Especial – 84 nomes das 24h de Le Mans – parte II

RIO DE JANEIRO – Desde já, começo o segundo post da série especial dos 84 nomes das 24h de Le Mans com um pedido de desculpas aos leitores do blog. É que, movido talvez pelo cansaço ou por não ser do ramo da matemática, errei a conta na semana passada e ao invés de pôr 12 personagens da história de Sarthe, coloquei um a menos. Então, para equilibrar a conta, a postagem dessa semana vai ter 13 nomes – sem nenhuma ironia nisto.

Vamos lá… espero que gostem!

ODETTE SIKO

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Um pouquinho de vaidade não faz mal a ninguém… e Odette Siko tem que se vangloriar do que fez nas 24h de Le Mans

Mademoiselle Odette Siko não podia ficar de fora: afinal de contas, ela foi uma das primeiras mulheres a enfrentar o desafio da mais tradicional prova de Endurance do planeta. Isso foi em 1930, junto a outra pioneira do sexo outrora frágil. Com Margueritte Mareuse, Odette fez história e a dupla alinhou num Bugatti T40 para terminar num respeitável 7º lugar na geral.

Após abandonar a prova do ano seguinte, Mme. Odette arrebentou em 1932, tendo Louis Charavel como parceiro de pilotagem. Ela tornou-se a única mulher na história das 24h de Le Mans a terminar num top 5 da classificação geral como piloto. Completou a disputa em 4º lugar a bordo de um Alfa Romeo 6C. E mesmo não completando a prova de 1933, ela deixou seu nome definitivamente na história do evento.

PAUL NEWMAN

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Com Rolf Stommelen e Dick Barbour, Paul Newman celebra o histórico 2º lugar nas 24h de Le Mans em 1979

Outro grande nome da sétima arte apaixonado por automobilismo, a ponto de ter equipe na Fórmula Indy (quem há de esquecer a Newman-Haas?), o grande Paul Newman (1925-2008) merece estar aqui no rol dos grandes nomes de todos os tempos em Le Mans, porque – ao contrário de Steve McQueen – esteve a bordo em Sarthe, num Porsche 935/77A. Melhor ainda: quase venceu!

O carismático ator estadunidense estava inscrito na prova de 1979 junto a duas feras: o patrão e piloto Dick Barbour e o alemão Rolf Stommelen, exímio em provas de longa duração. Foi uma das edições mais atribuladas da história, pois choveu quase o tempo todo. A trinca veio da 16ª posição para o pódio, chegando em segundo – só que a sete voltas do carro #41 de Klaus Ludwig e dos estadunidenses Don e Bill Whittington.

Foi a única vez que vimos Paul Newman em Le Mans… e ficou para a história.

BOB WOLLEK

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“Brilliant” Bob Wollek: 31 participações em Sarthe, seis pódios, três poles, nenhuma vitória. A sina do piloto nascido na Alsácia foi de nunca triunfar em Le Mans…

Este grande campeão mundial de esqui alpino nos anos 1960 se encontrou no automobilismo e até sua estúpida morte em 2001, ele nunca deixou de figurar no panteão dos grandes nomes de todos os tempos das 24h de Le Mans. Com 31 participações entre 1968 e 2000, “Brilliant” Bob Wollek só não conseguiu chegar ao topo do pódio na classificação geral – sendo até hoje o piloto com o maior número de corridas em Sarthe a jamais ter ganho.

Logo na estreia, foi o segundo na sua categoria com um Alpine A210 dividido com Christian Ethuin. O primeiro pódio geral veio em 1978, já como piloto da prestigiosa equipe Martini International Racing Team – vice-campeão dividindo um Porsche 936/78 com Jacky Icx e Jürgen Barth. Ele repetiria o resultado mais três vezes, nos anos de 1995, 1996 e finalmente 1998. Foi ainda 3º colocado em 1989 e 1991. Ou seja: alcançou seis pódios, o que não é pouco e dá uma dimensão do seu talento. Afora isto, largou da pole position na prova em três oportunidades – 1979, 1984 e 1987.

