Tricampeón!

lópez_16090402-630x354

RIO DE JANEIRO – No outro lado do Rio da Prata, a Argentina está em festa: José María López conquistou – sem nenhuma surpresa nisto – o tricampeonato mundial do WTCC. O piloto da Citroën tinha larga vantagem sobre os adversários e não precisou ganhar nenhuma das provas da rodada dupla disputada neste domingo no circuito japonês de Twin-Ring Motegi, que é da Honda.

López, inclusive, foi “magnânimo”: deu a chance de Yvan Muller vencer pela primeira vez em 2016, para deixar o francês com possibilidades reais de lutar pelo vice-campeonato – numa atitude que lembrou o que Ayrton Senna fez com Gerhard Berger no GP do Japão de 1991, há exatos 25 anos. O sul-americano ficou em 4º lugar na prova #1, com o grid formado na inversão do top 10 no Q2, o que deixou a Honda com a faca e o queijo na mão para fazer 1-2-3 com os carros oficiais: ganhou o húngaro Norbert Michelisz, com Rob Huff em segundo e Tiago Monteiro em terceiro lugar.

Na Main Race, a corrida principal, o argentino largou na pole, liderou quase de ponta a ponta e aí deixou Muller vencer, numa clara demonstração de que “Pechito” é e foi o melhor piloto da marca francesa em todos esses últimos três anos. Assim, López se despede do WTCC com mais uma taça, rumo a Fórmula E – aliás, ele viajou logo após da prova japonesa para uma bateria de testes com os carros elétricos. E já mostrou ao que veio.

Entre as caras novas, Néstor “Bebu” Girolami saiu-se muito melhor do que Ryo Michigami. O argentino, contratado pela Volvo até o fim do campeonato, fez duas boas provas: foi 9º colocado na Open Race e um ótimo quinto na Main Race. O japonês, com um quarto Honda oficial de fábrica, saiu de mãos abanando. Não fez ponto algum e teve um 11º lugar como melhor resultado na 9ª rodada dupla do WTCC.

A próxima prova é daqui a três semanas em Xangai, na China.

Resultado da etapa #1 do WTCC em Motegi:

1 – Norbert Michelisz (Honda Civic) – Honda – 13 voltas em 26‘07“443
2 – Rob Huff (Honda Civic) – Honda – 1“358
3 – Tiago Monteiro (Honda Civic) – Honda – 2“173
4 – José María López (Citroen C-Elysee) – Citroen – 3“609
5 – Yvan Muller (Citroen C-Elysee) – Citroen – 4“805
6 – Thed Bjork (Volvo S60) – Volvo – 8“049
7 – Nick Catsburg (Lada Vesta) – Lada – 8“738
8 – Tom Chilton (Citroen C-Elysee) – Loeb – 9“385
9 – Nestor Girolami (Volvo S60) – Volvo – 10“135
10 – Gabriele Tarquini (Lada Vesta) – Lada – 10“456

Resultado da etapa #2:

1 – Yvan Muller (Citroen C-Elysee) – Citroen – 14 voltas em 28’03″653
2 – José María López (Citroen C-Elysee) – Citroen – 1″045
3 – Tiago Monteiro (Honda Civic) – Honda – 2″561
4 – Mehdi Bennani (Citroen C-Elysee) – Loeb – 3″281
5 – Nestor Girolami (Volvo S60) – Volvo – 5″204
6 – Tom Chilton (Citroen C-Elysee) – Loeb – 7″638
7 – Thed Bjork (Volvo S60) – Volvo – 9″159
8 – Norbert Michelisz (Honda Civic) – Honda – 12″094
9 – Rob Huff (Honda Civic) – Honda – 15″769
10 – Gabriele Tarquini (Lada Vesta) – Lada – 16″746

Classificação do campeonato após 9 rodadas e 18 corridas:

1. José María López (campeão por antecipação) – 319 pontos
2. Tiago Monteiro e Yvan Muller – 199
4. Rob Huff – 178
5. Norbert Michelisz – 172
6. Mehdi Bennani – 159
7. Nicky Catsburg – 145
8. Tom Chilton – 143
9. Gabriele Tarquini – 106
10. Tom Coronel – 102
11. Hugo Valente – 70
12. Thed Björk – 55
13. Frëdrik Ëkblom – 35
14. James Thompson – 24
15. Néstor Girolami – 12
16. Grégoire Demoustier – 11
17. John Filippi e Estebán Guerrieri – 9
19. René Munnich e Ferenc Ficza – 2
21. Sabine Schmitz – 1

Comentários

  • Seria legal vê-lo no WEC também…em algum time da LMGTE-Pro…Porsche volta na próxima temporada como time oficial…BMW vem em 2018…Se já fala em Lambroghini…já pensou o Pechito guiando alguma dessas máquinas?