Três categorias no ELMS em 2016

ND5_7647
O ELMS terá uma classe a menos em 2016, mas a competição não deverá perder em qualidade e muito menos em quantidade de inscritos

RIO DE JANEIRO – A próxima temporada do European Le Mans Series (ELMS) já tem regulamento definido. O certame, com seis provas de quatro horas de duração, será disputado por três categorias e não quatro, como neste ano. A classe GTC vai se tornar a Michelin GT3 Le Mans Cup, um evento suporte das corridas da categoria, assim como a Fórmula Renault e a World Series.

Para 2016, as classes serão a LMP2, a LMP3 e a LMGTE – que ao contrário do WEC, aqui não tem distinção entre GTE-PRO e GTE-AM, podendo ter modelos atuais e carros com um ou mais anos de uso, desde que esses carros tenham pelo menos um piloto de graduação prata e outro de graduação bronze.

Ante-sala da LMP1, a LMP2 continua – pelo menos até o próximo ano – sendo multimarca de chassis e motores. Nesta classe, inscrições “race by race” obrigarão os times a usar um único motor para treinos e corridas. Equipes e carros confirmados para todo ano no ELMS usarão dois motores e os times que se desdobrarem entre ELMS e as 24h de Le Mans, três.

As formações de pilotos nesta divisão de protótipos continuam as mesmas: 2 a 3 pilotos, sendo que um deles obrigatoriamente tem que ter graduação prata ou bronze.

Após o primeiro ano no certame, a divisão LMP3 atrai agora um enorme interesse e várias equipes estão entrando na competição, como a do piloto do WTCC Yvan Muller – afora outras que o blog mostrará em breve. O regulamento segue o mesmo: motor Nissan V8 de 420 HP, único para todos os times, centralina Magneti Marelli, caixa sequencial X-Trac, pneus Michelin e cinco construtores de chassis autorizados a fornecer equipamento aos interessados – Ginetta-Juno, Ligier (OAK Automotive), Riley/Ave, ADESS e Dome, a última a entrar na lista.

As formações de pilotos são limitadas na LMP3. Nenhum piloto com graduação platina pode tomar parte desta divisão. São autorizadas, em equipes com trincas, as seguintes formações: um piloto com graduação ouro e mais dois com graduação bronze; dois com graduação prata e um com graduação bronze; três pilotos bronze ou dois pilotos bronze e um prata.

Nas equipes com dois pilotos inscritos, estão autorizados somente um piloto bronze ao lado de outro piloto prata ou dois graduados bronze. O tempo mínimo de condução dos bronze na LMP3 será de duas horas e o máximo para os graduados ouro é de uma hora.

Na LMGTE, o regulamento é o mesmo dos últimos anos: são autorizados construtores que tenham um mínimo de 100 carros produzidos (no caso de veículo derivado de modelo de rua), 25 (no caso de pequenos construtores) e 300 (no caso do chassis ser construído exclusivamente em carbono). Os pneus são exclusivamente da Dunlop.

Ao fim da temporada, equipes e pilotos das classes LMP2, LMP3 e LMGTE farão jus aos troféus de campeões do European Le Mans Series. Quatro equipes ganharão indicações automáticas para as 24h de Le Mans de 2017: a campeã da LMP2; campeã e vice da LMGTE e campeã da LMP3 – desde que a categoria tenha, no mínimo, três carros inscritos (certamente terá muito mais do que isso em 2016) e que as equipes tenham disputado todas as provas no próximo ano. A campeã da LMP3 receberá convite para correr na classe LMP2.

O ELMS 2016 terá início com a avant-premiére do Journée Test de Paul Ricard, nos dias 22 e 23 de março. O certame terá corridas em Silverstone, Imola, Red Bull Ring, Paul Ricard, Spa-Francorchamps e, por último, Estoril.

Comentários