6h do Bahrein: Audi conquista última pole no WEC

unnamed (4)
Sentimento de dever cumprido: festa de Loïc Duval, Lucas Di Grassi e Oliver Jarvis na última pole position conquistada pela Audi no Mundial de Endurance: foi a 16ª em 41 corridas desde 2012

RIO DE JANEIRO – O último treino classificatório do Mundial de Endurance na temporada 2016 foi um belo começo no capítulo final da trajetória da Audi dentro das competições de longa duração após 17 anos. Os quatrargólicos conquistaram a pole position para as 6h do Bahrein – pela sexta vez nesta temporada, representando também a 16ª pole da marca no WEC desde que a competição passou a ser realizada dentro do atual formato, desde 2012.

E a honra da última pole da casa de Ingolstadt no campeonato coube ao carro #8 tripulado por Oliver Jarvis e Lucas Di Grassi durante a definição do grid nesta sexta-feira no circuito de Sakhir. Com a média de 1’39″207, o britânico e o brasileiro quebraram o antigo recorde da pista barenita, que pertencia ao Porsche de Timo Bernhard/Brendon Hartley/Mark Webber – 1’39″736. De quebra, Di Grassi fez a volta mais rápida do fim de semana: 1’38″828.

“Estou muito feliz. A quebra do recorde na qualificação foi sensacional!”, exultou Lucas. “Meu companheiro Jarvis entregou o carro em perfeitas condições para que pudéssemos cravar a pole”, completou Di Grassi. Pela terceira vez no ano, o carro #8 larga à frente da concorrência.

A segunda posição ficou com o Porsche 919 Hybrid #1 do trio que largou na pole ano passado. Timo Bernhard e Brendon Hartley ficaram desta vez com a média de 1’39″471, já que o neozelandês não conseguiu encaixar uma volta tão rápida quanto a do alemão. Já Marc Lieb e Neel Jani entram em vantagem junto ao parceiro Romain Dumas na briga pelo título: a trinca do Porsche #2 que lidera o campeonato larga da 3ª posição, com a média de 1’39″669.

Marcel Fässler e Andre Lotterer classificaram o segundo Audi R18 e-tron quattro na 4ª posição, graças aos erros dos pilotos da Toyota: Anthony Davidson e Mike Conway excederam os limites da pista e ambos os pilotos tiveram voltas rápidas anuladas. Isto deu aos Toyota TS050 Hybrid a terceira fila do grid e o carro #6 larga em quinto, duas posições atrás do Porsche rival.

Com os problemas do CLM P1/01 AER biturbo da ByKolles Racing, que sequer marcou tempo classificatório, a Rebellion não teve nenhuma dificuldade em conquistar a 7ª posição no grid, com a média de 1’45″091.

Na LMP2, a G-Drive Racing tinha conquistado a sexta pole no ano em nove provas, graças a Roman Rusinov e René Rast. Mas o carro #26 teve todos os seus tempos eliminados por conta de um duto de freio não homologado. A irregularidade foi verificada na vistoria técnica e a pole, com a média de 1’49″672, acabou cassada pelos comissários. Assim, a Signatech-Alpine larga na frente e a G-Drive será obrigada a partir do fim do pelotão dos protótipos LMP1 e LMP2.

Gustavo Menezes e Stéphane Richelmi passam a comandar o grid em sua categoria com a média de 1’49″690. Eles e Nicolas Lapierre partem do 8º posto do grid, à frente do Oreca #44 da Manor: os britânicos Alex Lynn e Matt Rao fizeram ótimo trabalho e conquistaram o segundo posto da categoria com a desclassificação do carro da G-Drive. Isto elevou o #43 da RGR Sport by Morand ao terceiro lugar entre os LMP2 – mais uma vez o melhor Ligier do lote, com Ricardo Gonzalez e Bruno Senna a bordo. A melhor volta do brasileiro foi 1’49″708.

Na última prova da equipe Tequila Patrón ESM no WEC, Pipo Derani fez uma ótima volta em 1’49″410, a segunda melhor entre os pilotos da LMP2 no treino classificatório. Mas o canadense Chris Cumming foi mais de três segundos pior, o que baixou o carro #31 para a 6ª posição na classe, 13º lugar no grid da geral.

unnamed (5)
Sobrevida: sexta pole em nove provas deu chances a Pedro Lamy/Paul Dalla Lana/Matthias Lauda na luta pelo título da LMGTE-AM no Bahrein

Entre os LMGTE-PRO e LMGTE-AM, a Aston Martin foi absolutamente soberana e conquistou os pontos extras que estavam em jogo. E com direito a um feito inédito: Darren Turner e Jonathan Adam, os pilotos do #97 do construtor britânico, cravaram exatamente O MESMO TEMPO – 1’56″953. Nicki Thiim e Marco Sørensen completaram a dobradinha, superados por 0″128. Eles entram na prova como líderes do campeonato e podem não só conquistar o Mundial entre os pilotos de Grã-Turismo como ajudar a Aston Martin a levantar a taça entre os construtores.

A Ferrari #51 de Gianmaria Bruni e James Calado alcançou o 3º melhor tempo entre os LMGTE-PRO, superando o Ford #67 de Andy Priaulx e Harry Tincknell, dupla que conquistou duas vitórias consecutivas nas provas disputadas em Fuji e Xangai.

Já na LMGTE-AM, Pedro Lamy e Paul Dalla Lana deram esperanças à trinca do carro #98: os dois conquistaram pela sexta vez em nove corridas a posição de honra no grid de sua categoria. E com o ponto extra, reduziram para 24 a vantagem do trio da Ferrari #83 da AF Corse que comanda a classificação. Mas, repito: basta que este carro complete 70% da distância, independentemente da posição em que termine, para conquistar o título. Os pilotos do time britânico, que tem a tripulação completada por Matthias Lauda, só conquistam o WEC na categoria caso vençam e o #83 fique sem pontuar nas 6h do Bahrein.

A corrida começa neste sábado às 17h locais, 11h de Brasília, com transmissão AO VIVO e NA ÍNTEGRA pelo Fox Play.

Comentários