Acabou-se o que era doce… e agora, José?

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Aqui, até 2012, existiu um Autódromo. Para mim, pisar no Parque Olímpico, estar no mesmo terreno que me marcou a vida como fã de automobilismo e jornalista foi muito doído…

RIO DE JANEIRO – Eu tinha prometido o famoso “textão” pós-Olimpíada para falar de um assunto que incomoda.

Ao menos a mim. Mas acho que a muitos outros, também.

Fui ao Parque Olímpico no que houve um dia, entre 1977 e 2012, o Autódromo de Jacarepaguá. Tinha prometido a mim mesmo que não poria os pés lá, mas acho que os atletas não têm nada a ver com isso. Olimpíadas no Brasil foram um negócio inédito e continuarão sendo. Duvido que o país volte a sediar um evento de tamanho porte. Aproveitei o ensejo e fui. Duas vezes, até. Primeira com meu filho e minha mãe de 78 anos, pra ver o Handebol Feminino. Na segunda, com minha mulher, pra ver Handebol de novo – só que masculino.

Bateu uma nostalgia. Uma deprê.

Sentir aquele vento soprando forte na manhã da sexta-feira quando fui ao Parque Olímpico pela primeira vez foi um dèja vu de todas as emoções que senti desde quando pisei no Autódromo pela primeira vez, menino ainda, para ver o GP do Brasil de Fórmula 1 em 1981. O sol na cara e na cabeça na saída, o calor… tudo aquilo que a gente passava quando ia para Jacarepaguá. Olha… foi doído. Doeu menos do que eu imaginava, mas doeu. Passou quase que como o filme de toda a minha vida como apaixonado por automobilismo na cabeça.

E dói também imaginar que após as Olimpíadas e Paralimpíadas, qual será a verdadeira função daqueles aparelhos esportivos? O que será do terreno?

Quem acompanhou todo o processo, toda a luta para manter o Autódromo vivo, sabe qual é o verdadeiro interesse por aquele terreno. Sabemos que o ex-prefeito Cesar Maia, o mesmo que investiu milhões de reais para fazer reformas no circuito carioca, trazer o Mundial de Motovelocidade e a Fórmula Indy – e depois, numa canetada, cancelou tudo – mudou o zoneamento daquela região no IPTU, à guisa de valorização para futura especulação imobiliária. O que era Camorim (acho eu que era) virou Barra da Tijuca. O matagal deu lugar a grandes condomínios. O barulho dos carros passou a ser inimigo. O autódromo, de inesquecíveis vitórias de Nelson Piquet, de títulos de Valentino Rossi, de exibições monumentais de Ayrton Senna e outros ícones do esporte a motor, virou vilão.

E com uma forcinha de Carlos Arthur Nuzman, o “democrata” presidente do COB (que, mesmo doente, quer continuar para um sexto (!) mandato, somando mais de 25 anos no poder…) e do sucessor de Cesar Maia, o fanfarrão e detestável Eduardo Paes, com a leniência, a passividade e a omissão da egrégia Confederação Brasileira de Automobilismo, afora as empreiteiras que financiaram a campanha do prefeito nas duas eleições que ele infelizmente ganhou, Jacarepaguá viu o seu fim.

Discordo do Flavio Gomes, que escreveu no blog dele a respeito do Autódromo e do Parque Olímpico para falar de uma reportagem do Grande Prêmio com o arquiteto que projetou a antiga pista, Ayrton “Lolô” Cornelsen, em alguns pontos. A pista de Jacarepaguá não tinha utilidade nenhuma para a prefeitura enquanto aparelho esportivo porque não se investia nela. Sabem quanto de orçamento era destinado para sua manutenção?

ZERO.

Isso mesmo, nada. Para os “jênios” do município, o circuito era um estorvo.

Mas perguntem se Jacarepaguá ficou vazio nas últimas provas da Stock Car… da Fórmula Truck… do extinto Brasileiro de Grã-Turismo… só nas duas provas de Truck que eu fui (não compareci à primeira), o público era disparado superior a 40 mil espectadores. Com muito boa vontade, o Autódromo poderia ter ficado de pé, porque ainda havia público e interesse. Um projeto semelhante ao que se fez em Sochi, na Rússia, poderia misturar o automobilismo com o olimpismo. Aliás, a respeito, num workshop do Fox Sports pré-Olimpíada, o diretor de comunicação da Rio 2016, o também jornalista Mario Andrada e Silva, que foi correspondente de automobilismo do finado JB, se me recordo, veio com a resposta prontinha de casa para justificar o fim do circuito. Aquela historinha de que a Fórmula 1 tinha ido embora do Rio, et cetera e tal…

Pouco convincente. Assim como discordo do Flavio quando ele disse que o carioca não tem um interesse especial por corridas. Só porque temos a praia? Não podemos gostar de esporte a motor?

