Direto do túnel do tempo (288)
RIO DE JANEIRO – Peraí! Nigel Mansell a bordo de uma Ferrari #28? Claro que não. É Stefan Johansson guiando a Ferrari F1/86 no circuito urbano de Detroit durante a disputa do GP dos Estados Unidos de 1986, com um capacete emprestado do rival.
Isso não era novidade no automobilismo: já em 1970, Jo Siffert tivera seu ‘casco’ roubado no México e Emerson Fittipaldi emprestou um que sobrava para o piloto helvético, então na March. Foi uma cena no mínimo engraçada, quando Siffert entrou na pista usando um capacete azul-escuro com faixas vermelhas, já que o dele era todo vermelho com a cruz branca da bandeira da Suíça. Todo mundo correu para o box da Lotus pra saber se o brasileiro tinha mudado de equipe.
Aqui, foi outro caso engraçado: Johansson estava com pressa ao sair do hotel e esqueceu o capacete. Pediu o reserva de Mansell emprestado e o sueco tratou de cobrir com fita vermelha o que podia no capacete do britânico, exceto a “Union Jack”, a bandeira da Grã-Bretanha. Só pôs um adesivo da Marlboro em que a bandeira vermelha da tradicional marca de cigarros carregava o nome do sueco.
Anos depois, David Coulthard fez o mesmo usando um capacete de Schumacher emprestado para ser 2º colocado no GP de Mônaco de 1996.
Há 29 anos, direto do túnel do tempo.
Outros tempos… Estive junto desse carro aqui no saudoso Autódromo de Jacarepaguá, nos treinos para o GP de 86. Uma das Ferraris de F1 mais bonitas que já vi. Mas não andava nada!
Era uma bosta de carro.