Não está morto quem peleia: e a Mottin Racing é bicampeã das 12h de Tarumã

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Com Vitor Genz a bordo, a Mottin Racing comemora o bicampeonato nas 12h de Tarumã após uma recuperação histórica ao longo da disputa (Foto: Bernardo Bercht/Correio do Povo/Blog Pitlane)

RIO DE JANEIRO – Um ditado que aprendi numa longa convivência com gaúchos no automobilismo e no jornalismo é o seguinte: “não está morto quem peleia”. Pois a Mottin Racing mostrou que o dito popular dos Pampas está mais vivo do que nunca. Após um problema elétrico que poderia ter levado o protótipo campeão das 12h de Tarumã no ano passado a ver navios, a tripulação do MCR #46 composta por Carlos Kray/Vitor Genz/Christian Castro/Pedro Castro recuperou de forma sensacional uma desvantagem de 23 voltas para chegar ao bicampeonato de uma das provas mais clássicas do Endurance nacional.

Superado a 8 minutos do final, o protótipo MRX Nissan V6 #27 de Cacó Pereira/Rodrigo Machado, que correram sem o auxílio de mais ninguém ao longo da extenuante maratona, acabou derrotado por apenas dezesseis segundos – diferença ínfima para uma prova que contabilizou 559 voltas completadas pelos dois primeiros colocados, o que só valoriza o feito dos vencedores e também a performance da dupla que teve a vitória em mãos, mas que perdeu o triunfo com a queda de rendimento do carro nas voltas finais.

O protótipo Tornado com motor Suzuki Hayabusa de motocicleta mostrou a eficiência de sempre. Cali Crestani e Guaracy Costa levaram o 3º lugar na geral e ganharam na classe P2, somando ao total 543 voltas completadas ao longo da disputa. Os sul-matogrossenses Nilson e José Cintra Ribeiro completaram em quarto e fecharam o pódio na GP1.

Com o principal MC Tubarão fora de combate devido a uma quebra de câmbio por volta da 7ª hora, o carro #32 conduzido por Mauro Kern/Paulo Souza/Elias Azevedo/Franco Pasquale teve ótima performance e chegou em quinto na geral – segundo na P2. O triunfo da classe P3 foi do Spyder de Leandro Totti/Mario Marcondes/C. Ramos, que completaram em sexto.

Em meio a um bom número de protótipos rápidos – mas que tiveram problemas ou se acidentaram, caso do MR18 #110 conduzido por Francesco Ventre/José Eduardo Dieter, que fez a volta mais rápida em 1’01″614 e bateu na saída da Curva 1 já perto do fim da disputa – e outros carros como o Lamborghini Gallardo e a BMW da equipe MacJor, dois carros de Turismo terminaram entre os dez primeiros, com valentia. O Volvo C30 sempre bem preparado pelo pessoal da MC Tubarão andou bem o tempo inteiro e completou a disputa na nona colocação, levando a melhor na classe TS com Rodrigo Bacher/Júlio Martini/Rodrigo Lemke/Cícero Paiva/Kauê Souza. Na T2, deu o Gol #22 de Alex Fabiano/Ike Halmenschlager, que completaram o top 10 geral. O Ford Fiesta de Erico Postal/Edi Postal/Giancarlo Scomazzon foi o melhor entre os competidores da T1, com a décima-quarta colocação.

A 35ª edição das 12h de Tarumã chegou ao fim. Que venha a próxima e, quem sabe – um dia – a gente não estará lá assistindo tudo isso de pertinho?

Comentários

  • Fiquei muito impressionado com o tempo de volta do MR18, pois 8 segundos mais rápido que um Stock Car é tempo de LM P2!!! Digo isso pois comparando os tempos dos P2 em Interlagos com os da Stock, a diferença era por aí.
    Ainda bem que você divulga todas as corridas, parabéns!

  • Pena que vc não estava lá, se estivesse o titulo não seria quem esta morto não peleia, seria vergonha, quem estava nos boxes viu a palhaçada que foi feito contra o carro do n° 27, usaram de má fé para buscar a vitória, vergonha para o nosso morto automobilismo. O verdadeiro vencedor foi o 27. Isto me lembra que o brasil esta podre em tudo, infelizmente, uma pena uma corrida linda, com vários lideres diferentes acabar como acabou. UMA VERGONHA ESTA VITÓRIA.

    • Exato amigo Eduardo, mas a verdade virá a tona em breve!
      Os pilotos do carro #46 não precisavam disso. São pilotos com enorme reconhecimento de nível nacional, porém, pra quem não sabe, o carro #27 foi chamado ao box 2x sob alegação das luzes de freio não estarem funcionando, porém, estavam. A equipe do #27 aplaudiu ironicamente a direção de prova e tomou mais 20seg de punição por desacato.
      Pra finalizar a palhaçada, faltando 10min para o fim, uma bandeira amarela sem motivo (leia-se proposital), fez com que o #46 entrasse na volta do líder.
      VERGONHA!!! Vergonha para equipe, Vergonha para o esporte e Vergonha para um evento do tamanho das 12 horas.

      FGA, vocês são uma vergonha.