Kövalainen e Hirate, de virada, levam o titulo do Super GT

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Com o Lexus #39 da equipe Denso Kobelco SARD, Heikki Kövalainen e Kohei Hirate chegaram ao título do Super GT na classe GT500

RIO DE JANEIRO – Lembram do Heikki Kövalainen, aquele finlandês que chegou à Fórmula 1 com pinta de fenômeno e depois acabou relegado ao limbo, por não aproveitar as chances ofertadas primeiro na Renault e depois na McLaren?

Pois bem: em sua segunda temporada no automobilismo japonês, para onde migrou após o fim de suas chances na categoria máxima, conquistou aos 35 anos de idade, numa virada espetacular, o título de campeão do Super GT neste ano de 2016. Junto ao parceiro Kohei Hirate, o nórdico destronou os então bicampeões Tsugio Matsuda e Ronnie Quintarelli para alcançar uma glória há muito perseguida. Afinal, o máximo que o piloto, maldosamente apelidado de “Kovalento” por seus detratores, alcançara na carreira fora o título da World Series by Renault em 2004, seguido pelo vice na GP2. É bom lembrar que na F1, Kövalainen só venceu uma vez em 111 oportunidades.

Também no Super GT, em seu segundo campeonato, Kova só venceu uma única corrida junto com Hirate – mas justamente quando mais precisavam: eles ganharam a 2ª prova da rodada dupla disputada em Twin Ring Motegi, após largarem da pole position. Sábado, a dupla da equipe Denso Kobelco SARD também partiu da posição de honra do grid, mas acabaram em segundo, atrás de Daiki Sasaki/Masataka Yanagida, que conquistaram o triunfo com o Nissan da Kondo Racing, equipado com pneus Yokohama.

Com os 37 pontos somados em Twin Ring Motegi, Hirate e Kövalainen pularam de 45 para 82 pontos – 13 à frente de Kazuya Oshima/Andrea Caldarelli, que com boas performances na pista de propriedade da Honda acabaram por faturar o vice. E a Toyota ficou feliz porque seus Lexus RC-F figuraram nas duas primeiras posições da classificação final do campeonato, deixando a dupla Quintarelli/Matsuda, que chegou à rodada final com ares de favorita absoluta, na 3ª posição.

A equipe Motul Autech Nismo culpou os pneus Michelin pela derrota: os compostos não atingiam o rendimento esperado e o carro #1 teve desempenho muito abaixo do esperado. Chegaram em 9º lugar no sábado e em 7º no domingo. Não puderam – em momento nenhum – sonhar com um histórico tricampeonato.

João Paulo de Oliveira e seu parceiro de Calsonic Team Impul, Hironobu Yasuda, encerraram o certame de maneira pouco satisfatória. A dupla do Nissan azul #12 ficou num esquálido 7º posto na classificação final com 43 pontos, amealhando um 7º lugar na prova #1 de Motegi e a oitava posição na etapa final da temporada. Fecharam o ano com apenas um pódio – fruto da única vitória na temporada, no circuito Fuji Speedway.

A Toyota saiu como a grande vitoriosa do fim de semana, já que na classe GT300 o título ficou com um dos modelos 86MC “Mother Chassis” construídos pela Dome a pedido da GTA, organizadora do campeonato. A dupla do #25 do VivaC Team Tsuchiya, formada por Takamitsu Matsui/Takeshi Tsuchiya, fez o suficiente para garantir o título, vencendo de forma brilhante a última etapa da temporada. Os pilotos fecharam o ano com 78 pontos – dezoito à frente dos vice-campeões Koki Saga/Yuichi Nakayama, que competiram com o Toyota Prius Hybrid da APR. Com uma vitória na prova #1 da rodada dupla final, Richard Lyons/Tomonobu Fujii finalizaram a temporada com um belo terceiro lugar. O então campeão André Couto, que defendia seu título com o Nissan da equipe Gainer/Tanax, acabou apenas em 8º.

Classificação final do Super GT:

GT500

1. Heikki Kövalainen/Kohei Hirate – 82 pontos
2. Kazuya Oshima/Andrea Caldarelli – 69
3. Tsugio Matsuda/Ronnie Quintarelli – 62
4. Yuhi Sekiguchi/Yuji Kunimoto – 58
5. Daisuke Ito/Nick Cassidy – 54
6. Yuji Tachikawa/Hiroaki Ishiura – 52
7. Daiki Sasaki/Masataka Yanagida e João Paulo de Oliveira/Hironobu Yasuda – 43
9. James Rossiter/Ryo Hirakawa – 38
10. Satoshi Motoyama – 36
11. Koudai Tsukakoshi/Takashi Kogure – 27
12. Katsumasa Chiyo – 23
13. Hideki Mutoh e Naoki Yamamoto/Takuya Izawa – 20
15. Kosuke Matsuura/Tomoki Nojiri – 16
16. Tadasuke Makino – 15
17. Mitsunori Takaboshi – 13
18. Daisuke Nakajima/Bertrand Baguette – 7
19. Oliver Turvey – 5

GT300

1. Takeshi Tsuchiya/Takamitsu Matsui – 78 pontos
2. Koki Saga/Yuichi Nakayama – 60
3. Richard Lyons/Tomonobu Fujii – 57
4. Kazuki Hoshino/Jann Mardenborough – 54
5. Shinichi Takagi/Takashi Kobayashi – 48
6. Takuto Iguchi/Hideki Yamauchi e Nobuteru Taniguchi/Tatsuya Kataoka – 47
8. André Couto/Ryuchiro Tomita – 38
9. Katsuyuki Hiranaka/Björn Wirdheim – 32
10. Naoya Yamano e Manabu Orido/Kazuki Hiramine – 30
12. Haruki Kurosawa/Naoya Gamou – 26
13. Jörg Bergmeister e Yukhi Nakayama/Shinnosuke Yamada – 25
15. Jörg Müller/Seiji Ara – 17
16. Morio Nitta/Akihiro Tsuzuki – 13
17. Yuya Motojima – 12
18. Tsubasa Kondo – 9
19. Shinya Hosokawa/Kimiya Sato – 6
20. Shigekazu Wakisaka e Yuya Sakamoto – 5
22. Shogo Mitsuyama e Ryohei Sakaguchi/Hiroshi Yoshida – 3
24. Hiroaki Nagai/Kota Sasaki e Takayuki Aoki – 2
26. Hiroshi Takamori e Mitsunori Takaboshi – 1

Comentários

  • Essa é a primeira temporada completa da Super GT que acompanho, e é um excelente certame. Ano que vem o regulamento da GT500 muda e vem carro novo por aí, aliás o Lexus RC F sai de cena em grande estilo e dá lugar ao novíssimo LC500, Honda e Nissan mantém suas respectivas identidades visuais baseadas nos já conhecidos NSX e GT-R. E já há um burburinho em torno de uma possível colaboração de Jenson Button com a Honda…

      • Salvo engano esse motor já é usado desde 2014 no Super GT, trata-se de um 4 cilindros turbo. As mudanças no regulamento a que me referia são aerodinâmicas entre outras coisas.