WRC: plantel reduzido no Rali do México

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Vencedor do Rali do México ano passado, Sebastién Ogier busca a terceira vitória seguida e 100% de aproveitamento em 2016

RIO DE JANEIRO – O Mundial de Rali (WRC) chega à América Latina após duas etapas com frio e gelo (Monte-Carlo) e falta de neve (Suécia), ambas ganhas com pontuação máxima pelo francês Sebastién Ogier, atual tricampeão da categoria com seu Volkswagen Polo. Se na Europa as listas de entradas costumam ser generosas, o mesmo não se verifica no 13º Rali do México, terceira etapa da temporada, marcada para acontecer entre os dias 3 e 6 de março, com Guanajuato como cidade-sede.

Apenas 30 duplas serão vistas na competição. Serão 22 inscritos para o Mundial, sendo 12 duplas na classe principal e as dez restantes no WRC2. Na turma de cima, a Volkswagen é logicamente a grande favorita à vitória com seus três Polo R. A Hyundai reveza de novo os seus pilotos, dando a Dani Sordo desta vez a chance de correr no #4 e Hayden Paddon ainda não está definido entre o i20 #10 ou o #20. Na M-Sport, o trabalho de Nicolas Klinger como navegador de Eric Camilli foi, pelo visto, reprovado: o francês Benjamin Veillas recebe sua primeira chance para trabalhar no carro #6 e buscar os primeiros pontos da temporada, após dois acidentes.

Outras novidades são a participação de Martin Prokop/Jan Tomanek, que não disputaram as duas primeiras provas do campeonato, além de uma dupla local formada pelo ídolo Benito Guerra e pelo navegador Borja Rozada. Completam a lista de inscritos da classe principal o Ford de Lorenzo Bertelli/Simone Scattolin e o Mini de Valeriy Gorban/Volodmyr Korsia.

Líder no WRC2 com duas vitórias, o galês Elfyn Evans salta o Rali do México e estará ausente da competição. Entre os inscritos, nota-se a presença do atual bicampeão mundial Nasser Al-Attiyah, que vai disputar o Rali do México com um Skoda Fabia. O catari vai disputar menos provas neste ano, pois seu objetivo maior para o ano de 2016 é a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Isso mesmo: Al-Attiyah estará no Rio de Janeiro para disputar a competição de tiro. Ele foi bronze em Londres, há quatro anos.

Dentre os demais participantes, estão Armin Kremer/Pirmin Winkhofer, com outro Skoda; Abdulaziz Al-Kuwari/Marshall Clarke e Khalid Mohammad Al-Suwari/Giovanni Bernacchini, representando uma equipe do Catar; Max Rendina/Emanuele Inglesi, num Ford Fiesta; Radik Shaymiev/Maxim Tsvelkov, dupla da Rússia; Teemu Suninen/Mikko Markkula, da Finlândia; os poloneses Hubert Ptasek/Maciej Szczcepaniak; os locais Ricardo Triviño/Marco Hernández e uma dupla de sul-americanos formada pelo peruano Nicolás Fuchs e pelo argentino Fernando Mussano na navegação.

O principal desafio para os pilotos, além dos efeitos da altitude no rendimento dos motores, que perdem potência com o ar rarefeito, serão as especiais de El Chocolate, com 54,21 km e a longuíssima etapa de Guanajuato, cujo percurso será de incríveis 80 km. Não me lembro de ter visto uma etapa tão longa na história de qualquer prova no Mundial de Rali. Esta etapa antecede o Power Stage de Agua Zarca. O percurso contempla 21 estágios e um total de quase 400 km de provas cronometradas, com pouco mais de 1.077 km a percorrer entre especiais e trechos de ligação.

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