Sim, numa coisa subscrevo o FG: o automobilismo brasileiro é frágil. Vive um péssimo momento, que reflete lá fora – quem temos visto como potenciais promessas para a F1, sincera e honestamente? Não temos ídolos, não temos uma base e a CBA segue o mesmo modelo arcaico de comando de qualquer confederação deste país, vide o exemplo do Nuzman – para não falar da CBF e aí ficaríamos horas nisso. Dirigentes se entronizam, se locupletam, viajam às custas de não sei bem o quê e nada fazem para evoluir o esporte. Entregam as principais categorias do nosso esporte na mão de promotores que privilegiam uma turminha em detrimento de quem bota a mão na massa e deveria fazer parte da festa.

Cresci sabendo que o automobilismo também exige mão de obra e criatividade. Afinal de contas, a evolução e a busca por novas tecnologias fazem e sempre fizeram parte dos preceitos dos desportos motorizados. E matando os autódromos, acaba a criatividade, morre junto a mão de obra. Quantas famílias, quantos postos de trabalho foram perdidos com o fim de Jacarepaguá? Quantos sairiam prejudicados se Curitiba tivesse fechado como o prometido anteriormente? (Aliás, não vamos nos iludir: Curitiba não vai ter vida longa, é questão de tempo para ter o mesmo fim do circuito carioca)

O que eu queria dizer é o seguinte, depois de tudo isso que já foi falado aqui. Acabou-se o que era doce. O Brasil fez dois eventos enormes num espaço de dois anos e o povo é quem vai pagar a conta. Quem pôde ganhar dinheiro – e ganhou-se e roubou-se muito – ganhou. O povo mesmo, esse que paga impostos e rala feito um condenado no dia-a-dia, desculpem a expressão, se fodeu. Eu, você, nós que somos cidadãos honestos e corretos, estamos fodidos.

O Paes, o Nuzman e os seus apaniguados é que não estão. Nem alguns da CBA e até da FAERJ. Deve ter sobrado uma boa boquinha para eles no tal “acordo” costurado – dizem – pelo obscuro Peter Vader (lembram?), que se não me falhe a memória era um antigo executivo da Shell que chegou a apresentar um projeto de Parque Olímpico antes do Rio ganhar o direito de sediar o Pan de 2007 – era o tal do Rio Sports Plaza. Depois de um tempo, ele sumiu do mapa e consta que foi ele o responsável por sacramentar o tal acordo.

Vader não é o único personagem nocivo que não dá a cara na mídia. Tem um sujeito aí, ligado à Petrobras, que é outra asa negra do esporte a motor. Com o dinheiro que esse cidadão (não vou citar nomes) teve e ainda tem, dava pra montar várias equipes em categorias de base e financiar um bom programa de desenvolvimento de pilotos. Esse picareta controla TODOS os patrocínios da estatal ligados a automobilismo e, segundo eu soube, retém (ou reteve) US$ 1 milhão a cada US$ 10 milhões destinados à Williams no acordo entre a equipe de F1 e a Petrobras.

Incentivo fiscal? Ajuda ao esporte em sua base, no Brasil? Zero. Quer dizer… temos a Seletiva Petrobras de Kart, mas… quem dela saiu mesmo para uma carreira sólida internacionalmente?

Pois é… assim ao invés de evoluir, retrocedemos.

A Argentina, que vive na merda em matéria de economia e até de política, tem hoje um automobilismo melhor que o nosso. Eles não fazem um piloto bom pra andar de F1 desde o Reutemann! E quem diz que eles se incomodam? O Pechito López vai ser tricampeão mundial no WTCC. E o Brasil, quem tem mesmo para ser campeão do mundo no futuro?

Sei que o panorama não é o ideal. Talvez não seja a melhor hora para cobrar isso, mas aqui vai.

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O momento pode não ser o ideal, mas o Rio TEM que ter um Autódromo de novo!

O Rio de Janeiro precisa, pode e deve voltar a ter o seu autódromo.

Sim, eu até sei qual é a resposta do fanfarrão do Paes: que a construção de Deodoro (melhor esperar sentado) é de responsabilidade do governo federal, ou que se faça uma pista de rua como paliativo e bla bla bla…

Só que não precisamos – e nem queremos – de paliativos.

O ministro do esporte, pertencente a uma nefasta e poderosa família do estado do RJ, deu entrevistas pouco antes das Olimpíadas dizendo “vamos fazer”. Onde? Quando?

O terreno realmente já foi descontaminado? Será que cabe ter um autódromo em Deodoro?

Eu nem mais me incomodo se uma nova pista sequer for construída na capital carioca. Mas gostaria de ver uma nova pista saindo do papel, como todo mundo que ama o esporte e é do RJ também deseja e sonha.

Temos montadoras (Peugeot e Volkswagen) com fábricas no interior do estado. Por que essas próprias montadoras não constroem autódromos à guisa de pista de testes, abrindo a possibilidade de voltarmos a ter corridas no Rio de Janeiro?

