PWC: Parente campeão em final dramático

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Com o McLaren 650S da K-PAX Racing, Álvaro Parente levou o título de 2016 do Pirelli World Challenge numa volta final em que chegou a perder a taça de campeão para Patrick Long. Até que…

RIO DE JANEIRO (atualizado às 18h15)- O português Álvaro Parente viveu neste domingo um autêntico dramalhão para conquistar o título da temporada 2016 do Pirelli World Challenge. O piloto da K-PAX Racing começou o dia com uma má notícia: a perda de sete pontos atribuídos erroneamente por conta dos bônus de pole position atribuídos em Lime Rock Park. A decisão da SCCA e da WC Vision, que organizam o evento de forma conjunta, serviu para pôr ainda mais pimenta no tempero da finalíssima, em corrida única no circuito de Laguna Seca, na Califórnia.

E com dois pontos apenas de vantagem sobre Patrick Long, Parente viveu, numa única volta, a tristeza da perda e a alegria de uma conquista. Essa única volta foi, nada mais, nada menos, que a última: a disputa pela vitória estava entre Johnny O’Connell, detentor dos últimos quatro títulos do PWC e o compatriota Patrick Long, rival direto do português na batalha pelo título.

A relargada final de uma prova cheia de percalços, com direito ao forte acidente do Audi de Drew Regitz a 10 minutos do fim, apontava o piloto da Wright Motorsports em 2º e com o título. Mas Long resolveu que tinha de passar O’Connell de qualquer jeito para vencer e ser campeão em grande estilo. Escolheu não só o piloto errado pra ultrapassar como também a curva errada. Após o contato entre os dois pilotos, Long saiu da pista na curva 5, perdendo tempo precioso e o 2º lugar – consequentemente, também, o campeonato – para Parente. Terminou num esquálido 5º lugar e com cara de tacho, levando o vice-campeonato para casa.

O’Connell, que viu encerrada uma sequência de quatro campeonatos conquistados de forma consecutiva, completou as 27 voltas da disputa com apenas 0″464 para o novo campeão do Pirelli World Challenge, tendo Michael Cooper completado o pódio. Cabe lembrar que Johnny disputou a corrida deste domingo com um carro inteiramente reconstruído lá mesmo no circuito da Califórnia, após um acidente bastante forte nos testes coletivos da última quinta-feira.

Porém, os comissários reviram o vídeo do incidente e consideraram O’Connell culpado por um contato “evitável”. Com a punição estabelecida, o piloto caiu para a 5ª posição no resultado final oficial e Álvaro Parente herdou a vitória na última prova do campeonato, coroando um título merecido.

Na classe GTA, Cooper MacNeil levou os pontos da vitória e o campeão antecipado Martín Fuentes sofreu logo no início uma batida que destruiu sua Ferrari e tirou o piloto da Scuderia Corsa da pista. Tim Pappas ficou em 2º com o Porsche da Black Swan Racing e o coreano Andrew Kim fechou o último pódio do ano.

Corey Fergus levou as honras da vitória na etapa final da classe GT Cup, seguido por Sloan Urry e Chris Thompson.

Nas demais divisões da competição, Brett Sandberg levou por antecipação de uma etapa o título da subclasse GTS, a bordo de um KTM X-Bow. A TC já tinha campeão antes de Laguna Seca: Toby Grahovec levou a taça para casa a bordo de uma BMW M235i Racing. Elivan Goulart (que apesar do sobrenome não é brasileiro) foi o melhor piloto do ano na classe TCA com um Mazda MX-5 e a classe TCB teve uma virada sensacional no fim: 3º na classificação antes da etapa de Laguna Seca, Tom O’Gorman fez um terceiro e um segundo lugares, suficientes para despachar os rivais Henry Morse e P. J. Groenke e levar o troféu de campeão a bordo de seu Honda Fit.

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