O piloto de US$ 80 milhões
RIO DE JANEIRO – Muitos jovens são presenteados quando atingem a maioridade. Aos 18 anos, uns ganham viagens. Outros, aparelhos de som (foi o meu caso). E os de melhor situação, carros.
Mas um carro de Fórmula 1, aos 18 anos, não é qualquer um que ganha.
Pois o canadense Lance Stroll, que atingiu esta idade no último dia 29 de outubro, foi “premiado” hoje – como já era previsto – com o anúncio oficial de sua passagem para a categoria máxima do automobilismo, a bordo da Williams.
Recém-consagrado Campeão Europeu de Fórmula 3 pela equipe Prema, Stroll é o primeiro de seu país a chegar na turma de cima desde 2006, quando Jacques Villeneuve deixou a competição. E além da nacionalidade, Lance tem em comum com o filho do lendário Gilles Villeneuve o fato de estrear pela mesma equipe. Mas há um fator decisivo que os diferencia: grana. Seu pai, Lawrence Stroll, está entre os homens mais ricos do planeta, com uma fortuna estimada em R$ 7,7 bilhões.
Essa é a vantagem de ter um “paitrocínio” dos grandes, pois Stroll chega à equipe levando um substancial aporte financeiro. Uns falam em US$ 70 milhões. Outros em US$ 80 milhões. Seja como for, é muito dinheiro. Salva a pátria de qualquer equipe à beira do colapso.
Entretanto, embora Stroll tenha currículo (foi campeão em quase tudo que disputou até hoje), juventude e dinheiro, sua contratação e a renovação de Valtteri Bottas, confirmado para a quinta temporada pela equipe de Grove, mostra a pouca ambição da Williams – ou então um desinteresse da Mercedes, fornecedora de motores para o time de Sir Frank Williams e sua filha Claire.
A marca germânica tem preferido alocar pilotos de seu programa de jovens talentos em outras equipes – Pascal Wehrlein e Esteban Ocon, por exemplo, hoje estão na pequena Manor. Mas a imprensa internacional bota lenha na fogueira e coloca os dois na linha de sucessão de Nico Hülkenberg na Force India. Ocon, hoje, teria vantagem. Mas a luta por esse cockpit, um dos mais cobiçados para 2017, é das mais acirradas.
Mas vamos dar tempo ao tempo: Stroll tira partido do “efeito Max Verstappen”, chega absolutamente imberbe à F1 em termos de aparência, mas já tem uma boa estrada. E muitos colegas do exterior acreditam que ele é digno de receber uma chance como esta que surgiu, para substituir Felipe Massa.
Resta saber se, com poucos testes de pista na pré-temporada, algo hoje corriqueiro na categoria, Stroll conseguirá se adaptar rápido aos novos carros, com pneus mais largos e aerodinâmica totalmente diferente dos bólidos que seguem as regras implantadas em 2009 e que vigoram até o fim desta temporada.
Esperamos que não seja só mais um riquinho. Apesar de mostrar certa habilidade, foi calçado em dinheiro para ter bons resultados.
Sinceramente?
Mais um “água de salsicha”!
Ganhou o Europeu de F3?
E daí, campeonato fraquinho, papis comprou a melhor equipe só para o Junior fazer o básico, isto é, chegar na frente (com o melhor equipamento, até a velhinha de Taubaté. . .).
Tá todo mundo achando que vai ser mais um Max Verstappen, #sqn!
E como o Rodrigo muito bem pontua, denota mais uma vez o pensamento pequeno e a falta de ambição da Williams.
hoje ja seria difícil um iniciante estrear, imagina o ano que vem com tantas mudanças, acredito que terá um primeiro ano abaixo do esperado e se meterá em confusão,o pai sempre comprou tudo,daí fica a dúvida quanto ao seu talento,,willians deverá ter dificuldades nos construtores,acredito que ficará atras tbm de maclarem e renault,mas foi tudo muito bem pensado,mesmo ficando em sexto ou sétimo será lucrativo.
Já vi esse filme, parece com a do Pedro Piquet., em maiore$$$ proporções. Será que o resultado vai ser igual. Atuação medíocre quando o pai parou de bancar o melhor equipamento.
Posso estar errado mas acho que ele tem tudo para se dar mal. Fala-se que o spec 2017 da F1 será de 4 a 5 segundos mais rápido que o spec atual, uma diferença gigantesca, em comparação com a F3 então nem se fala. Isso em um certame praticamente sem testes…
aí o cara tem um pai que pode comprar toda a F1 nem da graça.. só esta ali atrapalhando, ocupando uma vaga que poderia ser de um cara menos afortunado e com mais potencial talvez.
Alguém aí reparou que Bottas deixou a folha canadense ao contrário? Acho que o Stroll não vai ter vida facil na equipe se depender de Bottas…
Acho que foi coincidência. Como ele não ė canadense, nen prestou atenção. Mas concordo com você, ele não vai ter vida fácil em 2017, por tudo.
Desculpe o erro de digitação “nem prestou atenção “