso aceitei este novo desafio de ser o diretor desportivo da prova”, afirmou.

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