Por que abnegados, apaixonados, que viram Jacarepaguá sumir do mapa, não arregaçam as mangas? Por que não se costura acordos com prefeituras de outros municípios para a cessão de terrenos? Por que ninguém quer assumir a responsabilidade?

Esperar o governo federal fazer porque houve um “acordo”? A CBA não aproveitou o periodo olímpico com milhares de repórteres de fora e emissoras de TV do mundo inteiro para falar que ‘no Parque Olímpico havia um autódromo’ e denunciar o descalabro que foi feito com Jacarepaguá.

Se omitiu! Calou-se desavergonhadamente.

Nada surpreendente vindo da entidade presidida por um cidadão que fez drama e disse que ‘se acorrentaria’ aos portões do circuito e continua desfilando seu sorrisinho cínico e arrancando dinheiro de incautos com a emissão de carteiras de piloto, taxando Deus e o mundo e se esquecendo que há um esporte para ser cuidado.

Um automobilismo que pede socorro.

Pelo amor de Deus, façam um novo autódromo no Rio de Janeiro. O estado merece. Os cariocas e fluminenses merecem.

Vamos nos despir de vaidades. O momento não é de jogar contra. O momento é de união. Imprensa, pilotos, fãs e desportistas. Vamos fazer barulho. Vamos incomodar esses caras e mostrar que, sem Copa e sem Olimpíada, podemos ter de novo o que nos tiraram à força.

E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?

Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?

Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,

a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?

E agora, José?

Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, – e agora?

Com a chave na mão 
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais!
José, e agora?

Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse…
Mas você não morre,
você é duro, José!

Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?

(Carlos Drummond de Andrade)

Comentários

  • Sobre FG: no c* dos outros é fácil, como eu comentei lá no post dele, queria ver se a opinião dele ia ser a mesma se estivessem destruindo o estádio da Portuguesa….

    Sobre nosso autódromo e todo o ocorrido, não tenho o que acrescentar.

    Também estive lá duas vezes nessas olimpíadas e foi sofrido sim… Não gosto de ver fotos aéreas desse local por que minha mente ainda desenha a pista ali.

    Nas minhas postagens no Face quando estive lá eu marquei o local como Autódromo Nelson Piquet. Assim foi e, pra mim, assim será para sempre.

    • Eu , gostaria de saber a opinião dele se quem tivesse trazido a Olimpíada para o Brasil não fosse do partido que ele tanto ama , eu não acredito que o PSDB destruiria o autódromo ,pois haveria a possibilidade de colocar umas cabines de pedágio a cada 500 metros quase igual ao que acontece nas rodovias paulistas (e com as tarifas mais altas do mundo ,levando em conta a relatividade dos ganhos de brasileiros frente a de outros países que também as tem). E como assim, os cariocas não gostam de automobilismo se uma das principais equipes de corridas do Brasil fica no estado e é chefiada pelo Andrea Mattheis ,um dos melhores ,se não o melhor chefe de equipe do automobilismo brasileiro atualmente .
      E por falar em políticos ; quando haverá uma operação da P F que poderia chamar “Asfalto Quente” para o PSDB ,pois se outro partido tem o Petrolão , poque não desconfiar de um esquema nas concessões das rodovias paulista para as mesmas empreiteiras e com as paternalescas,escorchantes e desavergonhadas hiper tarifas de pedágios paulistas , das quais devem ir um bom percentual para o partido que esta no poder a muito tempo , muito provavelmente ajudado pelas mesmas empreiteiras do Petrolão.

      • Rapaz, se for cavar no quintal do PSDB nem vai se achar terra, só esqueletos… Esses caras tem mais “segredos” do que todo o mundo junto… (coloco entre aspas, por que quem quer, já sabe, mas quem pode fazer algo sobre é cúmplice…)

  • Texto impecável, meu caro rodrigo aqui em SP vivemos o mesmo medo de que assim que a F1 deixar de fazer as provas em Interlagos, a pista vai desaparecer. Ninguém está preocupado com as famílias que ficarão sem sustento com a extinção dos autódromos, nós que somos fans e apaixonados pelo esporte a motor nascemos em um país que somente da importância ao futebol, triste…

