500 Milhas de Londrina: acidente forte e muita chuva no início da corrida

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A disputa da 24ª edição das 500 Milhas de Londrina acontece praticamente sob chuva desde o início (Foto: Vanderley Soares/Divulgação)

LONDRINA – Muita chuva no início da disputa da 24ª edição das 500 Milhas de Londrina. A prova tradicional disputada no Autódromo Internacional Ayrton Senna vem sendo prejudicada pelas más condições do tempo e por recorrentes entradas do Safety Car. E não só isso aconteceu durante as duas primeiras horas da disputa. Um forte acidente assustou todo mundo presente ao evento.

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No clique do Vanderley Soares, o querido Zoião, o flagrante do forte acidente na reta dos boxes

O protótipo Minipa #77, com Carlos Ortolani ao volante, bateu em plena reta dos boxes, colidindo também com o Puma #107 montado com motor Audi. A pancada praticamente deu “PT” no carro. A carenagem se desmilinguiu em pedacinhos e a estrutura, comprometida pela retirada de dois tubos nas laterais do bólido, não absorveu todo o impacto. O resultado foi sério: fratura do fêmur da perna esquerda de Ortolani e o carro foi obrigado a abandonar após completar 30 voltas.

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Ortolani foi retirado do que restou do protótipo Minipa, totalmente destruído pelo impacto, com fratura no fêmur da perna esquerda (Foto: Vanderley Soares/Divulgação)

Com a chuva e a longa permanência do carro de segurança, acompanhado de ambulância para o atendimento médico ao piloto e também da entrada de um carro do Corpo de Bombeiros, já dá para dizer, com plena certeza, que a prova não se completa por número de voltas – seriam 263 para percorrer 500 milhas ou 800 km – e sim pelo máximo de 7 horas estipulado pela organização.

Apesar do susto, a prova prossegue e quando se cumpriu a 2ª hora de disputa, a liderança estava com o protótipo Predador de motor Audi, guiado por Jair Bana – e que terá Maicom Tumiate como substituto de Duda Bana, cuja participação foi suspensa em virtude de uma fratura. O protótipo MC Tubarão IX de Tiel Andrade e Paulo Souza também chegou a ocupar a primeira posição. O MRX Duratec de Nilson e José Roberto Ribeiro, pole position, chegou a levar uma penalização drive through, mas estava em segundo no fechamento de duas horas de prova.

Classificação parcial das 500 Milhas de Londrina:

1º #35 Jair Bana/Maicom Tumiate
Protótipo Predador Audi
63 voltas

2º #65 Nilson Cintra Ribeiro/José Roberto Ribeiro
Protótipo MRX Duratec
a 10″234

3º #80 Alexandre Finardi/Jansen Bueno/Nelson Silva Jr.
Protótipo MRX Nissan V6
a 14″672

4º #5 Tiel Andrade/Paulo Souza
Protótipo MC Tubarão IX Duratec
a 1 volta

5º #151 Sérgio Pistilli/Alberto Pezzetti/Walter Pinheiro
Protótipo Spyder VW 2.0
a 1 volta

6º #107 João Weiller/José Ademir de Carvalho
Puma Audi
a 3 voltas

7º #37 Eduardo Mehry Neto/Paulo Varassin/Lorenzo Varassin/Caco Almeida/Sergio Botto
Protótipo MRX Audi Turbo 20V
a 4 voltas

8º #26 Beto Borghesi/Luciano Borghesi
Protótipo Spyder VW
a 4 voltas

9º #19 Jorge Machado/Rui Machado Filho/Maninho Cardoso
BMW M5
a 4 voltas

10º #51 Pedro Pimenta/Thiago Klein/Odair “Paraguay” dos Santos
Protótipo Spyder VW
a 4 voltas

Comentários

  • Como é que o cara tira os tubos laterais da estrutura do carro e ninguém da vistoria técnica fica sabendo…

    Vai ver que é pra ficar mais leve 1,2 kg e aí virar tempo… ou dar mais espaço para o piloto…

    Ta aí o resultado…

    Porra Tchê… Santo Antônio e chassís tubular não podem ser alterados assim, nos boxes e vamos ver o que dá…

    Tá loco…

  • Isso só reflete a bagunça e falta de comprometimento de quem comanda o automobilismo. CBA e cada Federação…

    Já cansei de falar que a vistoria técnica dos carros deveria ser feita no momento da inscrição na etapa. Se não estiver apto, nem vai participar. Ou se enquadra nas regras ou nem vem.

    Ou seja, como nunca existiu comprometimento com o esporte e sim só em receber a grana dos palhaços que fazem o espetáculo, é preciso que se faça um pente fino em cada oficina, cada garagem, em cada carro, com fotos e video, e se crie um dociê ou que seja, documentação técnica de cada carro.

    Faz uma vistoria de santo antônio em todos os carros antes da largada pra ver o que acontece… só uns 6 alinham no grid… o olha lá ainda…

    O anexo J França do site da FIA quando foi copiado pra Português, esqueceram de colocar 2 páginas, onde informa o tipo e as medidas dos tubos para santo antônio. Pelo menos em 2008 quando fiz meu carro.

    E aí… quem sabe o que estava na regra pra vistoriar e tal…

    Eu fui atraz e fiz simulações de deformação pois tenho recurso. Mas a falta de documentação e acompanhamento de quem gerencia a coisa é algo único.

    Falta COMPROMETIMENTO ESPORTIVO e sobra EMBOLSSAMENTO DE DINHEIRO e DEIXA ASSIM QUE ELES QUEREM É ACELERAR MESMO…

    Tá loco…

  • Aqui uma pergunta da qual já sei a resposta: algum protótipo brasileiro já foi alguma vez obrigado a participar de crash test?

    Visto que a CBA é afiliada à FIA, creio eu que essa seria uma de suas atribuições, visando à segurança dos pilotos. Mas espera: a CBA só serve para cobrar os valores das carteiras de piloto, né? Tinha esquecido.

    Abraços!

    • Você já respondeu à sua própria pergunta, Mateus. É isso aí mesmo. E a segurança fica em último lugar. A CBA, não atrapalhando, já ajuda.

  • Ná epoca que Eu pesquisei regulamento e processo para construção de um protótipo estava escrito que amostras do material utilizado deveriam ser enviadas para os responsáveis para serem analisadas e autorizado o uso.

    Porém, se alguém achar o Anexo J facilmente no site da CBA e o CDA ( Código Desportivo de Automobilismo ) já será um herói…

    Só tem STJD Processos e já era…

    Regulamentos FIA que são comuns a todas as competições filiadas a FIA, seja CBA seja Federação Iraquiana de Automobilismo, deveriam estar a mão, em primeira página.

    E mais, deveria existir uma pessoa em cada federação, com formação superior e curriculo internacional em Engenharia e tecnologia voltada a competição.

    Aí sim começaria a melhorar a coisa.

    Ao meu ver…