Pena que em sua última aparição em Sarthe, com um Porsche 996 GT3-RSR da equipe de Dick Barbour, tenha sido desclassificado do resultado final por uma irregularidade no carro. Wollek sempre mereceu ter muito mais sorte do que tinha.

THOMAS ERDOS

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Um dos mais batalhadores pilotos brasileiros na Europa, Thomas Erdos conseguiu duas vitórias seguidas na subclasse LMP2 em Le Mans, o que não é pouco

Ele é (e continua sendo, provavelmente) um dos mais desconhecidos nomes do automobilismo brasileiro. Talvez por nunca ter corrido aqui, o que explica o estranhamento. Nascido no Rio de Janeiro em 1965 e filho de húngaros, Thomas Erdos nunca guiou num circuito aqui no país. Iniciou a carreira na Inglaterra no final da década de 1980 e por lá construiu sua vida. Talvez muitos não saibam, mas ele é o nosso representante que mais vezes figurou na lista de inscritos das 24h de Le Mans – 13 vezes.

A primeira tentativa foi em 1995, num Marcos Mantara LM600. Andou também de Lister Storm até terminar sua primeira prova em Sarthe – foi 22º colocado em 1999, nono na classe LMGTS, com um Chrysler Viper GTS-R. Repetiu o resultado a bordo de um Saleen e em 2004 fez sua primeira aparição a bordo de um protótipo LMP2 – um MG Lola EX257, com motor 4 cilindros turbo. Na época, a divisão era uma quebradeira só e Erdos desistiu. Mas ele faria história nos dois anos seguintes: mesmo chegando em 20º lugar na geral em 2005, teve o prazer de ser o primeiro brasileiro como vencedor da prova, na sua subcategoria. Um feito que repetiria em 2006, quando chegou em 8º na geral. Bicampeão das 24h de Le Mans na classe LMP2!

Até 2011, Erdos disputaria a corrida mais outras cinco vezes, com três abandonos, um 8º lugar na geral – novamente – convertido em 3º na LMP2 e um 11º posto na sua última participação, quarto na categoria. Nada mau para quem meteu as caras e foi ser feliz na fria e dura Inglaterra, berço do automobilismo europeu.

NIGEL STROUD

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Desenhado por Nigel Stroud, o protótipo Mazda 787B deu à marca japonesa uma inesperada e histórica vitória em Le Mans – que comemora exatos 25 anos em 2016

O britânico Nigel Stroud, hoje com 62 anos de idade, mora hoje nos EUA. Pouca gente sabe, mas ele é o homem por trás da vitória mais estrondosa da história das 24h de Le Mans nos últimos 30 anos: o triunfo do protótipo Mazda 787B, que com Johnny Herbert, Bertrand Gachot e Volker Weidler, derrotou Jaguar, Sauber-Mercedes e Porsche numa das conquistas mais improváveis de todos os tempos. Ele era simplesmente o designer do carro que deixou todo mundo de queixo caído naquele ano – uma vitória que comemora Jubileu de Prata em 2016.

Antes da Mazda, Stroud trabalhou na Fórmula 1: foi chefe de equipe na moribunda Hesketh, designer e chefe de equipe na ATS, além de trabalhar com a March e Lotus, antes de ir para os EUA e para os protótipos. A Mazda, naquele ano da graça de 1991, valeu-se de uma brecha no regulamento com relação ao consumo de combustível, pois seus carros tinham motor Wankel com pistões rotativos – hoje proibidos. O construtor japonês se deu bem e o equilibrado carrinho desenhado por Stroud entrou para a história. Depois disso, ele ainda trabalhou nos projetos da Cadillac com o Northstar LMP e também na Toyota. Mas o que ele fez na Mazda é totalmente digno da menção de seu nome neste plantel de 84 grandes figuras de Sarthe.