  • Rodrigo,

    Parabéns pelo texto, não sei se conseguirei ir ao dito Parque, é difícil. Sugiro que o nome do Parque seja Caracú, afinal os políticos, dirigentes, empreiteiros, etc entraram com a Cara e a população do Rio com o Cú, desculpe pelos termos, mas estou muito puto com todos esses fdp. Tem eleição este ano e só tem merda se candidatando, então vou de nulo.
    Duas arenas serão desmontadas e se remontadas será na casa do cacête para depois ficarem abandonadas, destruídas e etc. Em seu lugares serão construídas torres e mais torres para colaborar com a poluição das lagoas de Jacarepaguá e com a piora do trânsito na área.
    A ida da F1 para SP serviu para mutilar Interlagos, que era um puta circuito.
    Falando do Parque Caracú, devemos nos lembrar ainda do Velódromo construído para o Pan, que teve que ser refeito para as Olimpíadas, pois não atendia as especificações olímpicas (obra de Cesar Maia e, se não me engano Paes).
    Já mencionei no FG, e pergunto outra vez, onde estão as vigas da Perimetral, de aço especial, portanto caro, que foram roubadas? Lembro que o seu transporte só poderia ser executado por transportadoras do tipo Carvalhão, Superpesa, etc, com a utilização de batedores.
    No mais forte abraço, obrigado pelo espaço,
    Barba

  • Texto maravilhoso e que fala a realidade do que aconteceu com o nosso Autódromo do Rio.
    Verdade é para ser dita, e os nossos políticos escondem do público o que pode ser prejudicial a eles.
    Não houve divulgação para a imprensa mundial, que ali, no Parque Olímpico era o nosso Autódromo, como você Mattar, colocou muito bem.
    Sou um dos únicos pilotos que inaugurou e participou da última corrida em Outubro de 2012, que, em uma entrevista para a TV, com muita emoção, me rendeu naquele dia, uma internação no hospital e 3 STENTs.
    Fui também um dos pilotos presente na festa de entrega da área de Deodoro, para construção do novo Autódromo, no dia foi mostrado a planta, e o prefeito Paes, marcou o dia, e mês da inauguração, com a primeira corrida, toda esta pompa ficou no papel.
    Mattar, temos sim que continuar a nossa luta, o Automobilismo Carioca e Brasileiro merecem.
    Parabéns e vamos fazer o possível para termos um novo Autódromo.
    Grande abraço.
    Jorge Cláudio Schuback.

  • Eu sou carioca, moro no Rio, e não fui ao parque olimpico (com minúsculas mesmo). Fui convidado e não fui. Fiz questão de não ir lá.
    Cada vez que estou em um avião que decola do Santos Dumont em direção ao sul, (4 a 5 vezes por mes !), e o ceu está aberto, me incomoda olhar para a Barra e ver Autodromo do Rio (pre mim ainda é assim), ocupado por aquela montanha de predios olimpicos.
    Só concordo com o Flavio em uma coisa: o Parque Olimpico ficou bem feito, ficou bonito. Mas tinha outros lugares para construir esse parque, sem destruir o Autodromo do Rio. Um pouquinho mais ao Sul havia enormes areas disponveis, sub utilizadas, ainda na Barra e antes da Grota Funda, era só desapropriar. Um pouquinho mais longe, em Santa Cruz, havia áreas gigantescas. E já tinha sido criado acesso rapido para lá….
    Mas tinha que ser ali. A especulação imobiliária clamava que fosse ali !!!! A maracutaia foi armada por Maias e Nuzmans, e pelas empreiteiras interessadas em “colaborar com a população do Rio”, sob o olhar conivente dos dirigentes da CBA. Pobre Rio.
    Em 5 anos certamente veremos essa área ser destinada a alguma outra finalidade. e, seguramente, essa futura nova finalidade já deveria fazer parte dos planejamentos plurianuais das tais empreiteiras….o tempo dirá.
    Agora resta esperar para ver esses aparelhos olímpicos virarem elefantes brancos. Mal utilizados. Abandonados. E serem ‘substituídos….por prédios residenciais ou comerciais. Tá na cara !!!!
    Já anunciaram a “desmontagem de alguns dos aparelhos olímpicos para “aproveitamento em outros locais”….o que será feitos das áreas ocupadas por esses aparelhos que serão desmontados ???? To curioso pra ver !!!

    Fui ver corridas em Jacarepaguá quando ainda era menino, quando foi inaugurado o Autodromo do Rio, na época chamado de Autodromo Nova Caledonia. Eu tinha 13 anos, devia ser 67/68. Era só uma faixa de asfalto, sem áreas de escape pavimentadas ou tratadas. Terra batida por toda volta. Mal murado, mal cercado. Uma porteira de fazenda no acesso a pista. Mas era lindo !!!! E eram feitas corridas ali, tinha curso de pilotagem, tinha publico. Mais tarde, por vairas vezes andei a pé ao longo do traçado. Depois, andei de passageiro de um amigo piloto., em treinos extra-oficiais. E até guiei nesse traçado uma vez. Eram curvas longas e gostosas: Sul, Entrada do Miolo, Ferradura, S, e as seguintes, uma que chamavam de curva da Arvore, a partir de onde, para os lentos fuscas e DKWs, eram retas tortas que levavam a Curva Norte e seu famoso relevé. Uma delicia. Eu gostava daquele traçado.
    No tempo em que Interlagos esteve fechado, esse autódromo foi a salvação do nosso automobilismo, o pessoal de SP vindo todo pra cá !
    Depois foi a vez de ter o nosso autódromo fechado, as pendengas politico-comerciais, o medo do desaparecimento da pista, Mas o autódromo acabou sendo reformado, modificado, renovado. Uma nova pista, mais complexa, mais bonita, talvez menos gostosa. Um traçado mais técnico. e nem tanto um traçado “de piloto”. Mas era um autódromo completo, de nível internacional, por isso foi chamado Autodromo Internacional do Rio. Uma maravilha de obra. Vieram a F1, o circuito oval para trazer a Indy, a Moto GP. E depois, o ocaso. E no final, o descaso, a amputação para o Pan, e a morte olimpica. Fim da linha. Isso dói !!! O orgulho de ter sediado a Olimpiada de 2016 vai passar rápido, o Rio Olímpico será esquecido em pouco tempo. Mas nós não esqueceremos o nosso Autodromo do Rio. Autodromo Internacional do Rio. Autodromo Nelson Piquet. R.I.P.

