Vídeos históricos: apresentação de Ivan Capelli na Ferrari (1992)

RIO DE JANEIRO – O Vinícius Vergueiro compartilhou comigo no Facebook e eu resolvi pôr esse vídeo no blog para lembrar que Ivan Capelli chegou a ser saudado como a esperança dos torcedores e jornalistas para ser o primeiro italiano a ser campeão mundial com a Ferrari depois de Alberto Ascari.

É bom lembrar que muitos outros passaram por essa verdadeira fogueira e foram incinerados. O último deles havia sido Michele Alboreto. Sem contar que Nicola Larini e Gianni Morbidelli, vinculados a Maranello no início de suas carreiras, efetivamente jamais tiveram qualquer tipo de chance.

Capelli vinha da Leyton House, que comprara a March. Defendeu o time sediado na Grã-Bretanha de 1987 a 1991, alternando performances bisonhas com momentos de brilho, especialmente nos pódios no GP de Portugal em 1988 e no GP da França de 1990. Nessa prova, aliás, quase venceu. Foi superado pela Ferrari de Alain Prost poucas voltas antes do final.

Para a temporada de 1992, Ivan foi contratado para suceder o próprio Prost, mandado embora antes do fim do contrato por dizer alguns epítetos acerca do carro e da equipe. Para azar de Capelli, o modelo F92A, tido como “revolucionário”, foi um tiro fora d’água. O italiano só marcou três pontos naquele campeonato com um 5º lugar no GP do Brasil e um 6º na Hungria. Massacrado por mais uma crise técnica da Ferrari, o italiano também foi demitido antes do fim do ano. Teria ainda uma última chance na Jordan, antes de encerrar, de forma melancólica, sua carreira na Fórmula 1.

Acompanhem no vídeo acima a reportagem da emissora italiana RAI e relembrem esse momento.

Comentários

  • Que ronco espetacular deste v12! A F1 deveria voltar a usar estes motores v12 e também os v10 e v8. Acredito q reduzindo a cilindrada p 2.o eles teriam uma potência aceitavel. Nem de mais nem de menos.

  • Esta questão dos motores no F1 é um pé no saco…

    Pra mim, sempre é mais barato para cada Equipe quando elas tem liberdade de escolher o que querem. E não botar que só pode tal tipo de motor… Aí fica tudo igual, mesmo ronco, mesmo peso, mesmo CG, tudo igual…

    As equipes que tem grana com certeza vão comprar ou vão mandar fazer uma usina, dentro de certas limitações, tipo cilindrada máxima ou número máximo de cilindros…

    Libera de 4 a 16 cilindros, qualquer disposição, aspirado ou turbo, e simplesmente coloca ou deixa o limite de 5 motores por temporada e a quantidade de combustível que pode ser usada, estocada no BOX para o final de semana. É só cada Autódromo ter uma bomba de combustível ( como temos por aqui em Guaporé e Tarumã ) e cada Equipe que abasteça o seu com o máximo que a organização disponibilizar.

    Ou ainda, libera gasolina e álcool comercialamente utilizados em veículos de passeio e deu.

    Aí sim teríamos desenvolvimento dos fabricantes de motores e combustíveis, no mínimo.

    E aí sim teríamos Berros como os V12 zunindo retas por aí a fora e coisas horrendas como estes assopros dos atuais V6 turbo…

    FIM…

  • Cada um vê o cabe no seu orçamento e faz a opção para participar.

    Agora, da forma como está, só quem pode se adequar ao modelo financeiramente falando é que consegue alinhar no grid…

    E quem disse que tem que ter 22 só ? Tinha que ser como a NASCAR… 43 no máximo e se tiver 50 ou 60, quem treinar e chegar no tempo mínimo larga, os demais aguardam a próxima…

    Mas o TIO BERNIE tem o poder e a grana rola solta…

    Deixa assim… vão quebrar como qualquer Multinacional mal administrada… é só dar tempo ao tempo pra aparecerem os furos…

  • Curioso ver o Capelli lembrado aqui. Estava acostumado a o ver mais como comentarista das transmissões das corridas pela RAI que assistia com mais frequência aqui nas “Oropas”…. Deixei de ver, entretanto. Nem sei se lá continua.
    Cumprimentos

    • Sabe que eu cheguei a me iludir com a possibilidade dele fazer alguma coisa? Mas aquela equipe, em crise, é uma máquina de moer pessoas. E a Ferrari estava numa crise profunda. Coitado do Capelli. Bateram nele sem dó.