A Elliott o que é de Elliott

original

RIO DE JANEIRO – O sobrenome Elliott faz mais uma vez parte da história das 500 Milhas de Daytona. Em 1987, Bill Elliott registrou aquela que é a volta mais rápida do circuito para a Nascar – 210.364 mph, equivalentes a 338,548 km – na última ocasião em que os Stock Cars estadunidenses correram naquela pista sem as placas restritoras introduzidas para os motores “respirarem” menos ar nos carburadores e, consequentemente, ficarem mais lentos e (por que não dizer?) mais seguros.

E praticamente 30 anos depois do feito do pai, Chase Elliott – o piloto escolhido por Rick Hendrick para suceder ninguém menos que Jeff Gordon a bordo do mítico #24 – entra para os anais do circuito como o mais jovem pole position da história da prova. Com 20 anos, dois meses e 17 dias, o herdeiro de “Awesome” Bill quebra o recorde que pertencia desde o ano retrasado a Austin Dillon, mais rápido da qualificação aos 23 anos, nove meses e 27 dias.

Elliott chegou ao melhor tempo da qualificação com a média de 196.314 mph (315,937 km/h), garantindo para si uma vaga no grid de 40 carros, assim como Matt Kenseth, que forma a primeira fila. As 38 vagas restantes serão “definidas” pelos Duels nesta quinta-feira e, quando digo “definidas” é porque a Nascar criou o sistema de Charter que garante acesso automático a 36 equipes. Entre essas equipes já estão as de Elliott e Kenseth e assim mais 34 pilotos já têm acesso direto à Daytona 500 no próximo domingo.

Ou melhor: são 38 pilotos garantidos, pois pelo resultado do treino classificatório, dois avançam: Ryan Blaney, sétimo mais rápido, está dentro da Daytona 500 assim como Matt DiBenedetto, que fez o 26º tempo. Caso estes dois consigam um bom resultado nos Duels, Michael McDowell e Robert Richardson Jr. podem avançar pelos tempos na classificação. Para Josh Wise, Reed Sorenson, David Gilliland e Cole Whitt, a passagem para a Daytona 500 só acontecerá pelo resultado dos Duels. Do contrário… adeus corrida.

Comentários

  • Em se tratando de um campeão da Xfinity Series, fico um pouco cético, vide os recentes que não vingaram, principalmente Stenhouse Jr e Dillon…de qualquer forma, já é um baita resultado e um excelente começo para o garoto…e parece que o carro #24 vai continuar figurando no pelotão da frente na Sprint Cup

  • Acho que será o ano dele, vai quebrar outros recordes do tipo…Mas falando desta classificação, não entendi direito, quantos pilotos estão na disputa pelas vagas da Daytona 500?

    Pois se já tá decidido e garantido vagas para as equipes conforme o Charter, sobrou apenas duas vagas para decidir, de fato??

  • Durante muitas noites deste ‘senegalesco’ 2016, aproveitei para reler um livro que estava em uma das caixas que veio na mudança em Março do ano passado mas, somente em dezembro, desempacotei. Refiro-me à obra ‘Bill Elliott — Fastest man alive’. Publicaçao de 1988, em comemoração ao título por ele obtido naquele ano e, claro, com capítulo especial sobre o recorde de volta por ele estabelecido ao volante do carismático Ford #9.
    O livro, claro, uma biografia da carreira do citado Bill. Em um dos capítulos, o autor ressalta que a família Elliott sempre foi admiradora de carros Ford – e com direito à uma passagem interessante: ainda na adolescência, Bill e seu irmão Ernie ao retornarem de uma corrida da NASCAR, foram surpreendidos por problemas mecânicos no Galaxie. Posto a paixão pela Ford, se recusaram a contratar empresa de caminhões guincho da marca Chevrolet (em outras palavras: esperaram mais de cinco horas na estrada para que um caminhão guincho da marca Ford viesse em socorro deles; para a família, seria uma humilhação verem o Ford ser puxado por um ‘truck’ de qualquer outra montadora… principalmente se for da ‘gravatinha’).
    Ok, concedo que o livro é de 1988 e que, como o Rodrigo e os demais sabem, Bill venceu titulo de pilotos defendendo a marca oval. Por esse motivo, me pergunto se ele sofreu ‘lavagem cerebral’ para que, so final de 2000 1999 ele aceitasse convite da Dodge para integrar o time do Ray Evernham.
    Sim, eu penso que… só pode ser ‘lavagem cerebral’. Vamos pensar juntos? Um cara que sempre gostou da Ford, e que entre seu primeiro ano na categoria (1976) e o ultimo (2000), ao volante de carros da citada fábrica, obteve a fortuna de US$ 24,131.309 (MAIS de 24 milhões de dólares!) não precisaria sequer trabalhar! E certamente – posto seu currículo vitorioso até 2000 (campeão 1988; bicampeão Daytona 500) –, Bill dificilmente ficaria sem um Ford para pilotar!
    Dito isso, passamos ao filho – nascido no período em que seu pai pilotava um T-Bir. Pois Chase, ao obter sua primeira licença, ganhou de presente de seu pai nada menos que um flamante Ford Mustang. Era de se esperar ele gostar da Ford. Por isso, fico imaginando o que levou este jovem a aceitar convite de um time Chevrolet…
    (Juro: um dia hei de entender porque diversos pilotos com ligação vitoriosa — e devidamente remunerados — com a empresa fundada pelo ‘velho’ Henry em 1903, buscam ‘emoçóes’ ao volante de carros produzidos por outra montadora…)

    • Simplesmente pq querem um carro para vencer corridas. Se a wood brother chama o chase para pilotar, seria lindo né? Mas oq o jovem piloto vai preferir? um carro que não vence, ou pilotar para a hendrick? A um tempo atras, na argentina, Matias Rossi, piloto da chevrolet, disse que pilotaria para qualquer marca que lhe desse condições de ser campeão. Isso fez com que ate hoje seja muito odiado pelos fanáticos da chevrolet, mas é uma realidade que os fãs se recusam a aceitar

      • Prezado Matheus, tudo bem?
        Esportivamente falando, você está certo (‘todos pilotos querem carro para vencer corridas’). Porém, sou uma pessoa simples e vejo a vida de maneira simples: posto que nada levaremos ao final de nossa ‘caminhada’ terrena, admiro muito aqueles que nasceram em berço de ouro e tiveram a FELICIDADE de poder praticar este MARAVILHOSO esporte conhecido como Automobilismo. Por esse motivo, pela minha ótica, eu penso que se uma pessoa tem ‘$$$’ suficientes para poder participar do esporte, isto JÁ é uma conquista. O nome dela ficará para sempre na história. Quisera eu poder ganhar a ‘Mega’ e disponibilizar boa parte da verba para ‘comprar’ o cockpit do Ford #21 – eu teria 0% de chances de vitória mas, caramba… eu seria piloto de uma tradicional equipe e estaria 100% feliz por fazer história em termos de integrar a galeria de pilotos do carro #21. Alias, um dos motivos pelo qual eu admiro o time Wood Brothers é justamente pela lealdade deles perante à Ford (imagino que você sabe que a equipe com sede em Virginia, desde sua fundação, sempre usou equipamentos da marca oval). Lealdade esta devidamente reconhecida pela diretoria da montadora, fazendo com que neste 2016 a equipe volte a participar de todas as etapas do campeonato.

  • Caro Rodrigo Mattar,

    Por favor, você pode explicar melhor todo o critério da qualificação para as corridas da Nascar e o que são esses “Duels”?
    Agora não são os pilotos mais rápidos no treino classificatório que garantem um lugar na corrida?

    um forte abraço.