    Vou abusar do espaço pra contar mais um caso (que acho que já contei aqui): a pouco tempo, coisa de 1 ano, embarquei para Brasilia e no mesmo voo ia a cúpula do COI, acompanhada do nefando Sr. Nuzmann, que nitidamente puxava o saco do Presidente da instiuição, Estavam orgulhosamente indo falar com a presidente Dilma…..Casualmente sentei na 2° fileira, atras dos referidos senhores, e ao lado do primeiro secretario e outro dirigente do COI. Eles conversavam em frances, e eu me meti na conversa. E fiz questão de contar, tintim por tintim, a sacanagem que tinha sido feita com o autodromo, a especulação imobiliária, a promessa não cumprida da construção de uma nova pista. Pedi que eles cobrassem a tal promessa na conversa com a dita senhora. Sabe quanto esses dirigentes do COI se interessaram pelo assunto ? Claro que NADA. Tudo farinha do mesmo saco.

    Rodrigo, estarei por aqui, junto com voce, nessa campanha e no que mais puder ajudar. Talvez será uma campanha quixotesca, como tem sido até agora, meia duzia de Cruzados lutando com facas, contra metralhadoras em casamatas, granadas e tanques de guerra. Mas, sem nunca desistir.

    Abraço

    Antonio

    • Perfeito comentário, Antonio, parabéns! Você sintetizou o que todos nós, “das antigas”, sentimos a respeito. Eu rompi meu bloqueio e fui ao Parque Olímpico, fanático que sou por esportes. E, como contei em outro lugar, fiz um ritual: Medi onde já passei com o pé no fundo, GPS de memória, no meio do retão, parei e pedi aos Deuses do Olimpo que nos dessem pista de novo. Mas se eles não atenderem, estarei aqui, também, nessa campanha.

  • Pouquíssimas pessoas fizeram pressão pra manter o autódromo, incluindo pilotos e equipes. Agora um monte de gente que só dava as caras na stock fica chorando o leite derramado. Pra esses só posso dizer: Perdeu playboy. No parque olímpico como é hoje, caberiam fácil dois autódromos, mas um novo autódromo público só será construído se for pra bandido encher o rabo de dinheiro. Quem compactua com isso é cumplice e hipócrita. Melhor ficar sem autódromo. Minha sugestão. Mudar de cidade ou melhor ainda, de país. Ou muda de esporte. Automobilismo no Rio acabou.

      • Qual o seu argumento pra que o meu comentário seja lamentável. Só por estar contra o que pede? Não lembro de boa parte dos que reclamam hoje estarem nos protestos, ou batendo de frente pessoalmente com faerj e prefeitura. Por traz de um computador é fácil. Não lembro de boa parte nem prestigiando as competições locais. Por politicagem algumas equipes se recusaram até a usar os adesivos de protesto que eu fiz do meu bolso. Quer dizer que você concorda com a construção de um novo autódromo mesmo sabendo que isso vai encher o bolso de bandido? Ou acha que se fizerem um autódromo em Deodoro o dinheiro vai ser limpinho.

      • Rafael, eu nem vou me dar ao trabalho de discutir com você.

        Até porque a minha parte eu fiz. Lutei com as armas que eu tinha e ainda tenho à mão. Se você acha insuficiente ou vem com esse papinho derrotista de “perdeu playboy” e coisas do gênero, lamento mesmo.

        Por que ao invés de vir aqui e ser o único contra o que eu peço, você não apresenta um outro viés, uma outra solução?

        Eu não sou cúmplice e nem hipócrita, cara. Se liga. Eu só estou pedindo o que nos tiraram. É pedir demais? Acho que não.