A.J. FOYT E DAN GURNEY

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Sorrisos, Möet & Chandon no pódio… Dan Gurney e A.J. Foyt amassaram a Ferrari na edição de 1967, vencida pelas duas lendas estadunidenses em Sarthe

Dois mitos juntos e a bordo de um dos maiores carros da história das 24h de Le Mans: só poderia dar no que deu. Dan Gurney e A.J. Foyt, legítimas lendas vivas do automobilismo estadunidense e mundial estavam na equipe Shelby American Inc., responsável pelo segundo massacre promovido pela Ford sobre a Ferrari, na edição da prova disputada em 1967 – já tinham disputado a corrida francesa em 1966, quando Dan fez a pole position, à incrível média de 230,103 km/h – tempo de 3’30″6.

A consagração do texano e do californiano viria na prova em que correram com o GT40 MK IV igualmente preparado e alinhado pela equipe da lenda Carroll Shelby, certamente mais poderoso que o primeiro. Eles largaram da 9ª posição de um grid de 54 carros e partiram avassaladores para o triunfo, com quatro voltas de vantagem sobre Mike Parkes/Lodovico Scarfiotti – da Ferrari (quem mais?). Não obstante, atingiram 5.232 km percorridos e um total de 388 voltas, recordes que seriam superados apenas em 1971.

MALCOLM SAYER E WILLIAM HEYNES

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O Jaguar C-Type de Tony Rolt e Duncan Hamilton vencedor das 24h de Le Mans em 1953 foi o primeiro carro de competição da história a dispor de freios a disco nas quatro rodas, o que se configurou uma vantagem absurda contra as Ferrari

Os dois nomes acima citados também merecem figurar entre os maiores entre todos os tempos na história de Le Mans. Jamais pilotaram. Mas estão por trás do sucesso de um dos carros mais icônicos que já esteve presente na pista francesa: o Jaguar C-Type.

O carro foi originalmente concebido por Malcolm Sayer, explorando o que era possível em termos de baixo peso e aerodinâmica, isso nos idos dos anos 1950, quando a potência dos motores mal passava dos 300 HP. William Heynes era o engenheiro-chefe do construtor britânico. Não tenho a informação de que tenha partido dele a ideia, mas a Jaguar foi simplesmente brilhante ao dar um passo a frente para o automobilismo em termos de performance, com a adoção de freios a disco nas quatro rodas do elegante bólido, o que foi decisivo na briga contra a rival Ferrari.

Tony Rolt e Duncan Hamilton foram os pilotos do carro #18 que triunfou em Sarthe à frente do #17 de Stirling Moss/Peter Walker. E ainda houve um outro, o #19 de Peter Whitehead/Ian Stewart chegando em quarto. Uma performance brilhante: afinal de contas, a Jaguar foi a primeira a superar a marca de 300 voltas na pista de Sarthe e a grande inovação daquela corrida – uma parceria perfeita com a Girling – mudaria os conceitos dos carros de competição e de rua a partir daquela data.

REINHOLD JOEST

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Dizem que não é fácil conversar, quanto menos fotografar ao lado de Reinhold Joest. Bem… eu tive este privilégio no WEC em 2014, lá em Interlagos

Quem o vê nos boxes da equipe Audi no World Endurance Championship (WEC), com sua presença discreta – muito embora adornada por um cabelo pra lá de tingido – não acredita que esse senhor que hoje tem 77 anos não só foi um excelente piloto, como também é dele a estrutura na qual o construtor de Ingolstadt desenvolve seus vitoriosos Esporte-Protótipos. Reinhold Joest, por várias vezes, fez parte da história das 24h de Le Mans.

Como piloto, disputou a prova nove vezes. Numa delas, era um dos que competiu no famoso Porsche 917/20 “Pink Pig” ao lado do folclórico Willi Kauhsen. Seu melhor resultado foi o vice-campeonato da prova em 1980, num 908/80 dividido com Jacky Ickx. Mas o brilho maior de Joest em Sarthe foi mesmo do outro lado do balcão: venceu nada menos que quinze vezes a corrida com sua escuderia. A primeira e histórica foi em 1984, com um Porsche 956 guiado por Henri Pescarolo e Klaus Ludwig. Após o fim da parceria com a Porsche, na qual alinhou também o protótipo 962C e o TWR-Porsche com o qual viu seu time vencer em 1996 e 1997, iniciou uma longa e frutuosa jornada com a Audi, ofertando aos quatrargólicos um total de 11 vitórias a partir de 2000.

