Direto do túnel do tempo (304)

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RIO DE JANEIRO – A bordo deste Ralt Honda Mugen com patrocínio da marca japonesa de aparelhos eletrônicos Akai, está uma das grandes promessas do automobilismo que teve sua trajetória interrompida de forma trágica. Falo do holandês Marcel Albers, que ao contrário do que muitos imaginam, não tem nenhum parentesco com o compatriota Christijan Albers – este sim chegou à F1, mas sem qualquer sucesso.

A carreira de Albers foi ceifada num curto espaço de tempo, em que o piloto surgiu feito um meteoro. Campeão da Fórmula Ford de seu país em 1989, foi 6º colocado na extinta Fórmula Opel Euroseries em 1990 e 5º da Fórmula 3 inglesa em 1991. O detalhe é que em ambas as competições, o campeão foi o brasileiro Rubens Barrichello.

Em 1992, Albers assinou com a Alan Docking Racing para rivalizar com o favorito Gil de Ferran, que defendera a Edenbridge e estava naquele ano no time de Jackie e Paul Stewart. O holandês venceu a primeira prova da temporada em Donington Park e abandonou em Silverstone, na prova ganha por De Ferran. Veio a 3ª etapa no veloz circuito de Thruxton e, ao perder os freios de seu Ralt RT36 na chicane Club ele bateu – ironicamente – na traseira do carro do companheiro de equipe, o anglo-equatoriano Elton Julian, quando era o 7º colocado.

Albers teve o carro destruído e bateu com violência na cerca de proteção, e ficou preso dentro de seu carro por uma hora. Gravemente lesionado, ele morreu a caminho do centro médico. Tinha apenas 24 anos de idade.

Há 24 anos, direto do túnel do tempo.

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