      • Se acha meu comentário lamentável é esperado que se tenha um argumento pra isso, mas vou aceitar que não quer se dar ao trabalho, apesar de me sentir menosprezado. Não existe outra solução. É a realidade. Confirmando o que Wilson Fittipaldi falou em entrevista pra Dani Freire na época. “Se o autódromo for destruído, não teremos automobilismo no Rio de Janeiro definitivamente”. O “perdeu playboy” foi minha maneira grossa de reafirmar isso. Só de botar a cara você faz muito mais que a maioria, confirmando meu comentário inicial. Acredito que não aceitaria um autódromo a qualquer custo. Quem o fizer sim é cúmplice e hipócrita. Sem crise, bicho, estamos do mesmo lado. O que muda é que você tem fé numa solução, eu não.

      • Não podemos é deixar de lutar. Se concordamos em muitos pontos, por que desistir?

        Vou tentar entender seu ponto de vista e desde já peço desculpas pela forma exagerada como me expressei com relação ao seu pensamento. Mesmo que eu discorde, tenho que respeitá-lo.

      • Já ia pedir desculpas quando li sua ultima resposta. Entendi que sua reação foi a expressões exageradas que usei acabaram saindo do contexto. Peço desculpas por isso. Quanto a lutar por um autódromo publico, só se for depois de mudar os governantes. Tive boas conversas com o Freixo na época e acredito que ele abraçaria a causa, além de ser o único candidato que não fez parte da patota que vem governando o Rio.

      • Ele vai ter o meu voto na eleição pra prefeito. Pouco me importa o que os outros pensam dele. Acho que ele tem boas ideias e intenções, que esbarram no fato de que ele não é um candidato com penetração nas zonas mais pobres. Ele precisa ser mais conhecido além-túnel. É lá que se ganha a eleição: Zona Oeste e Zona Norte.

    • É praticamente impossível derrotar a máquina. Esqueci da Carmen Migueles que será candidata pelo partido Novo. Ela também não era da patota e pode ser uma opção. Tanto Carmen quanto Freixo não participarão dos debates na tv, pelas novas regras

  • Não teria sido um recomeço a CBA ter aceito a corrida de F-E no circuito de rua que estava projetado no centro do RJ? Precisamos ter eventos pois o momento é delicado para o automobilismo no Brasil que está ficando sem exposição em mídia. As montadoras deveriam apoiar o esporte e a ideia de usar as pistas de testes como pista de corrida é muito boa para o momento atual. É preciso que algo seja feito. E de forma rápida.

  • Parabens meu amigo, estava inspiradissimo.

    Sobre o automobilismo argentino, apesar das crises, eles estavam construindo mais autodromos e remodelando alguns ja esquecidos e deveriamos sim nos espelhar neles para saber como fazer o automobilismo, nao é vergonha nenhuma, e sim aprender o que é melhor pra nós.

    Quanto ao F.G., ele áinda é um tanto obtuso apesar de se mostrar apto à modernidade, esta apegado à velhas estigmas do passado e so pensa que automobilismo é f-1 ou monoposto, o que o torna infelizmente, desprezivel, a ponto de me chamar de “chato” porque pedi a ele que falasse das “24 horas de Spa-Francorchamps”, o que é uma lastima, pois nem respeita os proprios leitores.

  • Caro Mattar:
    Belíssimo texto, com a lucidez habitual , Poderíamos nos organizar e estabelecer de fato o que podemos fazer para organizar a pressão necessária para de fato pressionarmos o “start”. Acho q já esperamos de mais a “vergonha na cara”, de quem jamais à terá…..

  • Olá Rodrigo Mattar, gostei muito do que você escreveu. Já estava me perguntando quem seria aquele a cobrar a destruição do autódromo carioca. Uma praça esportiva, sempre é bem vinda mas, se depender do poder publico, o estado do Rio estará fadado às lembranças. Não acredito de que o povo carioca, tenha deixado de gostar de corridas de carros e por isso ficou alheio ao desmanche de Jacarepaguá. Não foi porque a praia está logo ali e a população então resolveu ir a praia e deixou de pisar no autódromo. Acredito mais na falência desse esporte devido a inoperância da Federação daquele estado, a falta de planejamento de um calendário forte e atrativo para as etapas regionais lastreadas a uma boa mídia publicitário que fizeram a família fluminense sair de casa prestigiar os seus pilotos e equipes. Não adianta nada, carros na pista e arquibancadas vazias, tais como vemos nos regionais de São Paulo e Curitiba. O circo só existe com platéias a prestigia-lo. Sempre bato nesse tecla, pilotos gostam de correr e o publico gosta de belos carros e bons pegas na pista. Existe muita vaidade em todos os âmbitos a ser afagada nesse esporte, e é a falta disso que vem minando o nosso automobilismo. Eu nunca vi, e me corrija se estou errado, a Federação do Rio, apresentar um calendário forte com um programa de Mídia e Publicidade esportiva para atrair o cidadão e sua família até Jacarepaguá para assistir os seus regionais. Nem no Rio e muito menos em outras regiões. Num país enorme, com empresas atuando em todos os seguimentos, não vejo patrocinadores a bancar etapas em âmbito regional. Falo do regional pois, é esse que dá vida cotidiana ao empreendimento e é daí que saem as grandes feras para categorias maiores. É, acho que não tem muita solução o retorno do autódromo do Rio. Lamentável…