É ou não é uma fera o moço que está comigo na foto?

ROGER DORCHY

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Incríveis 407 km/h transformados em 405 km/h por questão de marketing: o recorde histórico de velocidade em Le Mans é de Roger Dorchy

Os números mostram que Roger Dorchy disputou as 24h de Le Mans em 13 oportunidades, entre 1974 e 1988. Que dessas 13, só terminou três vezes com um 4º lugar em dupla com o especialista em Ralis Guy Frequélin na edição de 1980, como melhor resultado a bordo de um protótipo WM P79/80.

E aí o leitor há de perguntar: por que diabos esse cara tá na lista dos 84 nomes de Le Mans, Rodrigo?

Por um motivo simples – ele é o recordista de velocidade pura em todos os tempos.

No ano de 1988, os protótipos Grupo C tinham desempenho brutal e em Le Mans, na longa reta Les Hunaudières, com quase 7 km de extensão, era bem possível ver algum desses carros atingindo velocidades semelhantes a de um Boeing 747 na decolagem. O carro de Dorchy não era grande coisa: ele repartia com Jean-Daniel Raulet e Claude Haldi um WM Secateva P88 com motor Peugeot 2,8 litros biturbo. O conjunto era uma bosta e não tinha confiabilidade alguma. Mas alguém da equipe, vendo que o carro não iria a lugar algum, resolveu dar a cartada de mestre: bater o recorde histórico de velocidade e marcar o nome nos anais de Le Mans.

Foi exatamente o que aconteceu: a equipe vedou todas as entradas de ar do protótipo e mandou Dorchy à pista para uma tentativa que seria a glória ou o fracasso total. Deu certo – o piloto atingiu inacreditáveis 407 km/h, que mercadologicamente viraram 405 km/h, porque a Peugeot naquele ano da graça de 1988 lançava o modelo… 405.

Como sói, o motor superaqueceu com falta de refrigeração e o carro foi encostado nos boxes após completar somente 59 voltas. Mas Roger Dorchy, hoje com 71 anos de idade, está nos livros de recordes de Le Mans.

MARIE-CLAUDE BEAUMONT

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A bordo do Corvette Stingray #51 de Henri Greder nas 24h de Le Mans de 1974: Marie-Claude Beaumont disputou a prova em seis ocasiões nos anos 70

Já que citei Odette Siko no início deste post, seria injusto não falar também da mulher que mais prestígio angariou no automobilismo em sua era romântica. Também jornalista, Marie-Claude Beaumont (hoje Charmasson) entrou para o Hall da Fama de Sarthe, não só por ser a primeira mulher a guiar um poderoso Chevrolet Corvette, mas também porque – além dos bons serviços prestados nas 24h de Le Mans – era uma boa piloto de Rali. Além disso, fez parte da primeira dupla feminina a ganhar uma subcategoria do World Sportscar Championship: repartindo um Alpine A441 com a italiana Lella Lombardi, ganhou na categoria até 2 litros nos 1000 km de Monza de 1975.

Hoje com 74 anos, Marie-Claude disputou a prova de Sarthe em seis oportunidades. Em quatro delas, andou com Henri Greder de Corvette Stingray, obtendo um 12º lugar como melhor resultado na geral em 1973. Andou ainda com Lella Lombardi no Alpine já citado e fez sua última aparição em 1976, chegando em décimo-sexto num Porsche 934 partilhado com Bob Wollek e um jovem piloto francês então na Fórmula Renault daquele país.

Seu nome? Didier Pironi.

WOOLF BARNATO

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À direita na foto, o maior dos “Bentley Boys”: Woolf Barnato

Para fechar a lista do segundo especial, trago aquele que foi o primeiro mito das 24h de Le Mans: o britânico Woolf Barnato. Nascido em Londres no ano de 1895, ele notabilizou-se por ser um dos primeiros “Bentley Boys”. E também por conquistar três vitórias consecutivas nos primórdios da hoje clássica prova francesa.

