Direto do túnel do tempo (282)

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RIO DE JANEIRO – Amanhã, dia 4 de agosto, um dos F1 Rejects mais notórios da história completa 54 anos de vida. Refiro-me ao italiano Claudio Langes, que jamais conseguiu largar para uma prova da categoria máxima no ano de 1990, quando foi companheiro de equipe do brasileiro Roberto Pupo Moreno na esquálida Eurobrun.

Nascido na cidade de Brescia, Langes era o protótipo do “anti-piloto”. Tinha estatura mediana e barriga proeminente. Jamais passaria por um atleta e por isso seus apelidos no paddock eram “Droopy”, o famoso cãozinho imortalizado no traço do genial Tex Avery e “Panda”.

Na Fórmula 3000, então a categoria de acesso à F1, jamais brilhou. Disputou 33 provas em cinco temporadas de 1985 a 1989. Coincidentemente, no primeiro ano da categoria, Langes disputou duas corridas como companheiro de equipe de Roberto Moreno com um velho Tyrrell 012 da holandesa Barron Racing, mas só teve um 15º lugar em Thruxton como melhor resultado. Fez três pontos em 1986 defendendo a BS Automotive e ficou sem marcar pontos no ano seguinte, pela First Racing de Lamberto Leoni. Em 1988, foi companheiro de equipe do polêmico Gregor Foitek: marcou cinco pontos e terminou o certame em 15º lugar.

A última temporada de Langes foi a melhor (ou menos pior) dele na categoria. A bordo da Lola T89/50 Cosworth que ilustra este post, o piloto defendeu a Forti Corse. Foi 2º colocado em Enna-Pergusa, na Sicília, atrás de outro F1 Rejects, o suíço Andrea Chiesa e sexto na prova seguinte, em Brands Hatch. Acabou em 12º lugar, com sete pontos.

Por isso, até causou espanto que o “anti-piloto” Langes chegasse à F1, mas não muito, pois ele trazia patrocínio e dinheiro para a Eurobrun. Mas fracassou redondamente e sua categoria só seria retomada em 1992, no Superturismo Italiano.

Há 26 anos, direto do túnel do tempo.

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