  • Xará, belo textão! Venho comentando há tempos em meus perfis nas redes sociais que a comunidade automobilística do RJ precisa se unir -pilotos, fãs, jornalistas. Não consigo compreender esse distanciamento. Precisamos nos unir, nem que seja para um mero reencontro, um chope, almoço, churrasco, sei lá. Não creio em Deodoro, mas vejo com bons olhos um esforço coletivo para um espaço em outras regiões no grande rio ou mesmo em outra região do Estado. Não podemos #CaiadoWho ?!?!?!

  • Acho que até já escrevi em um texto teu sobre o mesmo tema… mas lá vai: visitei o autódromo quando ele estava sendo destruído. Foi de chorar! Comigo tenho um pedaço de asfalto de lá…. o que sobrou.
    Não creio que a capital (os políticos de lá) venham a apoiar a construção de outra pista. A mim me parece mais viável a tentativa junto a alguma prefeitura dos arredores. Fazer o prefeito local entender que um autódromo é uma maneira de colocar a cidade no mapa, nas transmissões de TV (truck, porsche cup)…
    Quem sabe??

  • Esqueçam autódromo no Rio. A melhor alternativa seria na região de Resende onde estão instaladas a MAN (Volkswagen), Peugeot, Nissan e Jaguar Land Rover. A grande dificuldade é ter uma pessoa que consiga juntar as empresas e o poder público para fazer isso acontecer. Tenho certeza que uma pista nessa região seria de grande utilidade para as empresas, para o setor de turismo e principalmente para o automobilismo Fluminense. Apesar de não acreditar que isso vá acontecer, sempre há uma pontinha de esperança.

  • (chovendo no molhado. . .)
    Fiquei esperando ansioso essa sua manifestação pós “Olim-Piadas”!
    Valeu a espera!
    Mais um texto irretocável, camarada Rodrigo!
    E nem poderia ser diferente, vindo de quem veio!
    Sinto asco apenas de ler o nome dos “comparsas” envolvidos nessa negociata!
    Tudo com “carinha-de-santo”! sqn!
    E olhe que nem do Rio sou!
    Torcendo de longe para que, “somehow”, “somewhere”, como naquele programa Candid Camera, a pressão que vocês fizerem resulte em sucesso!
    Grande abraço!
    Zé Maria

  • PQP…
    TEXTAÇO !

    Sorry mas nosso querido Gomes vive arrotando que os jogos foram feitos graças ao PT… então como ele pode defender o autódromo que seu partido ajudou a destruir…

    É o que sempre digo, um autódromo pode ser muito mais do que uma arena esportiva.
    pode ser escola, pista de auto escola, pode ser uma area de lazer, pode ser posto do detran, pode ser palco de shows, pode ser um local para feirões automotivos e etc….

    • Marcos,

      Quem ajudou a destruir não foi o PT (e aqui, meu caro, entenda: não há nenhuma defesa partidária nisso).

      Os responsáveis foram Cesar Maia, hoje do DEM; Carlos Arthur Nuzman, o “democrata” presidente do COB; e Eduardo Paes. Com o aval das construtoras (estas sim, envolvidas nos escândalos da Lava-Jato) e a passividade de CBA e FAERJ.

  • Que saudades do autódromo de jacarépagua, lamentável , o fechamento do mesmo, vai ficar na memória os momentos de alegria, quando tinha corridas, seja ela qual for.

  • Realmente, é muito triste ver uma foto do parque olímpico hoje e lembrar do que existiu lá antes…
    Sou de SP, e graças à paixão pelo automobilismo desde criança, tive a oportunidade de ir ao autódromo do Rio algumas vezes.
    A primeira foi em 1990, aos 10 anos, para ver uma prova de F3 Sulamericana, na época, um campeonato fortíssimo. Depois, em 1997, voltei para ver a Indy, e em algumas outras oportunidades, até a derradeira corrida da Truck, quando já sabíamos do destino do autódromo. Todas as vezes com a companhia do meu pai.
    Pretendo voltar ao Rio no próximo mês, para passear com a minha esposa e, quem sabe, acompanhar algum evento paralímpico e ter a chance de estar novamente neste lugar que fez parte da minha vida.
    Sem dúvida, após as paralimpiadas, o parque olímpico estará fadado ao ostracismo e ao abandono, mas o mais sensato e simples seria a reconstrução do autódromo no mesmo local, mesmo que não fosse com o traçado original.
    Em conjunto com os outros estádios já construídos, poderíamos ter um complexo esportivo sensacional no local, preservando as memórias do autódromo e dos jogos olímpicos.
    Mas, como o brasileiro não tem memória, o mais provável é que tudo seja destruído de novo e a especulação imobiliária dê um fim definitivo em tudo… Espero sinceramente que não.