Artilheiro da RAF na I Guerra Mundial, “Babe” Barnato sabia mexer com dinheiro e finanças. Com veia para conseguir grana, financiou o projeto de W.O. Bentley para disputar a prova de Sarthe – primeiro com o modelo 4 litros e meio e depois com o lendário Speed Six. Foi o auge da participação da marca no país vizinho, já que foram quatro vitórias seguidas, sendo três delas com Barnato a bordo. Cada uma com um parceiro diferente, por sinal.

“Babe” ganhou a primeira em 1928 com o australiano Bernard Rubin. Henry “Tim” Birkin foi o companheiro de pilotagem em 1929 e Glen Kidston faturou com ele a edição de 1930. A Bentley foi tetra, sentindo o gostinho da vitória novamente muito tempo depois, em 2003 (e não em 2004, desculpem), nos tempos modernos do esporte.

Ah! Tem mais: Barnato só disputou as 24h de Le Mans por três vezes. Com 100% de aproveitamento. É mole ou querem mais?

Comentários

  • São tantas lendas do automobilismo! É um mito maior que o outro …
    Se um dia for possível um “Direto do Túnel do Tempo” com mais detalhes de suas histórias, vai ser garantia de sucesso!

  • Rodrigo, gostaria que um dia desses, você esclarece bem a história do Mazda 787 porque o pessoal gosta de valorizar a vitória, mas sempre ignora os detalhes. O carro correu fora do regulamento, sob alegação de que não era competitivo, e todo mundo deixou eles andarem mais leves (dizem que o consultor Ickx foi peça chave para que eles ganhassem o arrego). Mais leves, eram mais rápidos de reta e gastaram menos gasosa que os demais.

    Não é meio exagerado dizer que o Mazda 787 era equilibrado? Porque olhando os resultados do campeonato de 91 dá pra ver que eles sofriam para chegar em quinto lugar em todas as corridas, vários resultados ruins e “só” a vitória nas 24 horas para mostrar porque correram café com leite.

  • A chuva que durou bastante ajudou a vitória da Mazda em Le Mans 1991. Reinhold Joest e Willi Kauhsen participaram da Copa Brasil, começo dos anos 70. Rodrigo em post seu sobre a vitória de Lucas Di Grassi em SPA, dizia que a última vitória de brasileiro havia sido de Raul Boesel, Em 1998 Ricardo Zonta e Klaus Ludwig foram campeões mundias de FIA GT usando a Mercedes-Benz CLK – GTR batendo a dupla campeã do ano anterior Bernd Schneider e Mark Webber também da Mercedes. O campeonato chamava FIA GT, correram Mercedes, Porsche e Panoz. Com o mesmo carro a Porsche ganhou 24 H Le Mans. Os carros de GT nada tinham, eram protótipos verdadeiros sem versões comerciais como os GT normais

    • FIA GT é FIA GT. World Sportscar Championship é World Sportscar Championship. Já dizia o filósofo: “Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa”.

      Se a Porsche ganhou em Le Mans em 1998 com o 911 GT1, é porque o regulamento permitia que os GT1 fossem extremamente velozes como realmente eram. Continuo sustentando que a última vitória brasileira no Mundial de Endurance antes do triunfo do Lucas em Spa foi sim do Raul na conquista do título em 1987.

      • Então, amigo. O World Sportscar Championship não pode ser substituído e nem comparado com o FIA GT. Até porque a gênese do FIA GT era o BPR GT Global Series, sigla para os sobrenomes de seus promotores: Jürgen Barth, Patrick Peter e Stéphane Ratel, hoje dono da SRO – organizadora do Blancpain Endurance e do Blancpain Sprint Series.

  • Rodrigo só uma pequena correção: a Bentley voltaria a vencer na edição de 2003 com o Speed 8. Em 2004 retomou a sequência de vitórias que perduraria até 2009 com a vitória da Peugeot com o 908. Abraços.