Habemus campeão na MXGP

Um campeão inédito para a MXGP: após seis anos de dominação de Antonio Cairoli, Romain Fevbre é o novo número #1 do Motocross mundial

RIO DE JANEIRO – Nunca foi tão fácil para Romain Fevbre inscrever seu nome no panteão dos campeões do Mundial de Motocross. O piloto francês de 23 anos conquistou o primeiro título da carreira e também tornou-se responsável pela quebra de um jejum que durava seis anos. Desde 2010, só dava KTM. E desde 2009, o campeão era o mesmo: o italiano Antonio Cairoli que, lesionado, não teve como alcançar um histórico heptacampeonato. Dificilmente o “Expresso 222” será visto nas etapas finais e o multicampeão só volta no próximo ano.

Fevbre fez o suficiente no GP da Holanda, disputado no último domingo em Assen, cidade da Catedral Mundial da Motovelocidade, para conquistar a taça. Chegou em 5º lugar na primeira prova e venceu a segunda. Com isso, abriu 102 pontos para o compatriota Gautier Paulin, da Honda. São 100 pontos em jogo nas últimas quatro baterias no México e nos EUA. Logo… fatura liquidada.

Para nenhuma surpresa, dos grandes nomes da MXGP, somente os quatro primeiros do ano seguiram firmes sem lesões durante todo o campeonato. Além de Fevbre e Paulin, o russo Evgeny Bobryshev e o britânico Shaun Simpson cumprem ótimas temporadas. Cairoli de certa forma decepcionou, pois jamais dominou a temporada – sequer a liderou, se não me engano. Max Nagl mostrou força com a Husqvarna, mas sofreu uma grave lesão e perdeu qualquer chance. O belga Clement Desalle também foi outro que ficou pelo caminho. E Ryan Villopoto, de quem se esperava muito após anos de sucesso no Supercross e no Motocross dos EUA, resolveu se aposentar após um sério acidente na etapa da Itália.

Na MX2, o grande favorito Jeffrey Herlings também ficou pelo caminho em decorrência de uma contusão. Após dois títulos consecutivos e um doído vice para Jordi Tixier ano passado, o holandês da KTM vê mais um título escorrer pelos dedos, tendo ganho 14 baterias no ano até o GP da Suécia. O esloveno Tim Gajser, da Honda, deu um passo enorme na batalha campal contra o lituano Pauls Jonass, da KTM: venceu o GP da Holanda com um 1º e um 2º lugares nas duas baterias, enquanto Jonass fez um segundo e um 13º posto, o que pode lhe custar muito caro nessa reta final. A diferença entre ambos é de apenas 13 pontos e ainda tem gente com chances matemáticas – até o próprio Herlings, com 423 pontos e em sexto lugar na tabela, teria possibilidades se não estivesse machucado.

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