  • Lamento, mas essa briga na qual você vem se engajando há anos, você sabe que é uma briga que já se iniciou perdida. Não foi só o automobilismo no Rio que morreu (e, nesse caso, morreu há anos), mas sim o automobilismo brasileiro, que hoje apenas sobrevive aos trancos e barrancos. Além de boa parte do público brasileiro (que nunca entendeu nada desse esporte) ter perdido o interesse, haja vista o fato de sequer termos uma revista que preste sobre automobilismo e o raríssimo espaço dado hoje pelos jornais à Fórmula 1 (na edição de domingo do Globo, dia 04/09, só saiu UMA coluna sobre a pole position do GP da Itália).

    Apesar de tudo o que você já comentou e que levou ao fim do Autódromo de Jacarepaguá, creio que sou uma das poucas pessoas que, sinceramente, não dá a mínima para isso, mesmo gostando muito de automobilismo. Como eu disse antes, o esporte a motor no Rio morreu muito antes de acabarem como o autódromo, e isso já basta para não justificar a construção de uma nova pista apenas para satisfazer o capricho e o desejo de alguns.

    Outro ponto é que, ao contrário do que você pensa, o carioca realmente não dá tanta bola assim para as corridas, com exceção de quem realmente gosta desse esporte. Isso é algo que constatei faz tempo (sou carioca também), ao observar as arquibancadas vazias em qualquer evento que não fosse Motovelocidade, Stock Car ou Indy (não conheci Jacarepaguá nos tempos da Fórmula 1). E quando o autódromo enchia, boa parte do público vinha de fora, principalmente de São Paulo. Afirmar que o público carioca é responsável por isso não tem cabimento.

    Ouvi isso também de alguém com muita propriedade para falar sobre o assunto, e aproveito aqui para voltar um pouco no tempo, mais precisamente para junho de 1999, na etapa de abertura da extinta Fórmula Petrobras. Estou eu lá cobrindo o evento quando de repente me deparo com o tricampeão Nélson Piquet circulando pelo pitlane. Puxei conversa durante alguns minutos e quis saber a opinião dele sobre o porquê de Jacarepaguá ficar tão vazio nas corridas das categorias de base, no que ele respondeu na lata: “Que carioca vai deixar de curtir um dia de praia para ficar torrando a cabeça nesse sol, nessas arquibancadas sem conforto e nada para comer ou beber? O cara vê o sol quando acorda e não pensa duas vezes! Vai pro mar! Só vem aqui quem é muito, mas muito fã desse negócio.” Só um louco discordaria dessa afirmação, não querendo enxergar o óbvio.

    Sempre tive esse mesmo ponto de vista e, por mais que a maioria lamente o fim de Jacarepaguá, é mais fácil aceitar os fatos que dói menos: o Rio não precisa de um autódromo, pois hoje não há nada que justifique isso. Teve um e que foi muito mal aproveitado fora dos tempos de glória. Construir outro hoje seria gastar uma grana insana para satisfazer o capricho de alguns. Além disso, o gosto do brasileiro pelo esporte a motor hoje é bem diferente daquele dos tempos de glória, para não dizer quase pífio.

    • O Rio não precisa de autódromo? Vai dizer isso pra quem perdeu sua fonte de renda. Falar, meu caro, por trás de uma tela de computador, é barbada. Quero ver ter coragem de dizer isso pra quem teve prejuízo, perdeu clientes e fechou oficinas.

      • Não só digo como repito, tanto pelo computador como pessoalmente: o Rio não precisa mais de um autódromo. Ou você vai me dizer que quem tem ou tinha oficina depende apenas de carros de corrida para sobreviver? O conhecimento de mecânica eles já tem, mais até do que mecânicos comuns, de carros convencionais. Tudo é uma questão de se adaptar e oferecer seus serviços ao mercado, como já aconteceu com diversas outras categorias profissionais.

      • Tá bom, Alexandre. Você é o senhor da razão. Está sempre certo e a opinião alheia você insiste em não respeitar.

  • Espero que o RJ tenha outro autódromo, seria muito importante para o Estado e para o automobilismo brasileiro como um todo. Mas com a áurea de Jacarepaguá, jamais. Aqueles boxes com aquele teto bem característico, o traçado, a torre .. nem consigo olhas essas fotos do Parque Olímpico. Apesar de ser de SP, minha 1a experiência em um autódromo foi aí, não me lembro direito o ano, mas lembro que chovia e o Piquet resolveu arriscar e saiu de pneus slicks ..
    E SP que se cuide, já tem muito boato de que Interlagos corre o risco de ir pro vinagre.
    Abs

  • O único evento que assistirei in loco desses jogos será, ironicamente, um dos dias do Ciclismo de Estrada, pra tentar ver de perto, olha só! O Zanardi.