David Hunt, 55

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RIO DE JANEIRO – Ricardo Divila avisou via e-mail: morreu no último domingo, aos 55 anos de idade, o ex-piloto David Hunt – irmão caçula do campeão mundial de F1 em 1976, James Hunt. De carreira pouco brilhante dentro do cockpit, ele correu de FF1600, F3 e F3000 sem qualquer sucesso. Nesta última, notabilizou-se por uma porrada monumental numa prova de rua disputada em Birmingham, na Inglaterra.

Após abandonar o cockpit, seguiu a vocação do primogênito entre os irmãos Hunt, Peter – e tornou-se empresário. Em fins de 1994, vendeu uma empresa de fabricação de filtros d’água para tentar salvar a Lotus, lendária equipe da F1, da bancarrota – em vão. O máximo que conseguiu foi fazer uma parceria com a fraquíssima Pacific e colocar no bico dos carros do time de Keith Wiggins em 1995 um adesivo da equipe então extinta.

Só muito tempo depois – uma década e meia, mais precisamente – Hunt conseguiu negociar os direitos do nome Lotus com um grupo malaio liderado pelo dono da AirAsia, Tony Fernandes. Primeiro, tentara fazer negócio com a Litespeed, equipe de F3 que entrou na concorrência aberta pela FIA, então presidida por Max Mosley, para fazer parte da F1 e acabou recusada. Como o governo da Malásia tinha entrado na mesma concorrência e teve um time escolhido, para suceder a BMW Sauber – que em 2009 chegou a anunciar sua extinção – o acordo foi feito e a equipe passou a se chamar Lotus F1 Racing.

Com esse nome, a equipe disputou duas temporadas com os pilotos Jarno Trulli e Heikki Kövalainen, antes da Lotus Cars comprar de David Hunt a licença do nome, obrigando o time a trocar de Lotus para Caterham. A Lotus, aliás, deve outra vez deixar a F1, pois estão em curso negociações para a compa da equipe sediada em Enstone pela Renault – que era, por incrível que pareça, a antiga dona desta Lotus que hoje corre com Romain Grosjean e Pastor Maldonado.

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